Quando Nos Vênus Juro A Marte

13

Eu sou mui cadelinha né? Só falta latir.

Sei lá. O que eu sinto por ele é diferente até do que eu sentia pelo Flávio e se tornou tão forte depois daquela noite que passamos juntos.

Nós temos uma conexão muito forte e isso me assusta, por que eu conheço o tipo de cara que é o Pedro.

Ele gosta de pegar e não se apegar, sabe? Mas eu sou sentimental.

Me bate, eu deixo. Sabe por que? To em Florianópolis dentro de um Uber em direção do hotel aonde ele ta hospedado.

Não sei o que esperar do Orochi estar lá. Me afastei dele pra não me estressar, o melhor que eu posso fazer.

Mas mesmo que futuramente eu e o Pedro fossemos namorar ele não pode acabar uma amizade assim. Ou pode? Que se foda, to indo atrás da minha felicidade.

OK, talvez eu não devesse estar aqui. Mas não posso fazer mais nada, acabei de chegar no hotel e to descarregando minha mala, já paguei até o motorista.

Eu sinto que estou sufocando ele, quem sabe ele não tem uma garota aqui. Ai como eu sou burra!

Entro no prédio do hotel chique e vejo o Pedro na recepção com alguns fãs e seus dois seguranças. Engulo seco e fico esperando as pessoas saírem dali.

Pedro me olha e sorri, retribuo e vou até ele.

—Achei que ia vir de noite.—Beija minha bochecha.

—Adiantei o vôo.—Abaixo o olhar.—Eu preciso falar sério com você.—Falo séria.

Ele junta as sombrancelhas.

—Claro, o show é só de noite.—Faz um sinal e um de seus seguranças pega minha mala.

Subimos as escadas e fomos até o quarto enumerado por 15. Era grande por dentro, chique de lindo. Deixo minha mala de lado e fecho a porta.

Ele se senta na cama e eu fico em pé na sua frente. Meu Deus ele fica quase da minha altura sentado.

—O que queria falar?—Pergunta ansioso.

—Olha, eu não sei como se sente comigo aqui, eu pensei em desistir de vir umas mil vezes pensando que você se sente obrigado.—Junta as sombrancelhas.—Eu sinto que estou te sufocando. Então se você não se sente bem.comigo aqui, por favor me fala.—Falo quase em desespero.

—Calma.—Ri fraco segurando minahs mãos.—Eu gosto muito estar com você. É que eu não sei o que sinto por você e tenho medo de fazer merda.—Assinto.

—A gente pode viver esses cinco dias como se fosse para nos conhecer, ai a gente colta pro Rio e vê o que rola.—Assente.

—De deidinho.—Levanta o seu dedo menor, faço o mesmo.

Apertamos nossos dedos.

—Di didinho.—Ele sorri.

Segura minha cintura e me puxa me deitando em cima dele. Enxe meu rosto de beijo e beija minha boca.

Gente, meu Deus.

Eu acho que to boiolinha.