Capítulo 12

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Emma.

        Eu treinei mais um tempo com o Diego, a maioria das vezes ele só abria a boca para falar algo que não prestava, mas ele era legalzinho. Com isso eu acabei perdendo o almoço, já eram quatro da tarde, mas eu não me importava, estava sem fome.

         Estava em meu chalé agora, terminando de tomar meu banho. Me enrolo na toalha e coloco uma enrolada na cabeça, saio do banheiro e vou onde estavam minhas coisas, separando minha roupa.

–Acho que devia prestar mais atenção nas coisas- escuto uma voz, arregalo meus olhos e me viro rapidamente, vendo Apolo sentado em minha cama segurando a risada.

–Apolo, o que está fazendo aqui!?- pergunto alto.

–Vim ver como você estava- ele responde me encarando- tem belas pernas- diz, o encaro indignada e taco um travesseiro nele, pegando minha roupa e indo para o banheiro me trocar.

         Me troco e saio do banheiro novamente, penteando meu cabelo, vendo o mesmo mechendo nas minhas coisas.

–Você realmente usa isso?- ele se vira para mim, com uma calcinha de renda minha em mãos.

–Pare de mecher nas minhas coisas!- exclamo tirando da mão dele e guardando novamente- diga logo oque quer- saio de perto.

–Sua avó estava me enchendo para vir como você estava- ele diz se sentando em minha cama.

–Pronto, já viu que eu estou bem, pode ir embora- digo o encarando.

–Fui praticamente seu médico Emma, não devia me tratar dessa maneira- ele literalmente deita em minha cama.

–Você tem cara daqueles meninos que estão no último ano da escola Apolo- digo me olhando no espelho e arrumando meu cabelo.

–Deveria levar isso como um elogio?- ele pergunta.

–Não sei, normalmente meninos dessa idade são intrometidos e babacas- digo, vejo pelo espelho que ele se senta na cama e me encara, sorrio cínica.

–Você é mais interessante de boca fechada-ele diz.

–Quer dizer que me acha interessante?- pergunto começando a fazer minha maquiagem.

–Eu não disse isso- escuto ele dizer- mas não é uma mentira.

–Uma pena que eu não acho o mesmo, você é bonitinho- digo.

–Espera, bonitinho?- ele pergunta, o olho pelo espelho e vejo o mesmo me encarando.

–O que foi? São apenas gostos- digo me virando de frente para ele.

–E oque são seus gostos?- ele pergunta.

–Não sei, talvez um moreno de olhos escuros, musculoso sabe?- pergunto sorrindo- eles devem ser quentes- ele me encara, parecendo confuso? - a já sei-digo- nunca te deram um fora não é?.

–Não- ele responde, dou risada.

–Ainda bem, eu não gosto de ser como as outras pessoas-termino de passar meu gloss- agora se não se importa, eu vou encontrar meus irmãos- digo me levantando passando por ele, que segura meu braço.

        Sinto novamente aquele choque de mais cedo, encaro seu rosto.

–Eu vim ver como está, não te disseram que ninguém nunca levou uma mordida dessa?- pergunta e me senta na cama, segurando o braço da mordida, ele passa sua mão por cima, murmurando algumas palavras em grego e uma luz saindo de sua mão, esquentando levemente minha pele.

–Por que esquenta?-pergunto curiosa.

–Acho que não tem como explicar, com o tempo você aprende a dominar seus poderes- ele diz e para de fazer oque estava fazendo no meu braço, abrindo a palma da sua mão e fazendo um pequeno pote aparcer ali- abra a boca- epe manda e eu abro minha boca, ele despeja o tipo de líquido que tinha ali dentro, isso também tinha gosto de Cookies!- do sente gosto?- ele pergunta.

–Cookies- respondo terminado de engolir, vejo o mesmo dar uma pequena risada.

–São realmente muito gostosos- ele diz- mas acho que tem coisas muito mais gostosas do que bolachas- o encaro indignada e me levanto.

–Primeiro: bolacha é uma coisa e cookies são outra- aponto- segundo: eu adoro aquilo, já sinto falta nesses dois dias que estou aqui- bufo, o encaro novamente, uma pergunta meio doida vem em minha cabeça- vem cá, tem certeza que você tem alguns milhares de anos?.

–Um dia vai ter também Emma- ele diz, dou de ombros.

–Tudo bem, obrigada meu médico- digo me curvando exageraramente- então serei eternamente grata a você- o encaro, não aguento e dou risada- mas falando sério- paro de rir- obrigada pela ajuda.

–Ao seu dispor madame- ele diz fazendo graça, me fazendo sorrir e ele logo some dali.

Autora.

–Então, como ela está?- Deméter pergunta assim que Apolo chega ao olimpo.

–Bem, como eu disse que estaria- responde se sentando em seu trono, ficando pensativo.

–Aconteceu algo a mais?- Ártemis pergunta ao irmão, que nega com a cabeça, mas Afrodite sorri.

–Está pensando no primeiro não que levou de uma garota- ela diz, fazendo o mesmo a encarar.

–Eu peço para você ir ver como ela está e você " dá em cima dela?"- Deméter pergunta fazendo aspas com os dedos.

–Não foi bem assim-ele se defende.

–Eu precisava ver isso- Ares diz rindo- diz aí, foi um não ou teve a explicação?- pergunta tirando com a cara dele, que revira os olhos.

"Uma pena que você não faz meu tipo, até que é bonitinho"- ele imita-" prefiro morenos de olhos escuros"- termina por fim, fazendo Ártemis soltar uma risada o encarando- ela disse que eu sou "bonitinho".

–Pelo menos não te chamou de feio- Ares diz, recebendo um olhar feio do mesmo.

–Ainda bem, você é um traste Apolo, não serve para minha neta- Deméter diz.

–Não diga isso, ele apenas é o  Apolo- Ártemis diz encarando o irmão.

–Olha Ártemis, eu vou fingir que não entendi isso- ele a responde, fazendo que a mesma solte uma risada.

–Ao mesmo tempo que a garota se parece tanto com Hades em sua personalidade, ela parece muito com Perséfone também- Poseidon diz.

–Quando vocês me colocaram para ir ve-la todos os dias- Hermes começa- uma vez sem querer ela matou um passarinho- da risada- ela ficou dias triste e se culpando, mesmo sendo sem querer.

–Temos que tomar cuidado com ela, vocês sabem oque está começando a acontecer- Atena adverte eles, Zeus coça a garganta.

–Não devemos pensar nisso, talvez seja apenas coincidência- ele diz, mesmo sabendo que logo mais coisas viriam.

Emma.Onde histórias criam vida. Descubra agora