George Siciliano poderia ser o meu algoz, mas ele foi a minha tabua de salvação naquela época.
Segundo ele eu era bonita de mais para a rua, gordinha demais para o salão, eu seria então a encomenda. Nada mais é quando um cliente tem exigências especiais para suas garotas, naquele momento eu aceitei o que veio, com o passar do tempo eu consegui um apartamento e ter dinheiro suficiente pra me bancar, e em compensação eu virei a galinha dos ovos de ouro daquele homem, ele era diferente dos demais gigolôs que eu já havia conhecido, o outro era um velho filho da puta que gastava tudo em jogos, bebidas e drogas. Ele não, além de bonito, tinha nome, e muito dinheiro. drogas rolava solto, aliciação, abusos, tudo isso por de trás da fachada de homem sério de negócios e compenetrado, eu soube que tinha me metido em um buraco sem fundo pouco depois de aceitar a oferta dele, mas naquele momento era tudo que eu precisava, o acordo era bom, 50% meu e 50% dele, os restante do pagamento era aguentar as torturas que ele tanto gostava, eu já tinha participado de sessões quando mais nova, já tinha passado por umas coisas pesadas, mas as coisa que o George gostava era pesado demais até para mim que já estava ali a muito tempo.
Não tínhamos códigos de segurança nem essas porras que um filme idiota mostra. Eu apenas agradecia por sair viva de cada sessão.
A pior sessão com ele foi dois meses antes que eu fugisse.
Se eu fecha-se os olhos me lembrariam com exatidão, enquanto eu estava amarada literalmente, pendurada, meus braços estavam completamente tomados por voltas e voltas de cordas, eles doíam pela pressão do sangue, de bruços, a ponta da corda vinha até meus cabelos e passava duas vezes em nó. Voltando pelas minhas costas e então chegava as minhas pernas que não estavam diferentes de meus braços, meus pés amarrados em conjunto me faziam ficar arqueada por completo, a corda tinha um gancho bem de centro entre minhas mãos e meus pés, e eu ali eu estava flutuando sobre mais o menos um metro do chão. Eu vi o quanto pode até ser vendada.
Eu fiquei ali enquanto ele, eu imaginava que estivesse sentado por ali observando, como um bom sádico que é, estava difícil engolir a saliva, e respirar então? Nem se fala. Em dado momento da noite eu senti quando suas mãos passaram por minhas costas arqueada, de leve, como que pra se certificar que eu estava acordada, eu deveria estar roxa. Ele sussurrava coisas tão baixo que eu não escutava, ou meus sentidos já me traiam naquela altura do campeonato.
- Estou falando com você vadia! Você confia em mim?
Suas mãos pegaram meu cabelo e puxou com ainda mais forca. Minha cabeça doía incessantemente e eu gemi de dor.
Não, eu não confiava, hora menos hora ele iria me matar. A obsessão dele na época já começava a ser visível. Ele já não deixava que eu atendesse direito e ficava de espreita sempre que eu iria atender alguém. As surras então por achar que eu tinha gostado de sair com outros homens era alarmante. A relação já tinha evoluído e agora se tornava pura posse.
- Sim, sim eu confio.
Pelo que eu sentia, ele estava de frente para mim. Pela sua respiração nós estávamos cara a cara. Sua mão agora acalentava minha face e sua voz abrandou.
- Tão linda, nem parece que é uma vadiazinha de quinta. Eu vou te fuder hoje, como nunca fodi com ninguém.
Minha mente respondeu sarcástica que isso eu já sabia. Mas eu não era burra de abrir a minha boca. Sua mão puxou a venda do meu rosto lentamente e o que eu vi então me deu 7 tipos de medo e um calafrio, tinha uma arma bem na minha cara. Com o pescoço imobilizado eu apenas consegui mover os olhos e olhar diretamente na sua cara. Seus olhos brilhavam e ele ria contente do seu feito.
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A margem da Lei
Chick-LitLivro para maiores de 18 anos! DAVIS é e sempre foi um homem justo, agora aos 58 anos, aposentado e finalmente podendo assumir a Nighet como seu negócio pessoal, a vida não poderia estar melhor, mas ainda ele ainda se incompleto desde que ela foi...