Capítulo 15

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Sua mente borbulhava nas suas suspeitas, mas eu estava confiante que não passava de um assalto. O delinquente do sequestrador estava em regime fechado e o único que foi visitá-lo foi o advogado público, a penitenciária era de alta segurança e não tinha acesso a celulares nem eletrônicos.

— Não, não é, ele não tinha como te achar nem que quisesse. Não e ele joana.

Tentei consola-la, mas não estava surgindo efeito, ela estava ainda mais apreensiva e eu estava flito. A noite que serviria para finalmente tentar me aproximar dela, tinha ido por água abaixo e eu nem podia fazer mais nada para mudar a merda da situação.

Os policiais que eu não conhecia chegaram cerca de dez minutos depois, com os barulhos das sirenes, os vizinhos dos outros andares vieram correndo bisbilhotar.

— O delegado pediu para esperar ele, e depois entrar no apartamento.

O jovem policial de estatura mediana e pele morena falou, seus olhos tinham um certo brilho que não soube identificar o motivo. Mas ele se pôs ao nosso lado e não saiu, o outro policial mais jovem ainda estava mais afastado observando as redondezas.

— Não tem câmeras de segurança aqui?

O policial ao meu lado perguntou, não respondi eu não sabia.

— Tinha, mas o antigo vizinho mudou e levou a câmera embora, era dele, mas pegava a minha porta como da pra perceber.

— Tem algum porteiro fixo na entrada?

Ele anotava tudo em um bloquinho branco e grosso de tantas folhas anotadas.

— Não, o bairro é seguro, nos nunca nos preocupamos com porteiro, temos a síndica que falou que ia por câmera na recepção, mas nunca colocou.

Observei os dois conversando, o policial recolhendo informações, e então Rodolfo chegou, estava de BERMUDA, e uma camiseta social.

— Se precisar dar entrevista para o jornal local estarei apresentável da cintura pra cima!

Deu de ombros, veio e pagou minha mão.

— Tudo bom Davis, adoro você me tirando da cama pra foder comigo no meu dia de folga. É excitante.

Senti vontade de sorrir, mas seria falta de senso sorrir diante daquela situação.

Rodolfo cumprimentou então joana que estava ali comigo envolto a seu corpo.

— Que bom que voltou. Mas vejo que os problemas te perseguem, vou entrar e conferir tudo.

Ele falava e olhava nos dois ali unidos.

— Aparentemente foi só um assalto, mas vou averiguar com os polícias.

Eles saíram de perto e entraram no apartamento.

Não acenderam nada.

— Confere a cozinha com a lanterna. Não acende luz nenhuma. Veja se não tem o gás aberto.

Todos entraram no apartamento e eu e ela ficamos ali esperando ansiosamente.

Passou vários minutos e nada deles retornarem, a cada segundo joana ficava visivelmente mais apreensiva, eu passava a mão em suas costas e a tentava tranquilizar, mas era quase inútil.

Rodolfo retornou com os policiais uns 10 minutos depois.

— Não achamos nada. O apartamento está normal, não há nada fora do lugar, você tem certeza que não esqueceu aporta aberta?

O nervosismo dela era aparente, esfregava as mãos freneticamente e não parava, sua respiração curta e seus movimentos repetitivos com a cabeça mostrava o quanto ela lutava contra a ansiedade.

— Eu não sei... - Sua voz estava tremula, ela não tinha certeza, mas eu quase podia ver a confusão na mente dela. — Eu me lembro de sair trancar tudo, lembro que esqueci os documentos do carro e voltar, eu poderia jurar que tranquei a porta.

— Ok a memória às vezes falha. Por via das dúvidas entre e confira se não tem nada fora do lugar.

— Tem certeza Rodolfo?

Perguntei imediatamente.

— Vai se foder Davis é claro que eu tenho.

Joana entrou dentro da casa e olhou tudo a sua volta, depois fomos para a cozinha e ela não demonstrou nada nem falou se algo estava errado. Saimos e fomos para o quarto. Minha ideia para conhecer a casa dela era outra, eu a imaginava pelada me mostrando a casa, e sem a presença de mais três homens. Fomos ao banheiro que fica ali próximo à cozinha e estava tudo ok.

— Vocês foram ao banheiro dentro do meu quarto?

— Sim, tudo normal.

— Então eu posso usar?

Rodolfo apenas fez sinal com a cabeça afirmando.

Joana saiu das minhas vistas e foi rumo quarto dela.

— E aí, acredito que agora eu posso ir embora, ao que parece vocês finalmente se acertaram.

Eu contive o sorriso. Não queria contar vitória antes da hora, vai que ela voltava me escorraçar novamente.

— Bem espero que sim.

Eu mal terminei de falar e o grito alto e estridente foi ouvido por todos.

Rodolfo sacou a arma. E os policias que estavam fora da casa voltaram também com as armas em punho. Corremos todos rumo ao banheiro. Joana estava em choque olhando para a parede, ela estava de lado para nós, olhando algo que estava atras da porta.

— Ai meu deus, e ele.

Ela falou enquanto levava as mãos na boca.

Rodolfo ponderou e perguntou.

— Ele está aí?

Joana caiu no chão de joelhos e começou chorar. Rodolfo não esperou e entrou correndo. Eu entrei logo atrás, enquanto ela mirava a arma na direção para onde joana olhava, eu a peguei nos braços.

— Joana, meu amor olha pra mim.

Eu flava sem parar enquanto a envolvia nos meus braços.

Ouvi a voz e Rodolfo e olhei na direção que ele mandava. A cerâmica do banheiro no quarto era laranjada, bem antiga a marca escrita com um batom vermelho que não se destacava, e eu entendi porque Rodolfo não percebeu, era quase uma ilusão de ótica, a frase escrita em letras grandes confirmavam que Joana não esquecera a porta aberta e que o problema era mais sério que imaginávamos.

Acabou o jogo de esconde, eu te achei.

Agora vomos brincar de caça.

Mas vou avisando você é presa.

G.

Nada do que eu imaginasse poderia descrever o quanto aquilo era fodido. 


Ta carai porra, puta merda, muito foda esse capítulo, ate eu me orgulho de escrever esses trem kkkkk

Eai meus amores o que vcs acharam? 

Ja imaginam algo a seguir, ou vão esperar os próximos capítulos pra dar o parecer.


A margem da LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora