08

3.5K 233 24
                                    

Estamos nos preparando para entrar no palco. Nós eramos as próximas. Precisamos ser impecáveis para ter nota acima de 9,4 e ir para Los Angeles no inverno.

Nos posicionamos no palco. Olho para a platéia e vejo Pedrola, um pouco mais longe estava Flávio se sentando.

Ai to passando mal.

Respiro fundo e faço um movimento com a cabeça para que toquem a música Fefe do 6ix9ine feat. Nick Minaj, em um remix cheio de batidas estrondosas.

Olha eu briando.

{...}

Paramos na posição final e recebemos aplausos de pé.  Eu estava orgulhosa de mim mesma e das meninas que havia conseguido.

Abraço as meninas de lado de vamos para perto da beira do quadro.

—As notas do jurados são...—Fala o apresentador fazendo suspense.—9,6!

Começamos a gritar e nos abraçar. É outro nível agora. Me recomponho enquanto elas gritavam como galinhas loucas.

Pego o troféu e sorrio para Pk, seus olhos brilhavam, acho que ele estava orgulhoso de mim.

Saímos do palco e fomos para o hall de entrada do teatro. Vejo Pedro de longe e por algum motivo a Vitória vai abraçar ele.

Reviro os olhos e procuro alguém da minha família, mas como esperado nenhum deles vieram.

—Você tava incrível.—Ouço a voz rouca do Flávio.

Me viro com o coração acelerado. Ele estava ali, daquele jeito malandro que sabe que me derrete.

—Obrigado.—Sorrio fraco.

Eu não to preparada pra vê-lo depois daquilo.

—Disso você se lembrou pelo menos.—Rio fraco.

Me bolha com tédio colocando seu óculos de sol na cara.

—Quer ir jantar em algum lugar?—Pergunto.

Olho pra trás do Flá e vejo Pedro se pegando com aquela mocréia da derrota, seguro o vomito. Sorrio para ele e assinto.

—Um rodizio.—Sugiro.

Ele assente e passa um braço na minha cintura.

O que há de errado em ir comemorar a minha vitória com meu ex. Ela não se decide ela, bora suicídio coletivo.

Não, beba água, cura depressão.

Entramos em seu carro. Coloco o troféu no banco de trás, aviso as meninas do grupo que fui lanchar duas vezes...esquece.

Olho para Flávio, ele estava diferente. Algum aspecto nele mudou.

—Sabe que é inevitável a gente se pegar hoje né?—Falo colocando o cinto.

—Eu sei...—Coça a nuca.—Tenho que te falar um bagulho.

—Fala ué.—Tira o óculos de sol.

Por que ele ta de óculos a noite? Wtf

—Esses quatro dias que fiquei sem você, foi como tirar um pedaço do meu coração. Isso é mó bagulho doido por que eu to só dando valor agora que te perdi.—Rio fraco.

—Flávio...—Suspiro.—É complicado, eu já to em outra. Não quero te magoar, mas não posso te iludir

Ele abaixa a cabeça e ri fraco.

—Eu tava esperando por isso.—Me olha.—Podemos pelo menos ser amigos?—Pega minha mão.

Assinto sorrindo. Dou um selinho nele por que aqui o bagulho é doido. Ele ri negando com a cabeça

—É doida, eu hein.

—Meu charme.—Jogo cabelo.

Quando Nos Vênus Juro A MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora