Laços do destino - Anola

Capítulo vinte e seis ✨

Ao cantar do galo.

Enquanto Anne, juntamente de Gilbert iam de encontro aos problemas familiares da ruiva, Enola e Tewksbury iam de encontro às reuniões da causa.

Stacy não imaginava que a filha de Eudoria chegaria acompanhada de um garoto, ainda mais um marquês, o qual, de acordo com as leis de Londres já tinha idade para expor sua opinião e direito de voto, mesmo assim, ao vê-la acompanhada recebeu animadamente Tewksbury, estava óbvio que ele sabia de tudo, e ainda mais óbvio que estava disposto a ajudá-las.

— É bom vê-la, Enola — falou Winifred, lhe dando um abraço — e onde está Anne?

— Infelizmente, resolvendo um problema familiar.

— Um problema familiar? — Stacy perguntou preocupada.

— Sim, sua tia está doente e Matthew se empenhou em encontra-la. Parece que será fatal mesmo, contudo, ainda temos fé de que ela ficará bem.

— E Gilbert? — Winnie perguntou, inocentemente.

— Está com ela — respondeu Tewksbury encarando a loira — e como foi enganar nossa mãe?

— Foi difícil — Winifred respondeu — eles descobriram que eu fazia parte da fuga dele, voltei para casa ouvindo o maior sermão do universo — ela completou — mas, valeu a pena.

— Ótimo — Enola respondeu com um sorriso — e agora, qual o nosso plano?

No momento encontrar Eudoria era o de menos, elas estavam concentradas em libertar Mary.

— Temos tantos — falou Stacy — mas o plano primordial é arrumar um jeito de tirar Mary das mãos do governo. Eles são cruéis.

— Até onde sei, mulheres são torturadas e obrigadas a viver em silêncio — Prissy falou — isso é horrível.

— E como — Tewksbury se intrometeu, recebendo um olhar caloroso de todas as mulheres — vocês não são intolerantes à homens, são?

— Não! — elas responderam em coro.

— A não ser que você seja um homem maçante e horrendo — Enola o encarou — mas você não é.

— Certo e qual é o plano?

— Temos um aliado? — Stacy encarou Tewksbury — isso é animador.

— Tecnicamente, necessário — Enola respondeu — Tewksbury é um marquês importante em Basilwether.

— Podemos usá-lo para descobrir sobre os votos — Winnie o encarou — até onde estamos com vantagens.

— Acredito que nossa causa já passou do direito do voto, estão tentando nos oprimir torturando nossas aliadas, isso é muito mais do que nos proibir dos nossos direitos.

— Prissy tem razão! Estão tentando nos calar, nos ameaçando por meio de tortura. Isso é inaceitável.

— Não estamos mais em uma luta de direitos iguais, estamos em uma luta de contra-ataque ao governo.

Tewksbury observava tudo em silêncio. Realmente elas estavam certas, estavam sendo descaradamente ameaçadas.

— Igualdade não deveria ser tida como uma guerra e sim uma mudança necessária! — Stacy falou.

— E o que pretendem fazer? — Enola perguntou — qual é o plano?

As moças trocaram olhares entre elas...