02

7.1K 346 239
                                    

Tainá, tai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tainá, tai

—————☺︎︎—————

É incrível como o Flávio vira outra pessoa perto dos amigos! Comigo é só amor, dai do nada vira um babaca.

Não sou mulher pra aturar macho bipolar. Nem to, revoltei.

Eu tenho alguns problemas psicológicos, nada muito assustador, mas preocupante ou não.

—Eu vou lá fora.—Falo no ouvido do Flávio.

—Ih por que?—Pergunta me olhando.

Ele já tava com os olhos pequenos de tanto fumar. Engraçado que só o Pedro, aparentemente, não fuma.

—Eu tenho a imunidade de uma velha com pré disposição a câncer, to quase sufocando aqui.—Me levanto.

—Ah vai logo, chatona.—Reviro os olhos.

Abro a porta de vidro e saio dali. Meu Deus eu odeio ficar respirando fumaça, isso dá doença, não quero morrer antes do trinta, se eu quisesse tomaria uma lata de montes por dia.

Meu Deus eu critico, absolutamente, tudo.

Sou dodói.

Acho que dodói mesmo são esses políticos corruptos... Não vamos entrar no assunto. Ninguém merece.

Mas enfim.

Acho que vou terminar com o Orochi, ele é legal e tals, mas tem muita mina se jogando pra ele, ai não dá pra competir.

Ou dá... que se foda!

O foda de querer terminar agora é que a gente ta uns quatro anos juntos. Sim, vadia, eu tinha treze e ele dezoito, qual o problema?

Todos na verdade, mazemfim.

Pra falar a verdade minha vida é incrível. Eu namoro, to fazendo faculdade, meus pais se divorciaram, meu pai se assumiu gay e meus irmãos são uns preconceituosos do caralho, talvez nem tudo é tão incrível assim.

Mas falando do meu pai, por que a gente é migus agora e eu falo da minha vida pra vocês. Ele mora em Londres com o namorado, pensa em gato eu hein. Porém meu pai nunca cuidou de mim ou dos meus irmãos, então eu fingi por muitos anos que ele não existia.

—Esqueceu do teu pretinho?—Ouço a voz do Flávio.

Me viro meio assustada.

—Pra que aparecer do nada?—Ele ri.

Ele segura minha cintura. Muleque baixinho, eu hein.

—Tava com saudade de você, branca.—Fala todo fofinho.

Deposito minhas mãos cada lado do seu rosto. Como que eu vou terminar com essa gracinha?

—Tava pensando.—Falo e dou um beijinho na sua boca.

—Por isso que ta fedendo.—Reviro os olhos e ele ri.

—Babaca.—Dou um soco no seu braço.

Ele se afasta um pouco.

—Tai... Eu quero te pedir um bagulho, mas eu não sei como.—Engulo seco.

Só que me falta.

—Fala uai.—Rio fraco.

Ele suspira, parecia nervoso. É raro vê-lo nervoso, pois normalmente ele fala o que pensa e fodase.

—Quer ir morar comigo.—Seguro a risada.

Derek, meo deos, e agora?

Ai qual o meu problema? Isso é muita coisa pra mim.

—Eu acho que seria melhor eu pensar um pouco.—Falo nervosa.

Dá de ombros.

—Bora, vai começa o jogo.—Sorrio pra dia animação.

Acho que ele ama mais o flamengo do que eu. Na verdade, eu tenho certeza.

Vou quebrar a clavícula pra receber atenção, se bem que ru já rompi um ligamento dançando.

Dançar não vem ao caso agora, deixa isso pra outro capítulo pessual.

Tchau.

Quando Nos Vênus Juro A MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora