O Destino Bruxo.

As Escolhas dos Novos Marotos.

Nas próximas semanas, na Seção de aurores, houve uma correria e nenhuma das equipes teve paz.

Harry fez um projeto gigantesco para a localização das rotas das carroças que levavam os lobisomens sequestrados. E ainda, solicitou que muitas equipes se infiltrassem na rede de crimes que se encontrava em bares e tavernas mais desconhecidas.

De início, não foi fácil. Estava ficando frio em Londres e as equipes que iam vigiar os trajetos das carroças, ficavam horas sentados sem fazer nada. E ele mesmo teve que fazer isso.

-Eu sei que a sua ideia talvez seja genial, mas eu te odeio, Potter. -Aurora disse reclamando.

Ela se abraçava. Harry achava fofinho o gorro cinza com pompom rosa e o enorme suéter que ela usava. Claro, ela também estava com o cinto com o kit de primeiro socorros e sua varinha, além das botas.

-Não colocou feitiços de aquecimento?-Harry sorriu ajeitando o gorro dela.
-Botei.-Ela disse, com a ponta do seu nariz vermelha.
Harry riu e colocou ele mesmo o feitiço nela. Aurora sorriu, aliviada.
-Brigada. -Ela disse subindo na árvore que precisavam ficar.
-Nada.-Harry disse e a seguiu.

Ambos ficaram sentados no galho da árvore, Aurora encostada no tronco usando o binóculos e ele olhando a pista mais próxima.

-O que acha de marshmallows?-Ela perguntou.
-Achei que não conhecesse comidas trouxas.-Harry disse.
-Meu tio se chama Arthur Weasley. -Aurora disse e Harry concordou, rindo. -Podemos fazer uma fogueira, já vai escurecer. Eu posso andar até a cidadezinha trouxa e comprar algo em uma lojinha. Devo ter alguns centavos trouxas perdidos.
-Pode ser...Eu queria voltar pra casa logo.-Harry disse suspirando.
-A ideia foi sua, chefe. -Aurora brinca.
-Se isso não der resultado, eu mesmo me jogo na fogueira. -Harry diz e Aurora bate nele com o pé.
-Não diga essas coisas. Eu te jogarei primeiro.-Ela diz e Harry ri.

Eles ficam um tempo em silêncio, apenas olhando o lugar e a rota.

-Posso dormir na sua casa no fim de semana?-Aurora perguntou.
-Aurora, você dorme lá em casa quase todo dia. Claro que pode. -Harry sorri fraco. -Teddy gosta de te ter lá em casa.
-Ele gosta que fique brincando com ele. É diferente. -Aurora diz.
-Pode ser. -Harry dá de ombros, mas ele sabia que não era por isso que Teddy gostava da presença de Aurora.
-Você e Andrômeda não faziam noites de jogos ou sei lá?-Perguntou a garota.
-Fazíamos, mas não era a mesma coisa. Andrômeda é uma ótima avó pro Teddy, mas ela não pode deixar de ver a própria filha nele e a idade não permite que ela participe tanto das brincadeiras. Você se desdobra para fazer ele rir e às vezes o explica coisas que eu demoraria horas pra achar uma maneira. E você implica com ele, não o mima, o deixa ajudar com as coisas...Ele já me perguntou quando que você vai decorar o seu quarto lá no Largo. -Disse Harry.
-Teddy é um amor. -Aurora disse sorrindo fraco.

-Os gêmeos estão muito chatos?-Perguntou Harry e Aurora ri.
-Eles não são chatos, pelo contrário. Mas é difícil descansar ou se concentrar em uma casa de brincadeiras. Por isso que eu acabo fugindo pro Largo. -Aurora dá de ombros.

-E se...-Harry é interrompido pelo som de rodas passando pelo caminho do bosque.
Aurora sorri ficando de pé no galho.
-O que você está fazendo?-Harry sussurra.
-Me siga. -Aurora sussurra de volta.
-Aurora!-Harry fica de pé no galho, seu tom era preocupado.

E ele a vê pulando do galho na hora que a carroça passa. Ela aterrisa na parte de trás da carroça. Harry corre e pula logo depois. Os dois dão as mãos, tentando se equilibrar. A carroça começa a andar mais rápido, os cavalos haviam se assustado com os dois novos pesos.