Muita cerveja, e outras bebidas alcoólicas, carne à vontade, guarnições variadas, garçons servindo por entre as mesas, música envolvente, bastante pessoas, muitas mulheres. Foi o que Marcos viu logo ao passar pela porta.
"Um banquete babelesco." — Pensou e, reconhecendo alguns dos presentes, sentenciou. — "O final será impagável".
— Ué! Veio para a janta?
Carlinhos, o dono da festa, se aproximou com um copo de whisky nas mãos.
— Vai me dizer que comeram tudo.
— Não! Claro que não! Tem o resto que íamos dar para os cachorros.
Ambos gargalharam.
— Filho da puta!
— Seu sacudo!
E se abraçaram com a cordialidade de anos de amizade.
— Eu sabia que você viria. Mandei separarem o seu prato. — Carlinhos deu mais um gole na bebida. — Mas antes, deixe-me apresenta-lo uns convidados, sei que vai gostar.
E por pelo menos 1 hora, caminharam entre grupos de pessoas que representavam as várias empresas do ramo de comunicação e entretenimento. A maioria dos presentes era conhecida de Marcos, dos quais compartilhava negócios e, por vezes, segredos. Como por exemplo Luiz, proprietário da Dunas Estúdios que, como voyeur, assistia a esposa com outros homens. Sônia, sócia da Daimai Gravadora, que formava um trisal com o esposo e mais uma mulher. E Michael dono da Copertúnia Publicidade, era casado com a bela e sensual Thais, mas ele gostava de rapazes mais novos.
Naqueles momentos a troca de informações era intensa e nem sempre verbal: olhares, bocas, gestos, bilhetes, toques. Se Marcos embarcasse nas situações propostas, não sairia dali tão cedo. Mas a fome foi mais forte. Era o justo instante em que, em um grupo, a discussão sobre financiamento bancário, estava em alta.
— Pessoal, com licença, preciso fazer uma ligação.
— Claro! Claro! Mas volte logo! — Carlinhos queria o parceiro ali.
Sozinho, Marcos chegou à cozinha, procurando o que comer. Os petiscos servidos, pareciam saborosos, mas não os quis, e também não bebeu. Ainda sentia um leve mal-estar causado pelo vômito de mais cedo.
"Melhor comer algo mais consistente." — Então solicitou à funcionária da casa. — Pode me dizer de qual vasilha posso me servir?
Ele a olhou com a sensação de já conhecê-la, mas não falou nada a esse respeito.
— Sim senhor! — A moça veio para próximo a ele, mostrando: — Essas três tem verduras e legumes. Naquelas duas, arroz e farofa. As carnes assadas estão na travessa.
Durante a breve explicação, Marcos observou que a moça não tinha alianças em seus dedos, nem anéis. De acessórios apenas os brincos.
— Obrigado!
Ele se serviu de verduras, arroz, farofa e um pedaço de carne. Colocou no micro-ondas e aguardou. Após amornar, iniciou a refeição, sob o olhar atento da garota, que agora se virou para a pia para lavar a louça. Enquanto comia, vez ou outra, a olhava, fazendo apontamentos. Certamente ela não era o seu tipo de mulher, mas, de alguma forma, aquele jeito rustico passou a ser interessante de um tempo para cá.
— Tem azeite?
— Tem sim, senhor.
Ela enxugou as mãos e foi ao armário, pegou o frasco e, quando se aproximou para entregar, Marcos foi contundente:
— Você tem uma boca muito provocativa.
Ao olhar para o braço da mulher, viu os poros eriçados e os pelos arrepiados. Em silêncio a moça voltou para a pia e se recostou novamente, mas não abriu a torneira. Ele a observou novamente: cabelo preso expondo o pescoço; ombros regulares; cintura média; quadris largos; coxas e batatas pouco grossas. Quando parou nessa parte, viu a garota abrir as pernas suavemente, até o limite do vestido.
Marcos cobriu o prato:
— Onde tem um banheiro?
— Ali... — A moça apontou na direção do quartinho.
Para lá ele caminhou e entrou, deixando a porta aberta. Assim que lavou as mãos e se virou para enxuga-las, viu o reflexo da garota no espelho e ouviu a porta ser fechada e trancada. Então, sem dizer palavra, ela se lançou sobre ele, beijando ardente e desejosa.
— Porque demorou tanto?
Ele não se lembrava bem dela, mas deu continuidade ao que ela começou. E jogou uma conversa dúbia:
— Confesso que não imaginava que te veria novamente.
— Safado!
— Você me conhece.
Ele sorriu enquanto ela se ajoelhou, abrindo o zíper de sua calça, expondo o membro rijo, e o abocanhando. Foi após alguns minutos, chupando e lambendo, que ela disse:
— É disso que preciso!
— Seu patrão não te sacia não?
— Como!? Dona Cassia não sai da cola dele. Mulher dominadora. Deve ser por isso que ele só vive bêbado.
Quando ficou de pé, a frente do vestido já estava toda desabotoada e aberta, expondo a lingerie branca sobre o corpo de cor levemente morena.
— Que tesão, heim!?
— Vem foder, vem!
Então ele foi e, já no início da pegação, teve a sensação de dejavù, e se recordou vagamente de uma madrugada em que estava bêbado, perambulando por aquela casa, e a encontrou. Fora de si ele exagerou no tratamento: lambeu, mordeu, estapeou, subjugou e o ápice: beijou-a na boca. Por isso ela se recordava dele com tanta intensidade.
"A sua satisfação é garantida!"
E a empurrou contra a pia de mármore e, com a voracidade de um predador que capturou sua presa, aplicar-lhe uma boa lambida, da vagina, nádegas, costas até a nuca. Quando parou, o membro já estava posicionado entre as pernas dela, que gemeu. Esse foi o instante em que, com habilidade, Marcos colocou ou preservativo e, com rapidez, puxou a calcinha de lado e deu início à penetração. Pelo espelho Marcos via o reflexo da garota, mordendo os lábios ao sentir o membro quente, entrar centímetro à centímetro.
— Você sabe fazer isso... voc... sab...
Ele iniciou os movimentos, aumentando o prazer da moça que, agora, não conseguia pronunciar palavra.
Marcos passou a mão por baixo dela e foi direto ao bico do seio. Uma leve pressão, somada à torção e tudo aconteceu, para delírio da garota.
— Não! Espera! Esper...
Tarde demais. Os espasmos, a contorção, o prazer sublime, o gozo. Ele precisou segurá-la.
— Seu imoral! — Disse sorrindo após poucos minutos saboreando a sensação.
— Como sempre.
Sentada no carpete do banheiro, ela perguntou:
— Quando eu vou te ver de novo?
— Não sei. Mas temos boas chances. — Ele se recompunha diante do espelho. — Até porque você está me devendo.
— E eu vou pagar essa dívida até a última gota.
— Agora eu preciso ir.
Ao sair pela porta, ela o chamou para se despedir:
— Por favor! Me liga! Eu quero mais disso aqui.
E acariciou o volume sob a calça. Rápida pegou um papel toalha e a caneta que levava no bolso, anotou nome e telefone e entregou para ele.
— Tá certo. — Ele dobrou o papel e colocou no bolso.
Quando se virou, uma garota estava na cozinha, ouvindo o que acontecia entre ele e a empregada dentro do banheiro. Ele caminhou em sua direção, abotoando a camisa. Ao parar a 1 metro de distância, fechou o zíper.
— Oi Carol, foi difícil entrar na faculdade?
A resposta veio carregada de sensualidade noolhar e na mordida de lábios. Ela o pegou pela mão e o conduziu para o seuquarto. Ao passar pela porta, a garota a trancou. Marcos saiu dali depois demuito tempo.
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Ehso
RomanceFoi por sofrimento e constrangimento que Amália, aos 35 anos, saiu de Goiânia quase fugida. Em Brasília ela encontrou pessoas pouco conhecidas, mas que estavam dispostas a apoiá-la. Nessa nova etapa da vida conhece Marcos, 28 anos, seu vizinho. Um r...