Reunião das opiniões reformadas.
Enola lembrou-se de um ponto de encontro o qual sua mãe a levava quando ela era apenas uma garotinha. Eudoria, imaginava que a pequena garota não se lembraria do caminho para o beco escondido, mas El gravava cada ponto de referência, sabia exatamente onde deveria procurar. As duas seguiam rumo ao tal beco, ainda vestidas como garotos inocentes, como se não pudessem ser descobertas. Todavia, estavam sendo seguidas.Assim que viraram a ponte foram surpreendidas por dois garotos. Os mesmos que há dois dias estavam surrando Tewks e Gilbert no vagão de cargas.
Quando perceberam que seus passos estavam sendo observados e perseguidos, deram as mãos e encararam os garotos tentando inibí-los. O que foi em vão.
Mediante a isso uma luta corporal se iniciou a as duas foram contidas pelos braços fortes deles. Como um insulto tiraram as boinas, e os cabelos delas se soltaram.
— Acharam mesmo que não iríamos encontrá-las?
— Me solte — a ruiva disse se debatendo. — vocês não tem ideia do que podemos fazer com vocês.
— Cala a boca sua ruiva sardenta.
Anne sentiu-se imensamente ofendida e lembranças ruins tomaram sua mente. Ofende-la por seus cabelos e sardas excessivas, ardia duramente em seu peito como uma facada.
— Não fale assim dela! — Enola gritou, sabia que Anne era extremamente sensível em relação a isso — vocês não sabem o que dizem!
— Ruiva sardenta, ruiva sardenta.
Enola em impulso jogou a cabeça para trás e escutou o estalo forte do nariz do garoto.
— Sua ordinária! — ele disse com as mãos no sangramento — vamos Roy, ande logo, ajude-me.
O moreno foi obrigado a soltar Anne, e assim que ela percebeu que estava livre, agarrou Enola e correram para longe.
— Billy você está bem?
— Aquela garota quebrou meu nariz! — ele disse com ar doloroso e ao mesmo tempo irado — ela pagará por isso, pode apostar.
. . .
Ofegantes, com os pulmões praticamente vazios as duas entraram pela janela em um lugar com aparência de abandonado.
Quando perceberam que estavam seguras, deixaram seus corpos encostados na parede e escorregaram até encostar no chão.
— Pensei que estaríamos perdidas — El diz ainda assustada.
Anne mantinha o silêncio, ser criticada por sua aparência lhe devolvia as dores passadas, as quais, ela lutou para esquecer.
— Não ligue para o que disseram, não passam de garotos esnobes e ignorantes. Claramente tem as mentes atrofiadas devido aos preceitos ensinados em sua trajetória. São simplesmente nada — Enola segura na mão de Anne — está bem?
Anne permite que uma lágrima solitária escorra de seus olhos. Mas ela tinha ao lado dela a pessoa a qual a defenderia de qualquer dragão. Sua melhor amiga.
Antes que pudesse formular uma resposta, as duas, foram surpreendidas pelo barulho da maçaneta. Seus corações palpitando no mesmo instante, e pela emoção as duas se esconderam atrás de alguns barris, muitos na verdade.
Logo avistaram um grupo de mulheres entrando no local.
— Era aqui — Enola sussurra — era aqui que minha mãe vinha, Anne.
As duas se encaram assustadas.
— Vamos começar a reunião, não temos muito tempo — diz uma moça um pouco jovem.
— Mary — Enola cutuca Anne — não é a Mary?
— Pelos deuses, é a Mary!
Elas observam em silêncio.
— Bom, acho que Eudoria não vem mesmo a mais uma reunião, queria saber se ela estava bem — prossegue a mesma moça — enfim, estamos todas aqui em prol da mesma causa. Nossa liberdade de expressão.
— Liberdade de expressão soa tão lindo — Anne observa Enola que está com as bochechas vermelhas. — El, você está bem?
A garota nega e faz como quem segurasse espirros.
— Mas aqui não tem mofo — Anne disse.
Só tinha uma coisa que Enola tinha muita sensibilidade. Pólvora.
Todas as vezes que sua mãe ia lhe ensinar experiências químicas com pólvora, ela tinha uma crise horrorosa de espirros.
— Não não não. — Anne contém a amiga.
— E então, iremos erguer nossas vozes na embaixada de Londres amanhã de manhã, e caso eles não nos ouçam...
— Elas vão colocar explosivos nos lugares — Anne diz perplexa ao mesmo tempo encantada com tamanha coragem.
— Muriel, está ouvindo? — Mary fala.
A voz é reconhecida por Anne.
— Parece que temos uma invasão aqui — a jovem com cabelos claros procura no lugar.
— Ficaram sabendo do desaparecimento da filha de Eudoria? — alguém diz — Será que as duas fugiram?
— Eudoria não abandonaria a causa. E a garota só poderia estar a procurando em um lugar.
Muriel caminha no cômodo e assim que Anne e Enola escutam os passos, se encaram assustadas.
— Aaaaaatchim! — Enola não aguenta.
— Aqui! — ela aponta para trás dos Barris dando de cara com as duas garotas encolhidas — prazer, meu nome é Muriel Stacy e eu sou a vice líder do programa de feministas. — ela diz satisfeita — e você deve ser Enola Holmes, não é?
. . .
Hi amorzineos, eu estava ansioooooooosa para postar esse capítulo então decidi adiantar ✨
Espero que gostem!
A propósito, o plot que eu ia dar era esse, mas alguém acertou na teoria. / Mais uma vez.
Vontade de guardar vocês em um potinho.
Enfim.
Parem de acertar kkkkkkkkk
Bjinhos.
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Laços do destino - Anola
FanfictionInício: 27/09/2020 Fim: Duas amigas que se sentem oprimidas pela sociedade em terem opiniões demais, se unem em prol de conquistar a tão sonhada liberdade de expressão. Dois irmãos, filhos de pessoas da alta sociedade, se unem para ajudá-las. Uma...