𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈

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Camila Bueno

Acordei com o sol invadindo meu quarto pelas cortinas abertas, me lembro de ter dormindo no sofá, certamente Thomas arrumou forças dos céus para me trazer até aqui. Virei para o lado, e vi Théo dormindo serenamente, ele parecia um anjo com seus cabelinhos loirinhos... genética do pai.

Suspirei.

Virei novamente para o outro lado, e olhei o horário do meu celular, já passavam nas nove da manhã... THÉO TINHA PERDIDO O HORÁRIO DE AULA.

Me levantei rapidamente da cama, escovei os dentes, e depois e enquanro caminhava até a sala senti cheiro de ovos sendo fritos na cozinha. Ao me aproximar vi Thomas totalmente concentrado no café da manhã, o que me fez recordar boas lembranças de quando estávamos juntos, quando eu acordava em NYC e ele estava fazendo nosso café, ou quando ele vinha para cá e acordávamos juntos para fazermos nosso café. Éramos tão felizes, parecia que jamais teria fim.

— Pensando em mim? — Tom me tirou de meus pensamentos, e deu um sorrisinho. — Bom dia.

— Bom dia, Tom. — fechei os olhos e suspirei. — Sabe que não precisava fazer isso, não é?

— O café? — assenti. — Não queria que você ainda tivesse que fazer café quando acordasse, queria que descansasse bem.

— Tom, Théo tinha aula lembra? Poderia fazer um barulho extremamente alto pra gente acordar... — cruzei os braços e parei em sua frente.

— Você está ficando maluquinha? — ele riu segurando meu rosto e deu uma risada. — Hoje é sábado.

— Céus... — ri envergonhada. — Me desculpa, e você não tinha obrigação nenhuma em acordar a gente. — sorri de lado.

— Mas eu acordaria se fosse dia de aula. — ele riu e colocou os ovos fritos no prato. — Vamos tomar café?

— Vamos. — o olhei e sorri, e ele fez o mesmo.

Nos sentamos à mesa, e cada um se serviu. O assunto morreu, e tudo que se ouviu no ambiente era o barulho das xícaras quando colocadas à mesa. Tom tinha preparado um ótimo café, perto do prédio havia um restaurante brasileiro e ele sabia que eu gostava do pão de queijo dali, então comprou.

— Então, Camila... — Tom disse, e o encarei. — Vai fazer alguma coisa hoje?

— Vou para o Teatro. Porque? — tomei um pouco do café.

— Não sei, de repente você podia deixar Théo com Kira, e a gente sair. — ele balançou os ombros e eu ri.

— Tom, eu queria ficar com Théo. Não gosto da ideia do Paul em Londres, ele não pode saber dele. — suspirei.

— Camila... — ele pegou na minha mão. — Você sabe que não vai esconder seu filho para sempre, não sabe? O pai dele perdeu sua gravidez e mais 3 anos da vida do filho de vocês, e vou te dizer: não vai ser fácil, ele vai querer buscar os direitos dele até sendo pra te machucar ou não, e mesmo assim, vai chegar um hora que Théo vai querer saber quem é o pai, e o que você vai dizer?

— Que ele morreu. — balancei os ombros. — O Théo é meu tudo, eu não suportaria ter que deixar ele com o pai.

— E guarda compartilhada?

𝒐𝒏𝒆 𝒍𝒂𝒔𝒕 𝒕𝒊𝒎𝒆 - tom hiddleston (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora