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Entro em casa morta de cansada. Primeiro que eu tive prova de física e segundo que eu to em abstinência de sexo, o que não tem nada haver com nada.

Segue a fita.

—Tai, o Pedro deixou isso.—Fala Juliana minha irmã.

Vejo em cima da mesa uma caixa grande. Vou em direção e os abutres se aproximam.

Largo minha apostila de lado. Desfaço o laço e abro a caixa com cuidado. Vejo um tecido brilhante, tiro dali com cuidado.

Era um vestido brilhoso, coisa mais linda. Sorrio admirada com a beleza daquela peça.

—Ele ta tão na sua.—Fala Henrico.

—Tira o olho gordo, seus nojento.—Mostro a língua.

—E o Flávio?—Pergunta Eric.

—Aquele já foi, a fila dela anda.—Fala Heitor.

—Queria que a minha fosse tão rápido assim.—Ju faz biquinho.

Ignoro eles e vejo uma cartinha no fundo da caixa. Pego e desdobro.

"Bom, eu sei que brigamos, mas a minha vida é péssima sem te ver. Sabe aquele lugar que eu disse que dá para tocar o céu? Então, vai lá pra eu ver um bagulho."

Rio fraco. Meu Deus que letra feia, isso aqui é tipo decifrar o código Da Vinci.

—Não vou estar em casa até amanhã, não sintam minha falta.—Sorrio subindo as escadas.

Eu mr animei tanto, olha o esforço que ele teve cara! Eu to boiolinha, adimito!

{...}

O elevador para no último andar e se abre. Estava tão lindo ali. Uma mesa redonda com alguma comida em cima, pétalas de rosa no chão e na JBL tocava Only Angel do Harry Styles em uma altura bem agradável.

Estava me sentindo única e finalmente completa por alguém que amo.

Ele me olha dos pesr a cabeça com um belo sorriso. Ele estava lindo de roupa social, parecia até perfume importado.

—Você ta incrível.—Fala ele com seus belso olhos brilhando como estrelas.

Meu Deus do céu, tirei o dia pra poeta.

—Ta parecendo até empresário.—Falo rindo fraco.

Ele ri fazendo aquela cara de deboche que eu to boiolaaaaaa.

—Senta.—Fala puxando a cadeia que nem um cavalheiro.

—Não puxa ta? Eu não quero estragar o vestido.—Falo me sentando.

Ouço sua risada baixa. Se senta na cadeira a minha frente. Tira o bagulho de cima da comida,  abro mó sorrisão vendo que era lasanha.

—Hoje eu não saio no prejuízo.—Brinca ele.

Rio pegando um pedaço da comida. Ele me olhava de um jeito tão bonito, parecia me decifrar.

Pedro fazia eu me sentir única, como se me tocasse sem usar as mãos. Ele não precisa dizer que me ama, pois eu sinto que seus olhos dizem isso.

Ele abre uma garrafa de champagne me assustando. Serve as duas taças.

—Romântico, safado...—Cantarolo.

—Fez o dever.—Toma um pouco do champagne.—Mas não viu nada ainda.—Dá um sorriso maroto, sempre quis dizer isso.

Me segura cleytinho eu quero levar uma surra de piro- orações.

Do nada começa a estourar fogos de artifício, levo um susto. Vejo as faiscas douradas estamparem o céu.

Me levanto indo para perto do muro. Era lindo, meus olhos estavam cheios de lágrimas.

Me viro para olha-lo. Ele estava parado com uma caixinha com um par de alianças grossas pratas.

—Namora eu ai, nunca te pedi nada.—Rio dele.

—Claro que sim!—Me jogo nele o beijando.

Gente, eu preciso de tratamento.

Mazenfim, trocamos as alianças e fomos comer. Eu não parava de olha-la, era linda, pois na parte interna havia gravado o nome Pedro e na aliança dele havia escrito Luciana, não entendi- brincadeira, eu sei que vocês caíram nas minhas peripécias.

Sabe o que a gente vai fazer?

Ploc Ploc, tchau.

Não vou descrever minha foda, isso é estranho.

Quando Nos Vênus Juro A MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora