Capítulo 21

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— Você matou ela! – 1 acusa sem expressar emoção

Não ligo pras suas palavras minha mente se perde em dor e raiva , toda aquela energia toma conta do local que estamos , 1 me olha parecendo assustada. Vou na sua direção destruindo mais onde estamos evitando atingir o corpo da Liz , trocamos golpes poderosos acerto seu peito com um soco que a joga pra fora. Estamos em uma montanha cercada pela areia do deserto , sinto uma energia gigante nesse lugar.

Assim que ela cai vários Visitantes vem em sua direção , monstros que só vivem nos piores pesadelos de alguém , desço em seguida nas minhas costas tem duas asas enormes de metal , não sinto nada nenhum tipo de emoção. 1 se livra dos que a atacou , vindo na minha direção , pode ser rápida mas não faz diferença agora. Seguro sua espada quebrando ela ao meio , atravessando o que sobrou dela no seu peito , 1 cai seguro seu pescoço dando vários socos no seu rosto , não paro o sangue escorre pintando a areia. Minha força tá fora do seu alcance , ela não pode me para , ninguém pode.

Afasto colocando ela de joelhos , pego a foice mas quando vou corta sua cabeça o que parece ser um verme sai do deserto , é gigante com a boca cheia de dentes afiados , seu corpo é longo arredondado, o grunhido que faz machuca os ouvidos. Destruiria uma cidade inteira sozinho com facilidade , somos pontos pequeno perto daquilo. Parece que nunca para de sair do chão ficando cada vez mais descomunal , talvez esse seja o meu fim , não tenho mais nada aqui mesmo.

Tá desistindo ? – Black indaga

Estou no meu subconsciente presa naquelas correntes no lugar dela , a dor não me afeta as correntes presas nos meus ossos machuca mas não ligo , o sangue escorre pelo chão. Black agora tá solta é enorme um monstro. Perco o contato com o mundo lá fora , sinto as lágrimas descerem eu fracassei , minha memória começa a voltar aos poucos.
Recordo da minha vida normal

Me chamo Jesie! – falo me apresentando no que parece ser a escola

Tudo passa rápido como um filme acelerado , me vejo criança em um orfanato , dormia em um quarto escuro e pequeno , sempre sozinha , nunca tive amigos. Era estranha isso afastava as pessoas , nunca fui adotada.

Lembro das naves chegando e o céu ficando escuro , o desespero das pessoas com isso. Moro sozinha em um pequeno apartamento , mais pra caixa de fósforo.

O governo manda o exército pra linha de frente é tudo que diz na TV , várias cidades foram destruídas as mortes não tem um número exato . Fico naquele quarto por longos dias , não foi difícil pra mim sempre estive sozinha até o exército chegar pra resgatar sobreviventes , somos levados pro subsolo em algum lugar que não consigo lembrar direito , la conheço a Cloe seu sorriso me cativou. Sabia que estavão testando humanos , não ligava pra isso porque as pessoas não ligava pra mim.

Jura que não vai me deixar ? – Cloe pergunta deitada sobre meu corpo , sua pele tá quente , ela é linda

Juro! – respondo beijando sua boca

Estamos fazendo amor , ela me fez esquecer do caos lá fora.
Mas tudo passa rápido novamente , Artur veio fala comigo sobre ser voluntária nos seus estudos , mas por causa da Cloe eu disse não , claro que ele não tava pedindo.

Sinto muito Jesie , não posso deixar ele te usar! – Cloe fala entre lágrimas

Ele não vai – digo tocando seu rosto

Mas meu pai não vai desistir – fala me abraçando

Naquele momento eu não senti suas emoções , é como se ela estivesse atuando ou eu estou vazia. Logo me encontro naquela cachoeira , sei bem que não sinto nada pela Cloe além de um apego mas ela queria mais. Aquele tiro não foi pra me salvar , foi pra da uma segunda chance pra si mesma.

Décima SextaOnde histórias criam vida. Descubra agora