Sugar Daddy

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Eu obviamente estava chocado demais, o que ele tava fazendo aqui? olho ao redor pra ver se tinha algum motorista de terno dentro de uma limusine particular, mas nada, só estava ele lá me olhando de cima a baixo e fazendo uma expressão estranha. Imaginei que a primeira coisa que ele perguntaria se eu estou bem, mas na verdade foi…

-Nossa você parece um zumbi- palavras reconfortantes Luan, muito bom.

-O que você tá fazendo aqui?- Eu ainda estava sem acreditar que esse menino tava aqui, o que deu nele?.

-Poxa nenhum “Quem bom que você veio ficar comigo enquanto estou doente Luan”- Ele para na frente do portão que tinha grades, sempre falei pra minha mãe que aquilo parecia uma prisão.- Vai me deixar aqui fora o dia todo?.

-Vou- falo abrindo a porta pra ele, me afasto para ele passar e tranco a porta de novo.

-E alias eu trouxe as matérias de hoje que você perdeu, de nada- Ele vai pra dentro da minha casa e eu percebo que ele está com sua mochila verde escuro nas costas. De repente fico envergonhado porque ele vai ver minha casa, ela tava uma bagunça.

-Não repara na bagunça, não tive ânimo para arrumar e só estava esperando visitas amanhã- A visita no caso era ele que resolveu chegar um teco mais cedo.

-Que bagunça? Aqui é lindo- Ele só podia estar brincando com a minha cara.

- Se senta ai, vou pegar alguma coisa pra você beber.

Vou até a cozinha tentando ao máximo não fazer caretas de dor, e tentando digerir que Luan estava na minha casa no único dia que eu não estava preparado para recebê-lo. Pego um copo d'água e bebo, lavo e depois encho para levar a ele. É quando ouço sua voz atrás de mim.

-Nossa que cozinha fofa- Levo um susto na hora, que merda. Minha cozinha era minúscula e só tinha algumas coisas básicas, aqui ficava um inferno quando alguém fazia comida, não tinha nada de fofa.

-Não te falei pra sentar?- digo me virando pra ele que continuava a me olhar, entrego o copo e bem rápido nossas mão se tocam. Ele bebe tudo num gole só.- Minha casa é bem pequena comparada a sua que é literalmente A casa branca.

-Haha muito engraçado- Ele ri e coloca o copo na pia, e eu me sento numa cadeira que tinha perto do fogão,que era para quem tivesse fazendo comida poder sentar e esperar pra não queimar nada, mas não adiantava muito- Meu pai ama o contraste da pele dele com a casa branca, eu sempre odiei essa cor por causa da minha casa. Mas aqui, a sua casa, tem um ar de lar e é aconchegante.

-Mas você acabou de entrar aqui…- E do nada sinto suas mãos em meu pescoço, achei que enfim ele iria me matar, aquele papel de bom moço durou pouco tempo. Mas na verdade ele estava medindo minha temperatura, depois de meu pescoço ele coloca as mão frias em minha testa.- Mas que porr...

-Você está quente- ava, tiro as mão dele de cima de mim.

-Eu to com febre né, era de se esperar que eu estivesse quente.

-Sua mãe chega que horas?- Como a cozinha era pequena ele estava perto de mim e sentado onde eu estava dava pra ver o quão alto Luan era.

-Umas seis ou sete, depende do trânsito- Ele olha para o microondas e percebo que ainda eram três da tarde.-Aliás como você chegou aqui?.

-Quando marcamos de se encontrar aqui você me mandou a localização daqui, então só pedi um uber- Nossa um uber daqui pra casa dele é uns vince e cinco reais pra mais.

Não falo nada e me levanto indo para a sala e desligando a TV, depois pego a mochila dele e a levo para meu quarto. Se minha irmã chegasse ia pensar que estava fazendo mais do que pegando matéria com Luan. E ele me seguiu até meu quarto, quase caiu no degrau que tinha no corredor e eu fiquei rindo internamente. No meu quarto ele começou a futricar tudo que via pela frente. E agora leitores eu irei descrever o meu quarto, ele era bem pequeno para o tanto de entulho que eu colocava nele, do lado da porta tinha meu PC "quase" gamer, a cadeira ficava batendo na porta do quarto, mas era esse o conceito porque assim se eu tivesse vendo ou lendo alguma coisa errada na net dava pra saber se alguém estava entrando para minimizar tudo e colocar numa página de adoração, eu tinha uma prateleira de livros presa em uma parede com todos os meus autores favoritos, na parede oposta tinha um guarda roupas velho de madeira com figurinhas daquelas de chiclete grudadas e alguns desenhos de símbolos e das relíquias da morte, minha cama ficava embaixo da janela que dava pra rua, assim eu podia sentir o sol me torrando as 9 horas da manhã. As paredes eram todas de um tom amarelo bem fraco (porque tinta vagabunda sai fácil).

Inexplicável (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora