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Tainá

Para, eu sei que você ta me julgando ai, mas eu tava carente e precisava de uma boa companhia aqui.

Que se foda, não to nem ai se você vai me julgar.

Menina, esse garoto deve ter um pauzão. MANO DO CÉU DEVE SER UMA TROMBA.

Cabo.

Ele é uma pessoa fofa e eu não mereço, ou mereço? Talvez.

Mazemfim.

Acabei de chegar na academia de dança, por que eu faltei três fucking dias. Aiai qual a cor do pano?

To triste por que as aulas vão começar semana que vem, que vontade de me jogar de um pé de alface.

—Por que você ta aqui?—Pergunto ao ver Vitória.

—Eu sou a abelha rainha, você nem zangão é.—Rio dela.

—Oioi vamos parar de passar vergonha. Some da minha frente se não vou te jogar na frente de um ônibus.—Faço referência ao nosso filme "Meninas malvadas".

Nosso filme pelo simples fato da gente ser as poderosas. Claramente eu sou a Regina, mas a fofa ali não aceita se ater aos fatos.

—Sabe muito bem que eu brilho muito mais que você.

—Ok, a gente não tá em um filme americano clichê.—Fala Barb.—Que tal escondermos esse nosso desentendimento por de baixo dos panos e voltamos a nossa amizade.

Sorrio olhando para a morena.

—Pra mim ta ótimo!—Olho para a paquita do capeta.—E para você?

—Se pra você ta ótimo, pra mim ta incrível!—Sorrio.

Passo por ela jogando o cabelo.

Precisamos ensaiar, amanhã é a nossa apresentação que vai definir se vamos nos apresentar em Los Angeles no inverno. To animada.

Quero muito que Pedro vá me ver, mas eu to com medo de passar vergonha ou de as pessoas acharem que eu já to me jogando pra outro.

Na verdade eu to. Mas tudo bem, por que somos amigos... EU QUERO DAR PRO MEU AMIGO.

Vou falar com ele né, vai que ele topa... E SE ELE NÃO QUISER?

Amas eu vou ligar pra ele agora.

Ordeno as meninas a se alongarem, recebo uma revirada de olhos da derrota. Pego meu celular e ligo para o oxigenado.

—Oi Pedrola!—Falo assim que ele atende.


—Fala tu indiazinha.—Reviro os olhos sorrindo.

Eu amo esse apelido.

—Amanhã eu tenho uma apresentação de dança, quer ir?—Pergunto ansiosa pela resposta.

—Claro! Passa a localização.—Comemoro internamente.

—Valeu!—Desligo.

Sorrio animada e faço uma dancinha estranha. Vejo que as meninas estão me olhando.

—Ta tudo bem?—Pergunta Carla.

—Ta tudo ótimo.—Sorrio.

—Teu namorado te pediu em casamento?—Pergunta Barb.

Broxei depois dessa. Mentira. Eu superei. Aqui é que nem trem, passa um estação e vai logo pra outra.

Tendi não, mas vamos lá.

—Filha, a mãe ta on e já partindo pra outra.—Balanço os ombros.

Elas riem me olhando estranho.

—Bora treina que amanhã a gente tem que vencer.—Elas concordam.

Se não concordar eu meto um socão.

Quando Nos Vênus Juro A MarteOnde histórias criam vida. Descubra agora