Sabina:
Perco Nour de vista assim que adentramos o local, nem vou tentar procurá-la porque sei que jamais irei achar alguém aqui. Sigo sozinha para o bar e pego uma bebida que parecia saborosa.-Oque eu faço agora?- Penso para mim mesma e vejo uma porta enorme, como a curiosidade fala mais alto decido ir até ela.
Assim que passo pela grande porta, me deparo com um tipo de varanda apenas com um rapaz dentro. Ele estava encostado em um corrimão de costas para mim, seu perfume tomava conta do local.
Ele parece deprimido, devo ajudá-lo?
Chego mais perto e quase encosto minha mão nele. Mas recuo ao pensar que ele pode estar querendo um momento de paz, já que está sozinho aqui!
Me afasto e decido entrar no local de novo. Vejo Nour de relance e corro até ela.
-Isso mesmo! Some do nada aqui nesse lugar.- Ela fala irônica.
-Você que sumiu! Eu estava no mesmo lugar que chegamos. Nem vem- Falo me defendendo .
-Já quer voltar para o hotel?- Ela fala e nego com a cabeça. -Então tudo bem, vou voltar e você pode ficar aqui. Não chega muito tarde.
-Combinado!- Falo e ela sai da balada, me deixando sozinha novamente.
Caminho até a pista de dança e começa a tocar um estilo de música que sinto já ter escutado antes. Fico apenas acompanhando o passo que as meninas ao meu lado faziam e aproveitando a música.
Quebra de tempo
O local começa a ficar mais vazio porque já era umas três da manhã. Acho melhor voltar para casa, senão jamais conseguirei acordar amanhã.Saio do estabelecimento e pego o primeiro táxi que aparece, assim que entro no veículo sinto o cheiro daquele mesmo rapaz. Não sei porque, mas esse cheiro me conforta e eu gosto muito dele...
Em poucos minutos chego no hotel e vou pegar uma água no refeitório.
Me guio até o local e assim que adentro, vejo uma morena e um menino loiro. Eles não percebem a minha presença e apenas pego minha água e saio.
-Eu devo estar muito bebada!Nao posso ter visto oque eu acabei de ver. - Escuto a mesma falar para o menino assim que saio do local. Será que eles falavam de mim?
Dou de ombros e subo para o meu quarto com Nour.
Quebra de tempo
Acordo com o barulho do despertador que Nour colocou para não nos atrasarmos para o café da manhã. Essa refeição de hotel é a melhor do mundo!Troco de roupa e descemos para o mesmo refeitório de ontem a noite.
Pego um prato e começo a me servir, um dos bebês que estavam ontem na recepção está ao meu lado da "fila" com provavelmente a babá, já que veste um uniforme.
-Mamá!- Ele fala esticando os bracinhos para mim e catucando em minhas pernas enquanto a babá dele nem presta atenção e serve o prato.
-Oi, pequeno! Não posso te pegar.- Falo sorrindo para ele.
-Mamá!- Ele repete e continua a esticar os braços. Ele tá me chamando de mamãe ou é impressão minha?
-Tommy, deixe a moça em paz!- A moça fala sem olhar para mim e tirando o pequeno dali. Que nome lindo! Tommy!
Término de me servir e sigo para uma mesa, que estava reservada com o número do nosso quarto.
Como sempre, esbarro em alguém.-Desculpa!- Uma menina pequena fala e ao olhar para o meu rosto abre a boca em choque. -Nossa, moça você parece muito com a minha mamãe!
-Pareço?- Falo sorrindo e ela assente e segue andando para onde estava indo. Acho que por isso aquele bebê estava me chamando de "Mamá" a pouco tempo.
-Essas crianças estão em todo lugar! No avião, no hotel, no café da manhã.- Nour fala rindo quando sento na mesa .
-Estão mesmo! E eu amo encontrá-las, são muito fofas e me dão uma sensação tão boa.- Falo sorrindo e ela assente.
-São muito fofos, mas não me dou muito bem com crianças!
-Licença, mas será que eu poderia te dar um abraço?- Escuto a mesma menina perguntar ao meu lado.
-Um abraço? - Pergunto e ela assente meio envergonhada.
-É que minha mamãe morreu e você parece muito mesmo com ela. Só queria matar um pedacinho da saudade. Me chamo Sol!- Ela fala e eu quase choro. Coitadinha! Perdeu a mãe tão cedo...
-Vem cá, Sol!- Falo a abraçando e ela se conforta no abraço.
-Muito obrigada, tia!- Ela fala e sai.
-Acho que vou explodir de fofura.- Nour fala e assinto.
Que bizarro o fato de apenas o abraço dessa pequena garotinha me fez sentir-me tão bem. Como se quem estivesse matando uma saudade fosse eu, não ela...
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Besides the life - Sabiley
FanfictionSegunda temporada de Inevitável-Sabiley!!! Após a morte de sua esposa , Sabina Hidalgo, Bailey precisa recomeçar para cuidar dos seis filhos do casal sozinho. Oque ele não espera é a peça que o destino lhe dará após ele pensar que tudo estaria acab...