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Do nada me vem um enjôo, me levanto rapidamente que minha labirintite atacou, vou correndo para o banheiro e vomito tudo que comi ontem.

—Porra.—Murmuro para mim mesma.

Me sento encostada na parede, abraço meus joelhos.

Qual a chance de eu ter esquecido de tomar meu Anticoncepcional? Eu sou muito troxa, como eu não percebi que me menstruação ta atrasada?

Merda, velho eu não tenho capacidade nem de cuidar de mim mesma imagina de uma criança! Fudeu.

Respira fundo Tata, não adianta eu pensar nisso agora. Não tem como não pensar na possibilidade de eu estar grávida!

Começo a chorar feito uma criança que se perdeu da mãe no supermercado. Isso já aconteceu comigo, me deixa. Para de me julgar sua puta.

Pedro abre a porta do banheiro, me olha e vem até mim, me abraça e se senta do meu lado.

Por que caralhos ele ta aqui?

Porra vei, ele nunca que vai querer um filho agora, ele só tem 19 anos,vai perder a vida toda pra cuidar de uma criança.

Me acalmo finalmente, ele me puxa pra olha-lo.

—Qual foi?—Limpa meu rosto.

—Tudo indica que eu to grávida.—Fslo baixinho.

Tem uma alta possibilidade do filho ser do Pedro, pois foi a última vez que transei.

Ele engole seco, parecia nervoso.

—Tem chance de eu ser o pai?—Pergunta baixo.

—Pode ser que sim, não sei!—Meus olhos se enchem de água novamente.

A incerteza disso me deixava nervosa e tudo que eu queria era aliviar chorando, como eu sempre fiz.

—Me perdoa por gritar com você ontem, eu tava com muita coisa na cabeça.—Fala tenso.

—Tudo bem.—Respiro fundo.—Acho que as vezes preciso que alguém grite comigo.

—Não. Tai, você não pode aceitar que as pessoas gritem com você. Não precisa que ninguém grite com você. Não fez nada errado, mesmo que fizesse, nenhum homem tem direito de gritar com você.

—Pedro...—Seu rosto estava perto do meu.

—Foi burrice minha e tenho que me desculpar. Você me deixa de um jeito que eu não entendo e não sei como me adptar.

—Eu te deixo nervosa.—Penso alto.

—Muito.—De alguma forma ele cola nossos corpos.—Desde que você e o orochi namoravam.

—Muita coisa mudou desde lá.—Eu estava ofegante já.

—Mas o que eu sinto por você nunca mudou.—Meu coração erra as batidas quando vejo seus lábios se aproximarem do meus e seu olhar desviar pra lá.

—Pedro...—O chamo, praticamente sem fôlego.—Você ainda ta com a Vitória?—Seu corpo congela, volta a olhar nos meus olhos.

—Eu não falei com você hoje mais cedo.—Falou sem olhar pra mim, porém sabia que eu ouvia.—Foi errado o que eu te disse no nosso término, sinto muito.—Respirou fundo.—Eu só pensei em mim e fui estupidamente grosso...

—Pedro.—Me olha.—Tá tudo bem. Já passou. Ficou no passado. Eu superei e segui minha vida, com ou sem você.—Senti que o impactou.—Vamos ficar mais dois dias de baixo do mesmo teto, acho que relembrar isso toda hora vai só nos fazer mal.—Assentiu devagar

Ficamos ali olhando para o nada. Eu não sei o que sinto por ele na real, acho que é um pouco de raiva por nunca mais ter ido atrás. Nem eu fui atrás, o que eu eu quero falar.

—Podemos recomeçar, o que acha?—Pergunta se aproximando novamente.

—Claro.—O olho.—Se me garantir que não há nada entre você e a Derrota.

—Mas não há a meses!

—Por que ela veio?

—Intrometida.—Rio fraco.

Nos olhamos novamente, com mais intensidade.

—Por muito tempo eu achei que tinha sido só um capítulo na sua vida.—Fala dando um riso fraco.

Seguro seu rosto.

—Você é meu livro inteiro.—Colo nossos lábios em um beijo lento e saboroso.

Seu beijo tem gosto de lembranças lindas do que fomos e ainda podemos ser!

Quando Nos Vênus Juro A MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora