𝙎𝙘𝙖𝙧𝙨 | 🐍 | 𝙳𝚛𝚊𝚌𝚘 𝙼𝚊𝚕𝚏𝚘𝚢

44 |🐍| Bride

L I L I T H 💜

Estralei meus dedos e respirei fundo, tentando me acalmar e finalmente, conseguir formular algum discurso plausível em minha mente, para dizer a Draco, que agora, sentado em minha frente, esperava que eu dissesse algo.

Eu não sabia como contar à ele que teríamos um bebê!Parecia uma tarefa tão impossível...

— Lilith, eu não estou apressando você, mas precisamos ser rápidos!Não sei se percebeu, mas temos uma...

— Ok!Eu já sei que temos uma missão! – o interrompi — Eu não sei como te dizer isso, até porque, nunca dei uma noticia dessas para ninguém, mas acho que posso tentar...Draco, eu estou grávida!

Não embromei, fui direto ao ponto. Eu estava tão nervosa, que ao menos consegui formular outras palavras!

— O...o que? – Draco murmurou, extremamente confuso

— Eu tô grávida!Nós vamos ter um filho e eu ao menos estou preparada pra isso. Olha pra minha cara, Draco!Vê se você acha algo de bom em mim!Não tem como achar, porquê eu não sou boa!Não há nada que eu possa oferecer à uma criança. – me descontrolei, sentindo meus olhos encherem de lágrimas

— E você acha que eu estou preparado?Acha que eu vou ser um bom pai? – Draco levantou de sua cadeira, começando a caminhar pela biblioteca — Como fomos deixar isso acontecer?Como isso foi acontecer?

— Precisa mesmo que eu diga?Quer que eu te relembre? – fui sarcástica, mas ao olhar em seus olhos e ver um certo desespero, engoli em seco — O que vamos fazer?Se não quiser esse bebê, tudo bem!Nós não precisamos de você!

Uma raiva absurda começou a crescer dentro de mim, com a forma como Draco fez meu bebê se sentir indesejado!Ninguém faria o meu filho ou filha, se sentir indesejado ou coisa do tipo. Essa criança teria tudo o que eu não tive, seria diferente de mim!

E...ah, meu santo Merlin!Eu amo essa criança!Sim, eu já amo o meu bebê e farei o que for preciso para salvá-lo!Nada mais importa além dele, nem mesmo a maldita guerra que Voldemort iniciará.

— O que?Você tá maluca?Me espere falar! – Draco respirou fundo, antes de se aproximar — Eu nunca imaginei que seria pai e muito menos em uma circustância como essa. Jamais abandonaria vocês, só estou...estou com medo!Medo de ser um pai ruim, medo de falhar.

Respirei fundo, aliviada com o fato de que ele queria o nosso bebê e então segurei suas mãos. Agora, olhando em seus olhos, eu só conseguia enxergar um garoto desolado, tão assustado quanto eu.

— Eu tive péssimas referências, tive péssimos pais!Minha mãe criou praticamente uma soldada, ao invés de uma filha. Meu pai, eu descobri recentemente quem verdadeiramente é e eu nem preciso falar nada, não é!?Mas,é como você já me disse uma vez: nós não somos os nossos pais! Então, podemos fazer diferente!Podemos ser diferentes! – tentei conforta-lo, embora soubesse que estava dizendo aquelas palavras mais para mim do que para ele

— A guerra será perigosa para vocês! – o loiro colocou a mão em minha barriga, meio sem jeito e confesso que fiquei extasiada com o primeiro toque de alguém, em meu bebê

— Eu não posso abandonar Voldemort!Pois se ele morrer, eu morro também e consequentemente, nosso bebê também morre!Precisamos parar Potter, ele não pode destruir as horcrux's. – suspirei

— Então iremos pará-lo! – Draco disse com convicção e em seguida, me abraçou — Quando tudo isso acabar, prometo que iremos ficar juntos, como uma família!

Percebi que aquele momento estava sendo o nosso "calmaria antes da tempestade" e aproveitei cada segundo nos braços de Draco. Algo me dizia que não voltaria para ele...algo estava me causando um desespero horrível. Mas, ignorei estes pensamentos, provavelmente ocasionados pelo nervosismo de estar em uma guerra.

— Me desculpe pela reação negativa, assim que me contou sobre a gravidez. Eu estou feliz, confiante e esperançoso com esta nova fase! – o Malfoy foi sincero, completamente sincero e eu percebi aquilo

A verdade, era que nós dois merecíamos e queríamos aquilo!Merecíamos uma família, merecíamos todo aquele amor e toda aquela felicidade.

— Mas, não pense que esqueci, que até hoje, não me pediu em namoro! – enlacei o pescoço de meu companheiro, rindo

— Eu não quero você como minha namorada! – Draco falou seriamente, tão seriamente, que fez meu sorriso morrer imediatamente e eu tentar o empurrar para longe

Ele é bipolar?Qual é o problema desse garoto?

— Te quero como esposa. Senhorita Lilith Marjorie LeBlanc,  você aceita se casar comigo? – Draco riu, divertido com minha expressão confusa

Espera...ah, meu santo Merlin!Eu estou mesmo sendo pedida em casamento?Ok!Nem em meus melhores sonhos, eu poderia imaginar que esse dia chegaria...

— Me assuste assim novamente e eu irei matar você! – ameacei, rindo de nervoso.

— Mil desculpas, senhorita! – o loiro riu e em seguida, deu um sorriso de canto

— Draco Lucius Malfoy... – fiz uma pausa para respirar — É claro que eu aceito!

— Por um segundo, achei que não aceitaria. – ele suspirou aliviado

— Mas, nós ainda precisamos conversar sobre tudo isso. Não quero casar agora!Primeiro quero terminar a escola, iniciar minha formação e então poderemos pensar em finalmente casar. – avisei

Era óbvio que eu me formaria, que faria faculdade. Draco e eu daremos um jeito de equilibrar tudo isso, com certeza daremos!Inclusive, Narcisa, no dia em que descobrimos sobre a gravidez, disse que adoraria cuidar do bebê, então acho que posso considerar esta opção.

Antes que Draco pudesse dizer algo, a porta da biblioteca foi aberta com brutalidade e Goyle passou pela mesma, ofegante e aparentemente preocupado.

— McGonagall prendeu todos os alunos da sonserina, nas masmorras, só para proteger Potter e todos já sabem que Voldemort está chegando!Sabem que a guerra se iniciará! – o mais novo aliado dos comensais, nos avisou

— Precisamos achar Potter e as horcrux's que faltam!Esse bastardo não vai conseguir o que quer, não vai mesmo! – falei entre dentes e peguei minha varinha

— E eu acho que já sei como acha-lo! – Draco se pronunciou

Saímos da biblioteca e nos deparamos com alunos correndo, desesperados, outros vigiavam as janelas e locais estratégicos do castelo, prontos para atacar e naquele momento, eu tive plena consciência do que estava acontecendo:

A guerra havia começado!