Capítulo 13

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eu falei antes que não ia ter atraso de postagem, mas entt...eu apaguei tudo que já tava pronto do final da fic. pra escrever um mais coerente com a historia

entt desculpa essa demora

boa leitura!



(...)

Eu estava aqui me lembrando daqueles filmes de ação, onde os protagonistas são dois amigos que saem por aí pra fazer alguma loucura. Parceiros de crime. Mesmo não tendo nenhum crime envolvido no momento, posso dizer que a sensação é a mesma como se tivesse. Eu estava animado, com o coração muito acelerado, e se eu ficasse alguns segundos parado, parecia que eu conseguiria sentir o sangue percorrendo por todas as minhas veias. Essa sensação parecia algum tipo de droga, era viciante.

Noah ouviu minha idéia e nem fez perguntas, apenas tinha me guiado de volta ao carro, e agora, nós dois estávamos a toda velocidade em uma rodovia. Realmente aquele jeep sabe correr quando necessário. Depois daquela lembrança enquanto eu encarava o antigo carro da minha mãe no ferro velho, a ideia de simplesmente sairmos da cidade andando de carro me pareceu muito boa. E como eu não conhecia nenhuma cidade ou vilarejo pelas redondezas de Arcadia Bay, Noah disse que me guiaria para todos os lugares que ele amava ir.

Era nesses momentos que minha mente acaba se distraindo de tudo, e eu só conseguia admirá-lo mais uma vez. Talvez até invejá-lo pelo estilo de vida tão tranquilo, que o permitia simplesmente sair andando por aí sem rumo e sem hora de retorno, com um garoto que ele já considerava um amigo.

- Daqui a uns 30 minutos a gente chega em uma cidade, que foi onde eu comprei meu violão. Acho que você viu ele lá no meu quarto - Noah dizia ainda concentrado na estrada. Meus olhos acabaram se perdendo enquanto encarava a imagem do seu rosto de perfil. "Como é possível não ter algum ângulo ruim" - Josh? - ele me chamou tirando os olhos da estrada rapidamente para me encarar.

- Sim, eu vi seu violão - respondi logo desviando meu olhar, mas pela visão periférica, pude ver o mesmo sorrindo enquanto voltava sua atenção para a rodovia.

- Aquele violão foi a primeira coisa que comprei quando voltei pra cá. E eu sou apaixonado pelo estilo daquela loja, então eu tenho certeza que você vai gostar - ele afirmou. Eu comentei antes que estava feliz com essa loucura repentina, mas acho que isso começava a parecer pouco, perto da sensação de conforto que era estar no mesmo carro com ele - Abre o porta luvas aí! - ele pediu e eu abri o compartimento que estava na frente dos meus joelhos, já que eu estava no banco do passageiro. Nem esperei ele falar mais alguma coisa, meus instintos foram bem mais rápidos. Assim que abri o pequeno compartimento, vi uma câmera de cor prateada e rapidamente a peguei.

- Nossa... - eu amo tanto a fotografia, que ver câmeras novas pra mim, era como estar vendo uma barra de ouro ou uma sacola cheia de diamantes. Eu sempre fiquei encantado - Essa câmera deve ter te custado uma fortuna.

Talvez eu estivesse impressionado demais com a magnitude daquele simples aparelho. Mas mesmo sendo simples, sua história é muito extensa. A Leica M3 foi uma câmera muito famosa nos anos 50, passando pelas mãos de inúmeros fotógrafos renomados dessa época, e exatamente por essa propaganda toda, que antigamente seu valor era apenas para pessoas com uma classe social alta, já que a câmera custava 1.500 dólares. Hoje em dia eu nem posso imaginar quanto essa relíquia custaria.

- Não foi cara - Noah disse e sua risada logo se fez presente no carro. Talvez a minha cara de incredulidade tenha ficado evidente demais - É sério! Eu peguei ela com uma senhora que estava doando às coisas antigas do falecido marido. Ela disse que a câmera combinava comigo - ele riu.

Best Part of Me - NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora