Capítulo dezoito ✨

1.1K 146 309
                                    

Evolução constante

Enola chegou junto de Tewksbury no esconderijo das feministas. Percorreu os olhos em cada canto, mas não havia sinal nenhum delas. Uma terrível sensação percorreu seu corpo, fazendo-a imaginar que o pior tinha acontecido. Mas não.

Logo, notou um pequeno rastro de pó, o que indicavam que eram pegadas. Junto de Tewksbury, empurrou o barril com pólvora que cobria uma pequena passagem tapada por uma porta, que aparentemente, acompanhava a madeira do chão.

— Ajude-me a erguer — ela pediu ao garoto que até então, observava toda a agilidade dela.

— Mas isso é o chão.

— É uma passagem — ela puxa a respiração fragmentada, estava prestes a espirrar.

— Muito pó? — ele indaga.

Atchim! — ela solta — alergia a pólvora.

— Pólvora? — ele a encara perplexo.

— Ei — ela pede silêncio — fale baixo — ela desvia o olhar de um lado para o outro, avaliando o local — sinto que tem alguém aqui.

Antes de erguer a pequena porta no chão, ela procura atrás de cada barril. Mas não havia nada.

— Acho que está preocupada demais.

— É óbvio que estou, minha mãe desapareceu, Anne foi levada para um internato, meus irmãos estão a minha procura — ela diz irada — seria estranho se eu não estivesse assim.

— Tem certeza que quer descer por aqui?

— Eu não tenho escolha.

— Eu fico de vigia.

. . .

Gilbert estava se preparando para o golfe que em breve começaria. Ele não queria ir, mas às quartas feiras, a família herdeira de Basilwether, se reunia para tais jogos.

Ele só compareceria pois sua mãe havia insistido muito, e seu tio, o pai de Roy e Billy, queria se certificar de que ele realmente havia voltado.

Assim que vestiu sua roupa, ele desceu as escadas e deparou-se com algo que jamais imaginaria.

Uma nova pretendente.

Seu coração oscilou, a única pessoa a qual ele entregaria seu coração, já não era mais uma opção para ele.

— Querido — disse Lady Tewksbury — essa é Winifred Rose.

Winnie não negou a surpresa. Seu pai havia a levado para a mansão, mas nunca disse que era esse o garoto.

Gilbert se aproxima e disfarçadamente, lhe dá um beijo no dorso da mão.

— É um prazer conhecê-la — ele lhe oferece o braço — posso lhe mostrar a mansão?

— É claro — ela passa o braço e caminha com ele.

— O que está fazendo aqui? — Gilbert diz.

— Fui obrigada a isso, acredite — ela movimenta a cabeça — eu não suporto a idéia de meu pai ser o responsável por arrumar um marido para mim.

— Realmente — ele une as sobrancelhas — sinto o mesmo com relação a minha mãe.

Assim que notam que estão longe o suficiente dos olhares críticos, eles se soltam.

Laços do destino - Anola Onde histórias criam vida. Descubra agora