Capítulo 15

9.1K 784 159
                                    

Emma.

        Eu vim para o castelo de meu pai treinar, olha, eu já estava muito cansada, ele não pegava leve comigo. Eu já estava cansada, não aguentava mais.

–Pai, por favor, eu não aguento mais- digo respirando pesadamente.

–Sabe que estou fazendo porque me preocupo com você não é?- pergunta.

–Eu sei, mas poxa, faz duas horas que estamos treinando, você até arranhou meu rosto- digo apontando para o arranhado na minha bochecha.

–Tudo bem, já está bom por hoje- ele diz, me fazendo respirar aliviada, ele se aproxima e coloca a mão em meu rosto- desculpe por isso, não queria te machucar.

–Tudo bem, eu sei que não- dou um sorriso a ele.

–Pode parecer que não,mas você e seus irmãos são as unicas coisas de valor que eu tenho- ele faz um carinho em meu rosto e some dali, me fazendo sorrir e voltar para meu chalé.

       Eu estava muito suada, separo uma roupa e tomo meu banho. Depois que termino, me sento em minha cama, mexendo em minhas coisas, oque eu acho faz eu sentir um aperto no peito. Era uma foto minha com  Vanessa.

      Vanessa era minha amiga no orfanato, para falar a verdade, começamos a nos aproximar quando ela acreditouem mim quando dizia sobre as coisas que via, com ela alegando que via também. Certa vez, depois que fugimos, fomos comer algo fora, eu fui fazer nosso pedido, mas quando voltei ela não estava mais lá. Na hora eu fiquei desesperada, preocurei ela em tudos os lugares que eu conseguia, mas nunca a encontrei.

        Pensar nela me deixa triste, só me dou conta disso quando uma lágrima cai na fotográfia.

–Por que está chorando?- escuto me perguntaram, levanto a cabeça e vejo Apolo, viro a foto para ele.

–Era minha amiga- digo limpando uma lágrima- acho que imagina oque aconteceu- fungo.

–Não devia chorar- ele diz segurando em meu rosto, o encaro com os olhos cheios de lágrimas- seu pai é o deus dos mortos, pode tentar acha-la, se caso tenha acontecido algo com ela.

–Eu não tinha pensado nisso- digo fungando.

–Seu pai pegou pesado com você- ele diz passando a mão sobre o machucado em meu rosto, sinto seus dedos quentes encostrem nele, sinto uma leve ardencia, mas depois o arranhão não estava mais ali.

–Obrigada- digo a ele.

–Eu achei algo que possa te animar- ele diz, fazendo alguns movimentos com as mãos, sorrio com que aparece nas mesmas.

–Comprou Cookies para mim?- pergunto pagando das mãos do mesmo.

–É, eu os vi e lembrei de você- ele diz simples, abro o pacote e coloco um inteiro na boca, suspirando de satisfação e fazendo ele rir.

–Obrigada, isso é maravilhoso- digo de boca cheia, não aguento e dou risada, fazendo ele me encarar sorrindo.

    Antes que alguém fale mais algo, a porta do chalé é aberta, mostrando Nico junto com seus amigos, todos nos encaram, com feições confusas ou surpresas?.

–Hã, quando você chegou?- Nico pergunta.

–A alguns minutos- digo engolindo oque mastigava.

–Atrapalhamos alguma coisa?- Piper pergunta, nego com cabeça.

–Não, apenas ganhei alguns Cookies- respondo mostrando a embalagem a eles.

–Acreditam que eu recebi apenas um obrigada?- Apolo diz, o encaro.

–E você queria oquê? Um beijo e um abraço?- pergunto e ele sorri sacana.

–Quer mesmo que eu te responda?-pergunta me encarando, abro minha boca indignada.

–Vai embora Apolo!- exclamo dando um tapa em seu braço, ele ri e me manda um beijo fazendo graça, logo sumindo dali.

—Você está ficando com Apolo?- Hazel pergunta se sentando em minha frente, me fazendo engasgar com um cookie que estava na boca.

–O quê? Não!- digo a ela, me recuperando- de onde tirou isso?.

–Não sei, talvez por a gente entrar aqui e vocês estarem sozinhos com ele te encarando sorrindo!?- ela  pergunta, bufo.

–Nada haver- digo a ela- estão viajando.

–Aham, claro que estamos- Piper diz me encarando, bufo.

–Da para vocês pararem? Eu.....- Não consigo terminar minha fala, literalmente um bando de garotas entra no chalé, me fazendo assustar.

–Agora você não nos escapa- uma delas diz, aponto para mim.

–Quem? Eu?-pergunto confusa.

–Sim, você-outra diz, todas literalmente me puxam para fora, arregalo meus olhos e encaro Nico e Hazel, que apenas davam risada.

        Elas mes puxam para dentro de um chalé, eu nem consegui ver de qual deus era o chalé.

–Olha, quem são você?-pergunto confusa, com ela me sentando em uma cama e me encarando, isso era estranho.

–Own, ela é tão bonita- uma diz, apertando minha bochecha- finalmente nos deram uma sobrinha.

–Eu não sou sobrinha de ninguém- digo tirando suas mãos das minhas bochechas.

–Claro que é, sua mãe é nossa irmã- outra diz se sentando ao meu lado- somos filhas de Deméter, nunca pensou nisso?- pergunta.

–Na verdade não- respondo.

–Uma pena- outra diz- agora vamos ter uma tarde de garotas para nos conhecermos- ela termina animada, se juntando as outras.

      Eu não sei quantas horas eu passei ali com elas, literalmente fizeram de tudo comigo, me maquiaram, fizeram penteados e ainda trocaram minha roupa, eu estava parecendo uma boneca!. Eu só faltei agradecer quando recebi o recado de Quíron que Deméter queria falar comigo, que eu devia ir ao Olímpo. Sem pensar duas vezes eu saí dali, indo ao Olimpo e vendo todos, respiro aliviada.

–Por que está vestida desta maneira?- escuto Apolo perguntar, parece que alguém já decorou meu estilo de roupa.

–Por que?- repito e encara Deméter- oque suas filhas tem na cabeça?- pergunto tirando presilhas do meu cabelo- ninguém nunca deu uma sobrinha a elas não? Só faltavam me guardar em uma caixa de boneca!- reclamo, ela apenas ri- do que está rindo!?- a encaro, soltando meu cabelo denovo e colocando meu moletom por cima daquela roupa- olha o tamanho desse short, meu moletom cobre ele inteiro!- reclamo.

–Emma, se acalme- ela diz, repiro fundo.

–Se elas tentarem fazer isso comigo novamente, você vai ficar sem filhas!- ameaço, ela sorri.

–Tudo bem, eu vou conversar com elas-ela diz calma- mas agora eu quero conversar com você- ela faz um movimento com as mãos e logo estamos no meio de um jardim.

–Que lugar é esse?- pergunto confusa.

–O jardim do meu templo- ela responde sorrindo, eu ia perguntar, mas ela me interrompe- um templo é onde as pessoas vem rezar para mim, apenas visitar ou fazerem oferendas- explica, encaro uma estatua ali.

–Aquela era para ser você?- pergunto.

–Eu sei, não se parece nem um pouco- ela responde, se sentando na grama- venha, sente-se, vamos conversar- me sento ao lado dela- gosta de flores?- pergunta.

–Sim, eu sempre fugia para o jardim do orfanato, eu tinha que ir escondida já que o mesmo tinha a entrada proibida- ela sorri, dando cida novamente a uma flor que parecia estar morrendo.

Emma.Onde histórias criam vida. Descubra agora