As Prewett.

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-Harry...-Andrômeda juntou suas mãos sob seu colo.
-Eu confio nela, Andy. Eu sei que parece loucura...-Harry disse.
-É loucura. -Ela o interrompeu. -Harry. Você chamou uma total estranha para a sua casa, lugar esse que você divide com uma criança pequena.
-Aurora não é uma total estranha. -Harry suspira. -Pode a conhecer antes se precipitar? Eu e ela estamos juntos basicamente desde que ela chegou em Londres. Ela me ajudou a salvar o Teddy, me ajuda a cuidar dele e é...Maravilhosa comigo. Por favor, Andy.

Andrômeda suspirou.
-Eu irei dar uma chance. Mas só uma. -Andrômeda disse esfregando os olhos.
Harry sorriu. E beijou a bochecha dela.
-Você não vai se decepcionar!-E ele levantou.
Abriu a porta, vendo Teddy e Aurora de mãos dadas no corredor.
-Ele estava ansioso para vê-la. -Aurora disse.
Harry sorriu e deixou Teddy passar.
-Vovó!- O menininho correu para a maca, Andrômeda sorriu e o ajudou a subir.
-Oi meu amor...-Andy fez carinho nos cabelos do menino.
-Papai disse que você estava dodói. Você tá melhor?-Perguntou ele, mudando seus cabelos para lilás.
-Vovó é forte, foi só uma gripezinha. -Andy disse, seu sorriso enfraqueceu. E ela abraçou Teddy.
-Senti a sua falta, vovó. -Disse Teddy retribuindo.
-Eu também senti a sua...-Ela beijou a bochecha dele.

Harry sorria os vendo. Aurora encostou a cabeça no ombro dele, logo, Harry pegou a sua mão.

-Vovó! Essa é a Rora! Ela é a minha amiga. -Disse Teddy ao se separar do abraço, apontando para a morena.
Andrômeda olhou para Aurora, que ajeitou sua postura.
-Muito prazer, senhora Tonks. -Disse Aurora.
-Ela me perguntou se você ia gostar dela. -Teddy sussurrou alto para a avó, que sorriu.
-Teddy, você se importa se for brincar com a vovó Molly? Eu queria conversar com sua amiga Rora. -Disse Andy.

Teddy olha para Harry, confuso.
-Eu vou com você. -Harry disse. Edward pulou da maca e pegou a mão de seu pai. Aurora olhou para os dois. -Vai ficar tudo bem. -Harry beijou a testa dela e saiu.

-O que você quer com o Potter, Prewett?-Andrômeda cruzou os braços.
Aurora suspirou. Aquilo não havia começado bem.
-Amor? -Aurora foi até a cadeira do lado da cama e se sentou, questionando. -Sinceramente, a companhia dele pra mim já me satisfaz.
-Sabe que um namoro com ele não é um relacionamento qualquer, certo? -Andrômeda perguntou levantando uma sobrancelha.
-Sim. É algo sério. -Aurora mexeu-se desconfortável. -Senhora Tonks, por favor, seja direta com o que você quer me dizer.

Andrômeda respirou fundo.
-Eu conheci os seus pais. -Ela disse e Aurora abriu os olhos, surpresa. -Sirius era uma pessoa maravilhosa. Não só por ser um raio de luz na escuridão que era a nossa família, não...Ele era leal, apaixonado, protetor. Estúpido, nossa, como ele era um leão estúpido. -Andrômeda riu, Aurora sorriu fraco. -Ele sonhava em ter uma família. Uma de verdade! Não como os Black eram. Ele queria ser pai, um que acordava cedo para preparar o café e levar seus filhos para brincar. Ele queria poder abraça-los e dizer que sempre estaria ali por eles. Ele queria alguém, um bruxo ou uma bruxa que o entendesse e não negasse quem ele era e como ele era. Esse era Sirius. Quantas vezes ele me disse sobre isso? Em como ele fugiria dos Black, assumindo outro nome e criando a própria família. -Andrômeda deixou lágrimas caírem. -E ele nunca pode...Mas quando menos eu espero, você aparece.

