Determinada.
Anne caminhava em direção a diretoria cheia de orgulho de si mesma, sua imposição apesar de não ser recomendada, lhe fazia muito bem e certamente atingiu muitas meninas que estavam lá, com certeza, alguns pensamentos haviam sido mudados naquela manhã.
Assim que chegou ao local em que fora mandada, ela bateu na porta e foi conduzida pela madame a se sentar frente a diretora.
— O que houve? — questionou a moça ainda de costas.
Anne não podia responder, por isso, manteve o silêncio. Mas algo naquela mulher deixava o seu coração em paz, seria ela alguém que poderia livrá-la da punição?
— Essa menina, fez comentários inapropriados essa manhã, e sabemos que é terminantemente proibido declarar suas opiniões se elas não forem de acordo com os ensinamentos aqui exercidos.
— E o que recomenda que eu faça madame?
— Punição severa.
— Bom, Anne. Sabemos que o que fez é uma atitude proibida, por isso, será castigada. Retire-se madame — falou a suposta diretora — mandarei essa garota para o castigo severo.
A madame se retirou um pouco desconfiada, soube pela manhã que a antiga diretora fora substituída por alguma outra. Mas sequer imaginou que ao encontrá-la pela primeira vez, ela seria tão rude a ponto de permanecer de costas.
— Enola — Anne falou assim que a madame saiu — você veio me buscar!
Ela correu em direção a amiga e lhe deu um forte abraço.
— Como soube que eu viria para cá?
— Eu não soube — ela sorri — mas ao verificar o cronograma de aulas deduzi que você arrumaria encrencas, como a diretora é nova, as madames responsáveis por dar as aulas se sentiriam curiosas para vir conhecê-la, qualquer pretexto seria válido.
— Como fez para entrar aqui? E onde está a verdadeira diretora?
Enola caminhou até uma porta e Anne pode ver a diretora verdadeira amarrada em uma cadeira com a boca tampada por um pano enrolado.
— Sabe que foi uma emergência não sabe? — Enola falou para a mulher que aparentemente estava furiosa — não se deve mexer com Anne Shirley enquanto tiver uma Enola Holmes à solta. — Enola segura na mão de Anne — bom, eu não vim sozinha.
É quando Anne vê Gilbert saindo detrás da mesa. Seu coração palpita acelerado, o ar lhe falta, seu corpo treme e sua mente clama por poder reencontrá-lo, em pensar que ele sequer queria vê-la, agora estava ali diante dela, com um sorriso largo estampado em seu rosto, seus olhos gritavam de paixão, ela não havia o perdido.
Recompôs a postura e quando se deu conta, já estava entregue nos braços dele.
— Não desistiu de nós — ela diz.
— Jamais faria isso — ele a encara — onde estava com a cabeça ao pensar que eu seria capaz de deixá-la para trás?
— Menti para você.
— Sem muito melodrama por favor — Enola interrompe — temos que dar um jeito de sair daqui.
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Laços do destino - Anola
FanficInício: 27/09/2020 Fim: Duas amigas que se sentem oprimidas pela sociedade em terem opiniões demais, se unem em prol de conquistar a tão sonhada liberdade de expressão. Dois irmãos, filhos de pessoas da alta sociedade, se unem para ajudá-las. Uma...