Emma.

Capítulo 10

Emma.

        Sinto um gosto doce em minha boca, me fazendo engolir o líquido, com certa dificuldade abro meus olhos. Tenho a visão de um par de olhos azuis me encarando, eles tinham um tipo de brilho era... diferente, me fazendo ficar presa em seu olhar. Fecho meus olhos novamente e tento me levantar.

–Não faça esforço- o homem ali presente diz, me ajudando a me sentar.

–Onde estou?- pergunto meio perdida.

–Em um quarto na Casa Grande- ele responde, me dando um sorriso.

–Eu me sinto estranha- respiro fundo- quem é você?.

–Apolo- ele sorri, Apolo, esse nome não me é estranho, me lembro da minha conversa com Hazel.

–A, o pai do Will- digo em voz alto, ele me encara com o cenho franzido.

–Me conheçe como o pai do Will?- pergunta, dou de ombros e assinto.

–Desculpe, eu estou meio zonza- digo a ele.

–Isso é normal, a mordida soltou algum tipo de toxina em seu corpo- ele explica- como ainda não tem total controle dos seus poderes, acaba fazendo efeito- me encara.

–Por que ele saiu apenas quando Cérbero aparceu?- pergunto.

–Pelo visto você não sabe sobre muita coisa- ele sorri- acho que de certa forma já ouviu falar sobre o Leão de Neméia- assinto- ele é filho de Cérbero com Quimera- ele se aproxima- acho que qualquer ser teria medo do pai.

–Eu não tenho medo do meu- respondo ele, que apenas sorri.

–É, todos percebemos isso- ele para em minha frente- vire de costas, estava esperando você acordar para curar os roxos de suas costas.

          Me viro de costas, sentindo agora a dor, de certo pela batida em minhas costas, sinto ele erguendo minha blusa e tocando minha pele. Sinto um choque percorrer minha pele, fazendo- me arrepiar, ele parece sentir também, já que se afasta rapidamente por alguns segundos.

       Encaro a minha frente, tendo a visão dele atrás do espelho, seu olhar acaba se prendendo ao meu, me fazendo olhar para baixo. Sinto sua mão novamente em minhas costas, solto um murmuro de dor, mas logo o local se aquece e eu não sinto mais nada, ele faz isso por várias partes da minhas costas.

–E pronto- ele termina, se afastando de mim.

–An, obrigada- digo abaixando minha blusa- eu preciso sair daqui.

–Eu não tentaria me levantar, ainda precisa repor energia- ele diz, resolvo o ignorar e me levanto, quando chego perto da porta, minhas pernas ficam bambas, eu estava preparada para sentir o chão, mas ele me segura- eu te avisei.

–Você já está aqui, me ajude a ir para fora- digo abrindo a porta, me apoio nele, que me guia para fora.

       Percebo que já está de dia, acho que demorei um pouco para acordar. Logo tenho a visão de pessoas em um tipo de área, Quíron e meus irmãos me encaram, respirando aliviados. Apolo me senta em uma cadeira.

–Você é muito teimosa, eu acabei de dizer que ainda não podia fazer esse esforço!- ele reclama me encarando, reviro os olhos.

–Até parece que eu ia ficar presa naquele quarto- respondo ele.

–Emma, que bom que está bem- Hazel diz se aproximando e me abraçando.

–A garota não morre, ficaram preocupados atoa- Dionísio diz, com sua lata de coca dite em mãos.