Aurora engoliu seco.

-Uma garotinha. -Andrômeda apertou as cobertas da maca. -Aurora...Não uma estrela, mas um Sol, Andy. -Andrômeda olhou para cima. -A sua mãe fugiu levando quem ele precisava e sonhar em ter, o pequeno raio de sol dele. E a maldita, deu o mesmo nome que ele queria colocar em uma filha.

Aurora assente.
-Eu odeio Scarlett. -Andrômeda secou suas lágrimas e olhou para Aurora séria. -Já a odiava antes e a ardo de ódio ainda mais agora. Aquela mulher era controladora, sempre foi. Queria atenção, a maldita e chamava Sirius de "trevas" o quanto achava necessário para apagar a luz dele! Não digo que ela não era uma boa pessoa...Ela era....Mas o que ela fez com Sirius no tempo que estiveram juntos.

-Eu também a odeio. -Aurora disse, a interrompendo, e Andrômeda arregalou os olhos. -Você não sabe quanto.
-Como assim?-Andrômeda questiona, piscando.

Aurora sorriu e pegou algo em sua bolsa. Um caderno, um diário enorme.
-Esse diário...Foi tudo que ela me deu. Uma herança cheia de histórias e pensamentos que ela teve ao longo dos anos. -Aurora disse e deu para Andrômeda.

A mulher folheou e viu, fotos de Aurora pequena ao lado de Scarlett. Diversas anotações e rabiscos. Desenhos infantis e mapas.

-Ela sabia que eu queria conhecer o meu pai. Mas mentiu por anos dizendo que ele havia me rejeitado antes mesmo de ter nascido. -Aurora disse, Andrômeda voltou a olhar. -Nesse diário, nesse maldito diário que achei que ela fosse me guiar para achar a parte perdida da minha vida....Ela não diz nada. Nada sobre quem ele era, como se conheceram...Nada. Tudo que diz é que eles se conheceram na Ordem, se envolveram e ela engravidou de um homem que ela não amava, em uma guerra que ela temia que eu nascesse. -Aurora suspirou. -E onde poderia haver localizações, memórias....Existem regras, instruções do que eu não devo fazer enquanto estiver em Londres. Uma delas. -Aurora mexe as páginas e aponta para a regra 75º. -É ficar longe de Harry Potter e membros da Ordem da Fênix. Existem outras que diziam para que eu não falasse do meu pai para os Weasleys. E outra dizendo para não assumir o nome do meu pai.

-Merlin...Ela...Ela tentou te controlar. -Disse Andrômeda.
-Mesmo morrendo ela não se importou com a minha felicidade, me disse a verdade após eu implorar por horas e horas a fio, dizendo que precisava saber quem eu era. -Aurora respirou fundo e fechou o livro. -E assim, contrariei as regras que ela me impôs e vim para cá. -Aurora sorriu. -A primeira pessoa que eu conheci em Londres foi justamente o Harry. -Andrômeda ia falar algo, mas Aurora levantou a mão. -E desde então, eu encontrei amor, felicidade e...Vida, pela primeira vez, eu estou vivendo.

Andrômeda sorriu fraco.

-Eu nunca, nunca mesmo, vou negar ou machucar aqueles dois. Quando eu aceitei ficar e morar com eles, eu jurei para mim mesma que irei protegê-los. Que irei viver com eles da forma que exatamente devemos ser. -Disse Aurora, deixando algumas lágrimas caírem. -E não conte ainda para ele, mas...Merlin, eu os amo tanto. Eu faria e irei fazer de tudo para que eles sejam felizes.

Andrômeda esticou sua mão e pegou a de Aurora, apertando e fazendo carinho.

-Bem vinda a família, Aurora. -Disse Andy.
Aurora sorriu, soltando o ar que mal percebia que estava segurando. De seus olhos, lágrimas de alivio foram derramadas, escorrendo por suas bochechas. Dessa forma, ela se levantou e, abrindo os braços, abraçou a senhora na maca, com os olhos fechados e o coração mais leve.

O Destino Bruxo.Onde histórias criam vida. Descubra agora