Estranhos e amigos

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Eu sinto que sou um fantasma

Esqueci a coisa mais importante que conheço

Que não há mais ninguém, eu tenho que ser

Não há mais ninguém que eu deva agradar

Eu tenho as respostas que eu preciso

Eu usava amor como um exército

Eu sabia que nada poderia me prejudicar

Agora, o medo domina na minha cabeça, estou perdida na minha cabeça

E eu fiz uma bagunça, confesso, estou com vergonha

Grace - Rachel Platten

Ela apertou o nó do seu robe de seda rosa para logo em seguida tirar a jarra de vidro da cafeteira servindo assim uma caneca fumegante enquanto sentou-se a ilha da cozinha frente a Hanabi que a fitava calada, embora fosse perceptível a linguinha afiada coçando desesperada por aquela conversa. A mais velha havia deixado seus dois acompanhantes dentro do quarto com uma ordem restrita e ameaçadora de: não saiam daqui.

Um gole a mais de café, e Hanabi não conseguiu mais conter-se.

— Que vergonha, que vergonha! Me recriminando e fazendo essas... Safadezas! Ahhh Hina, o que o papai diria se ouvisse eu falar o que fez.

Um gesto rápido de Hinata nos lábios, pedia silencio.

Ela tomou duas aspirinas sentindo sua cabeça latejar, talvez por ressaca, talvez pelo sexo bruto da noite passada, mas principalmente, por aquilo que tinha bem ali na sua frente: uma pequena Hyuuga linguaruda. Focou novamente Hanabi e procurando ser totalmente racional, ela falou:

— Tem muita coisa na minha vida que o papai não tem que saber. Sou de maior, não uma criança.

— Olha, o coração pode ser gelado, mais pelo visto tem lugares que tá pegando fogo – zombou servindo café para si, havia um sorriso malicioso deslizando nos lábios da irmã. A expressão de choque assumira a face de Hinata.

— como você pode ser tão vulgar, garota?

— Eu vulgar? Hahaha não me faça rir, perto de você maninha, eu sou uma virgem pura!

Hinata corou instantaneamente diante do comentário da caçula. Hanabi não se fez de rogada e continuou aquela conversa.

— Eu sabia que estava estranho ontem lá no bar, dois? Como pode ser tão gulosa assim?

— Não vou falar dessas coisas contigo.

— Oh, claro que não! Onde fica o papo da maturidade e...

— Chega Hanabi! – massageou a têmpora – a maturidade é minha vida particular ok? Só... Entenda, eu preciso que só... Aprenda a manter segredo.

— Quem mais sabe? Quanto tempo isso rola ou foi a primeira vez? - a sobrancelha arqueou-se

— Só a TenTen – murmurou Hinata admitindo.

— Hahaha Mitsashi safada! Acobertando pouca-vergonha – ela parou e olhou para irmã sendo acometida de uma ideia de repente. – Céus não me diga que ela também participa!

— Não, não, não meu deus, que... Hanabi por favor...

— Irmãzinha... Quem te viu, quem te vê... Dá até pra imaginar o nosso calendário de natal desse ano, mamãe Noel safadinha. – Ela sorriu mais ainda - com todos esses roxos... E chupões, e...

Hinata baixou a cabeça na mesa rezando aos céus força para não matar Hanabi. Maldita hora que a cedeu autoridade para entrar em seu apartamento. Constrangida era pouco para a situação que encontrava-se agora. E não havia nada ruim que não pudesse piorar, e no caso de Hinata, foi quando surgiu um loiro usando apenas uma calça de moletom acompanhado de um moreno que usava um calção, ganhando assim completa atenção das irmãs.

Uma proposta e nada a maisOnde histórias criam vida. Descubra agora