"Ela encontrou a resposta que estava perdida. Estamos todos chorando agora, chorando porque não há nada que possamos fazer para protegê-la" — Nick Cave
Lisa Manoban (Julho de 1985)
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O Colônia continua em um alvoroço. A reportagem sobre a morte do universitário durante a manhã ainda mexe com a mente de todos que a assistiram, principalmente a minha. Byun Baekhyun havia sido encontrado na casa de Jennie, no porão, se isso não é um sinal, não sei mais o que pode ser.
Mais uma vez, ligo para Rosé.
O telefone toca, uma, duas, três, quatro vezes. Ninguém atende. Tento falar com Rosé em meio há várias tentativas, na oitava ligação os telefones estão fora de área, "ela está vindo para cá", uma parte de mim diz e a outra, a que está tremendo na frente do telefone, torce para que seja um engano.
Desejo ver Jennie com tanta força que meus pés ganham vida própria, quero vê-la mesmo que ela não esteja lúcida, mesmo que não pareça a garota que era antes. A garota de sorriso de lado e mechas platinadas, a que eu vi abrir a geladeira e me dar um copo d'água. Jennie Kim é como um livro em um idioma que não entendo, por mais que eu leia o que está escrito, não consigo decifrar seu propósito.
Caminho tentando manter meus passos firmes, meu corpo se arrepia a cada passo que me leva a ala dos pacientes severos. Eu não sou uma das pessoas mais corajosas, talvez uma das mais curiosas, por isso sentir medo de ser pega em uma área a qual não me é designada enche meu corpo de calafrios. A porta do quarto dela está com uma escolta de dois homens trajados com a farda da polícia de Taegon. Vou até lá, disfarçando — ou tentando disfarçar — a sensação horrível que sinto ao ser vigiada por eles.
— Onde pensa que vai? — Um deles pergunta quando me aproximo da porta do quarto.
— Preciso ver uma paciente —respondo.
— Tem autorização? — O outro pergunta, mantendo seus olhos fixos no meu crachá. — Seu nome não está na lista de médicos e enfermeiros autorizados a entrar, senhorita.
A maçaneta da porta de Jennie está a centímetros de distância da minha mão. Ela está do outro lado, tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Suplico:
— Vai ser rápido, eu...
— Sinto muito, moça. — O guarda alto me interrompe. — Você precisa ser autorizada por algum agente da justiça local de Taegon.
Levanto uma sobrancelha.
— Autorização? Como a da policial Bae Joohyun?
Os dois se entreolham. O mais baixo dá um sorriso.
— É mais fácil você conseguir a autorização do Papa.
— Qual dos dois vai me acompanhar até a sala de telefones? — Aponto alternadamente para eles.
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Paraíso Artificial
Fanfiction(Concluída) Lisa Manoban não acredita em coincidências, por isso, ao chegar a Taegon, uma cidade manchada por um massacre bárbaro, ela tem um forte pressentimento que há algo errado. Algo errado na forma controladora e sorridente de Kim Jisoo, nas...