-Padfoot!! -Harry e Aurora viram Teddy correndo até o cachorrinho que o esperava no saguão do hospital.
Ambos sorriem vendo o cachorro ficando nas duas patas e lambendo Teddy.
-E aí? Como foi?- Perguntou Harry.
-De início? Mal. -Aurora disse e Harry pegou a mão dela. -Aí eu contei pra ela sobre a minha vida com minha mãe e como eu quero ser feliz com você. Ela disse que eu sou bem vinda a família.Harry sorriu e beijou a bochecha dela.
-Não tenha dúvidas disso. -Ele disse.
-Pai! O Padfoot está com lacinho de Natal, olha. -Teddy disse quando eles chegaram.Realmente, na coleira do cachorrinho estava um lacinho com bengalas doces.
-Hoje é dia vinte e três. -Aurora disse.
-Amanhã é véspera de Natal. -Harry engoliu seco.XxX
Harry estava ajoelhado na frente da lareira, limpando e colocando algumas madeiras dentro.
-É o primeiro Natal que faz aqui no Largo?-Perguntou Aurora descendo com caixas.
-Sim, normalmente passamos lá na Toca, mas vamos almoçar lá no dia 25, então, pensei em criar novas tradições para...Nós. -Harry disse olhando para a árvore.Na volta pra casa, Harry decidiu, que por ser dia 23, ou seja, faltando dois dias para o Natal, eles precisavam se preparar. Então, o trio passou em uma fazenda de árvores de natal, compraram uma e prometeram para Edward que a casa estaria montada pro grande dia.
O garotinho, no momento, estava correndo nos jardins com Padfoot.
-Andrômeda tem previsão pra sair do hospital?-Perguntou Aurora.
-Pelo que eu falei com Draco, provavelmente antes do Ano Novo ela já estará em casa. -Harry disse se sentando no chão.
Aurora o acompanha, deixando as caixas no chão. Eles abrem e Aurora faz uma careta.
-Merlin, como foi o último Natal daqui?-Aurora questionou.Boa parte dos itens estava coberto de teias de aranha e poeira, além de estarei quebrados.
Harry movimentou sua varinha, consertando-os e limpando.-Não importa. Faremos uma festa digna para eles. -Harry diz e pega um dos enfeites. -Olha, um lagarto de lantejoulas.
-Que gracinha. -Aurora ri. -Ah, alguns são bem bonitos, olha. -Ela tirou uma bolota de porcelana vermelha com laços tradicionais.
-Sabe...-Harry foi tirando os enfeites. -Quando eu era criança, meus tios não me deixavam chegar perto da árvore ou de outras decorações. Era como se eu não pudesse fazer parte das tradições deles. Eu via o meu tio colocando Duda nos ombros para que ele pudesse por os enfeites mais altos e...Me perguntava se o meu pai faria o mesmo.Aurora engatinhou pro lado de Harry e o abraçou de lado.
-Seus tios eram péssimos, Harry. De verdade, você parece ter sido um garotinho muito doce e gentil. Você merecia um natal direito. -Disse Aurora.
-Eu tive. -Harry sorriu. -Desde que entrei pro Mundo Bruxo, tive vários natais muito especiais...
-E terá mais um, agora, com novas tradições....Com o Teddy. -Aurora sorriu.
-E os seus? Como eram os natais em Paris?-Perguntou Harry, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.
-Bem, dependia do ano. No início da escola, eu ainda voltava todo ano pra casa. Minha mãe já havia enfeitado tudo e me recebia com um abraço forte. Mas...O resto do tempo era...Silencioso. Não tínhamos ninguém em Paris, então, se eu não tivesse nada para dizer sobre a escola, comíamos e íamos dormir. Às vezes, eu fingia que havia ido pra cama para entrar no escritório dela. -Aurora sorri. -Haviam cartas da Tia Molly e dos filhos dela nos desejando feliz natal...No quinto ano, foi a primeira vez que eu respondi, estando em Beauxbatons, então, era bem mais fácil. Eu escrevi para ela dizendo quem eu era, que era sua sobrinha e que desejava um feliz natal para todos. No dia seguinte, ela me mandou docinhos e um suéter.
-Um suéter?!-Perguntou Harry.
-Sim. Eu fiquei muito surpresa! Eu estava em Beauxbatons e notei que havia um presente além do de mamãe...Junto havia uma carta do tio Arthur e da tia Molly. Eles foram super fofos e perguntaram quando era meu aniversário também. Eu comecei a escrever o resto do ano depois disso...Nem sempre eles puderam responder, ainda menos durante o ápice da guerra. Mas quando podia, me mandava fotos, como a do casamento do William e da Fleur, e tudo mais...E as notícias, como a que meu primo havia morrido. -Aurora suspirou. -Foi quando eu decidi que não importava o que minha mãe pensaria, eu iria para Londres.
-E aí ela adoeceu?-Perguntou Harry.
-É...Ela não tinha culpa, é claro. Mas...Eu estava com tanto medo de perder mais pessoas. A minha vida parecia estar escorrendo, passando por mim sem eu ter a vivido. Eu esperei, cuidei dela, mas...Depois que ela faleceu, eu só juntei as minhas coisas e parti. Li o diário todo no trem. Quase o joguei no lixo e...Te encontrei. -Aurora sorri.
-Você pensou, naquele dia, que poderíamos terminar assim? -Perguntou Harry
-Assim? -Aurora perguntou.
-Juntos?-Perguntou Harry fazendo carinho no rosto dela.
-Hun...Talvez?-Aurora pensa, pondo a mão no queixo de forma caricata. -Eu pensei que você era lindo...-Ela sorriu e olhou para ele. -Que tinha olhos de esmeralda...Qua sua risada era a mais bonita que eu já havia ouvido. Que você me fazia sentir bem...Que, definitivamente, eu precisava te ver de novo.
-Sabe, Aurora? -Harry se aproximou mais do rosto dela. -Eu pensei a mesma coisa. -E eles se beijaram.
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O Destino Bruxo.
FanfictionHarry Potter se sentia muito sozinho. A Segunda Guerra Bruxa havia terminado há seis anos e junto a ela, inúmeras vidas foram perdidas e o Reino Unido se encontrou por anos em completa destruição. Dessa forma, ele teve que amadurecer. Harry se form...