"what if I run away?"

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Josh tem andado nervoso. Toda essa situação sobre o casamento tem o feito andar de cabelos em pé. Savannah também está tentando fazer com que não aconteça, mas se não for com ela, será com outra.

— Ei! Calma! A Savannah vai conseguir convencer eles. — Falo para ele que andava de um lado para o outro no meu quarto. — Vem cá! — Chamo ele que me obedece e senta de frente para mim.

Me aproximo, o beijando. Desde que tudo aconteceu, não nos desgrudamos e todas as noites ele tem fugido para o meu quarto. É claro que eu estou indo com calma com ele e não avançamos nenhuma etapa.

Durante o beijo, ele sobe com as mãos para a minha nuca e brinca com o meu cabelo. Aperto a cintura dele porque isso é bom. O ar faz falta e nossas bocas se afastam, mas ele começa a beijar o meu pescoço. Isso é ousado e bom! Minha mão desce para as pernas dele, mas eu afasto quando eu percebo. Entretanto, ele pega a minha mão e leva até às pernas dele novamente. 

Esse Josh é novo, mas eu não estou reclamando. Aperto a coxa dele e ele volta a me beijar, na boca, e sobe no meu colo. Certo! Isso tá indo rápido demais!

— Josh... — Me afasto levemente e ele parece desesperado para me beijar. — Isso está muito... — Beija o meu pescoço e eu suspiro. — Bom... Mas... — Recobro a consciência. — Você não está preparado para isso! É cedo!

— O que? — Pergunta olhando para a minha boca e eu vejo no olhar que ele quer isso. Ele me empurra me deitando e se ajeita no meu colo, voltando a me beijar.

Foda-se! Eu quero isso, ele também quer...

Ouvimos uma batida na porta e Josh parece despertar, saindo do meu colo e ajeitando as roupas. Me sento e percebo que estou excitado, ótimo! 

Coloco um travesseiro no meu colo. — Entra! — Falo para a pessoa atrás da porta. Era Savannah.

— Eu não devia vir aqui por ser um quarto de um garoto, mas eu precisava trazer respostas. — Começa a falar. — Nossa Vossa Alteza, você está escabelado! — Arregalo os olhos e ajeito o meu cabelo antes dela olhar para mim.

— O que ficou decidido? — Josh desvia o assunto.

— Consegui mais duas semanas para a gente pensar em outra desculpa. — Isso! Acho que bati palmas na realidade e não só no meu pensamento, já que os dois me olham, Josh sorrindo e Savannah desconfiada.

— Isso é bom para vocês, não é? — Pergunto inocente.

— Aí que está... É bom, mas uma hora eles não vão aceitar nossas desculpas mais. 

— Eu preciso pensar em algo... Será que eu fujo? — Josh pergunta baixinho.

— Eu apoio! — Savannah levanta a mão rindo. — Agora eu preciso ir. Tenham um bom dia! — Sai do quarto e eu suspiro aliviado.

— O que eu faço? — Pergunta para mim e eu dou de ombros. 

(...)

Estava voltando do jantar. É difícil olhar para toda a realeza e eles te verem como um intruso, o que eu na verdade sou, mas surpresa vadias, eu estou pegando o príncipe, então sou, tecnicamente, genro e cunhado de vocês.

Ando pelos corredores assobiando alguma música, quando sinto alguém me puxando. Sorrio porque já sei que é Josh. — Onde vamos? — Pergunto.

— Shh! — Coloca o dedo na frente da boca para eu fazer silêncio e me leva a algum lugar que eu ainda não conheço.

Chegamos no que parece ser uma sala diferente. — Sala de chá! — Esclarece.

— Ah... Por que um lugar diferente? Nós sempre vamos para o estábulo ou o meu quarto.

— Porque eu quero andar por outros lugares com você, como se isso não fosse errado… Aos olhares de outras pessoas! — Completa.

— Entendi, é tipo um fetiche! — Fica vermelho. — Ah, você ficou com vergonha? Porque hoje mais cedo você não pareceu envergonhado quando...

Ele coloca a mão na minha boca. — Usa essa boca não para falar, mas para me beijar. — Ele tem razão. Então retiro a mão dele da minha boca e o beijo.

As mãos dele sobem pelos meus braços e eu seguro na nuca dele. Ele ousa um pouco e morde o meu lábio. — Você está ficando experiente nisso! — Elogio e ele ri, voltando a me beijar.

As mãos dele descem pelas minhas costas e apertam a minha bunda. — Eu sempre quis fazer isso! — Confessa e eu rio.

— Desde que o alfaiate disse que era avantajada, né? — Concorda e eu beijo ele.

Eu amo beijar ele. Eu não consigo me imaginar não beijando ele mais. 

(...)

— E se eu desistir do trono amanhã, você foge comigo? — Pergunta. Estamos deitados no chão e eu estou deitado no peito dele, ouvindo os batimentos acelerados do mesmo.

— Eu vou para onde você for. — Falo, mas fico pensando na minha casa. Em 2020. — Mas e se eu tiver a solução para isso?

Ele olha para mim e para de fazer carinho no meu braço. — Como assim?

— Talvez... Eu ainda não testei, mas talvez, há uma maneira de eu voltar para o meu tempo. — O olhar dele muda, dessa vez para um triste. — Não! Eu quero que você vá comigo!

— E se não for possível? E se você for e eu ficar? — Pergunta baixinho.

— Eu dou um jeito de voltar para ficar com você! — Falo a verdade. Eu voltaria por ele.

— Mas aqui nós não podemos ser nós mesmos. — Olha para o teto e esse assunto me deixou chateado. — Eu vou falar com o rei amanhã, eu não quero isso e ele não pode me obrigar, não é?

— E o que fazemos então? 

— Eu não sei. — Volta a fazer carinho no meu braço. Eu só quero ficar com ele!

Connected (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora