Evolução constante
Enola chegou junto de Tewksbury no esconderijo das feministas. Percorreu os olhos em cada canto, mas não havia sinal nenhum delas. Uma terrível sensação percorreu seu corpo, fazendo-a imaginar que o pior tinha acontecido. Mas não.
Logo, notou um pequeno rastro de pó, o que indicavam que eram pegadas. Junto de Tewksbury, empurrou o barril com pólvora que cobria uma pequena passagem tapada por uma porta, que aparentemente, acompanhava a madeira do chão.
— Ajude-me a erguer — ela pediu ao garoto que até então, observava toda a agilidade dela.
— Mas isso é o chão.
— É uma passagem — ela puxa a respiração fragmentada, estava prestes a espirrar.
— Muito pó? — ele indaga.
— Atchim! — ela solta — alergia a pólvora.
— Pólvora? — ele a encara perplexo.
— Ei — ela pede silêncio — fale baixo — ela desvia o olhar de um lado para o outro, avaliando o local — sinto que tem alguém aqui.
Antes de erguer a pequena porta no chão, ela procura atrás de cada barril. Mas não havia nada.
— Acho que está preocupada demais.
— É óbvio que estou, minha mãe desapareceu, Anne foi levada para um internato, meus irmãos estão a minha procura — ela diz irada — seria estranho se eu não estivesse assim.
— Tem certeza que quer descer por aqui?
— Eu não tenho escolha.
— Eu fico de vigia.
. . .
Gilbert estava se preparando para o golfe que em breve começaria. Ele não queria ir, mas às quartas feiras, a família herdeira de Basilwether, se reunia para tais jogos.
Ele só compareceria pois sua mãe havia insistido muito, e seu tio, o pai de Roy e Billy, queria se certificar de que ele realmente havia voltado.
Assim que vestiu sua roupa, ele desceu as escadas e deparou-se com algo que jamais imaginaria.
Uma nova pretendente.
Seu coração oscilou, a única pessoa a qual ele entregaria seu coração, já não era mais uma opção para ele.
— Querido — disse Lady Tewksbury — essa é Winifred Rose.
Winnie não negou a surpresa. Seu pai havia a levado para a mansão, mas nunca disse que era esse o garoto.
Gilbert se aproxima e disfarçadamente, lhe dá um beijo no dorso da mão.
— É um prazer conhecê-la — ele lhe oferece o braço — posso lhe mostrar a mansão?
— É claro — ela passa o braço e caminha com ele.
— O que está fazendo aqui? — Gilbert diz.
— Fui obrigada a isso, acredite — ela movimenta a cabeça — eu não suporto a idéia de meu pai ser o responsável por arrumar um marido para mim.
— Realmente — ele une as sobrancelhas — sinto o mesmo com relação a minha mãe.
Assim que notam que estão longe o suficiente dos olhares críticos, eles se soltam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Laços do destino - Anola
FanficInício: 27/09/2020 Fim: Duas amigas que se sentem oprimidas pela sociedade em terem opiniões demais, se unem em prol de conquistar a tão sonhada liberdade de expressão. Dois irmãos, filhos de pessoas da alta sociedade, se unem para ajudá-las. Uma...