Um Pesadelo em Dois Crucios.

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Draco levou as crianças para o St.Mungus quase em um desespero interno. Ele estava preocupado com a pequena Jane e a dose que Edmund havia dado de calmamente e poção para dormir para a menina.
Jane era uma recém-nascida, poções não eram recomendadas para eles! E isso o fazia entrar em pânico juntamente pela respiração fraca da bebê.

-Jane vai ficar bem?-Frank perguntou quando a neném foi levada para a uma sala mais especializada. Como Draco estava muito  nervoso, o caso da bebê foi transferido para outro medibruxo, enquanto ele ficou responsável pelo garoto mais velho.

Os dois estavam no consultório do loiro, Nina estava perto para ajudar se fosse necessário.
E o que responder? Ele não tinhas as respostas e Frank tinha só seis anos. Então, ele ajoelhou, movimentando sua varinha para fazer feitiços diagnóstico no menino.

-Eu não sei, Frank. Edmund deu para ela duas poções muito fortes. Mas eu sei que os outros medibruxos darão o seu melhor para que vocês estejam juntos novamente. -Draco respirou fundo vendo os olhinhos do menino se encherem.
-Eu quero a Jane...-O menino disse soltando um soluço de choro. Por impulso, abraçou o pequeno e o pegou no colo, sentindo as lágrimas do menino molharem a gola de seu jaleco.
-Nina, mande uma carta para o Professor Longbottom avisando que não poderei voltar hoje e, por favor, cancele todas as consultas do dia. -Disse Draco.
-O que eu digo para ele?-Perguntou Nina.
-Diga que é uma emergência no hospital e que não sei que horas voltarei para casa, que talvez emende com um plantão...-Draco começou a ninar Frank, querendo que ele se acalmasse. O menino estava se agarrando as roupas deles. -E diga que irei precisar dele...E que o adoro. -Abraçou Frank um pouquinho e continuou o balanço calmo em seus braços.
-Sim, doutor Malfoy. -Nina saiu pra fazer o que foi pedido.

-O que acha...De um banho? Frank?-Perguntou Draco baixo.
-Banho?-Fungou o menino.
-Sim, água quentinha e com remédios pra passar a dor. Depois podemos ir comer e brincar um pouco. -Draco sorriu e Frank saiu do aperto, olhando pro rosto do loiro. O menino assentiu. -Ótimo!

XxX

Eram quase duas da manhã quando Draco conseguiu fazer o menino dormir na maca, sem nenhuma poção pra dormir. O dia fora muito difícil para ambos. Na maior parte do tempo? Draco fazia o menino esquecer os problemas, lhe dava comida e cuidado, mas quando menos esperava, Frank começava a chorar e coçar seu olho machucado. O Malfoy compreendia, o menino estava com medo de perder a única pessoa que ele tinha, uma bebê recém nascida. Então, Draco prometeu a si mesmo que teria certeza que a menina estava bem para que Frank estivesse bem. E ele não sabia o porquê disso. Ele nunca ficou tão próximo de uma paciente. Draco só sabia que precisava cuidar daquela criança e protegê-la. Por isso, ele mesmo o banhou, o vestiu e o alimentou, mesmo podendo entregar Frank par a outro médico ou para as enfermeiras. Ele sentia que era o seu papel.

No corredor, ele encostou na parede e colocou as mãos no rosto. Era seu segundo plantão seguido. Só havia voltado para casa pra tomar um banho e tomar café com Neville. A última que havia dormido havia sido na segunda e era quase quinta...Era quinta-feira!
Draco respirou fundo e voltou a andar, chegando no berçário. Com isso, ele pode se jogar na pilastra, se apoiando nela enquanto olhava para Jane Alice...Ela estava bem. Acordada e brincando com os próprios pés. Draco suspirou aliviado.

Então, ele sentiu algo em seu ombro e ajeitou sua postura em um pulo, virando-se.
-Calma...-Ele ouviu e não pode evitar de sorrir.
-Nev!-O abraçou com força.
-Oi Dray...-Neville retribuiu o abraço. -Você parece cansado.
-Eu me sinto cansado. -Draco admitiu.
-Por que não vamos para minha casa? Hun?-Neville fez carinho nos cabelos dele.
-Não posso. Sou o médico responsável por duas crianças órfãs. -Disse Draco.
-Não pode chamar outro? -Neville separou-se do abraço. -Você está com olheiras enormes e sei que não almoçou hoje.
-Comi uma torrada. -Disse Draco sorrindo fraco.
-Draco!-Neville brigou.
-Desculpa, mas eu estou acostumado, Nev. -Disse ele.
-Não deveria. -Neville fez carinho no rosto dele e olhou pro berçário. -Qual deles?
Draco se virou sorrindo.
-Aquela ali, a de azul brincando com o pé. É a Jane Alice. -Disse Draco.
Neville se encostou no vidro.
-A de cabelos loiros lisos? -Perguntou.
-Ela mesma. -Draco abraçou o braço dele. -Eu fiquei morrendo de medo, o pai maluco dela quase lhe deu uma overdose.
-Você disse crianças. E o outro?-Perguntou Neville.
-É o Frankie. -Draco sorriu novamente. -Dormindo no meu consultário. O padrasto deu uma surra muito grande nele, ele teria ficado cego de um dos olhos se não tivéssemos o salvo. -Disse Draco.
-Quantos anos?-Perguntou Neville.
-Seis, prestes a fazer sete. Amiguinho de Teddy. -Disse Draco e Neville arregalou os olhos.
-Magia tentou os proteger?-Perguntou Neville.
-Não perguntei. Tentei evitar tocar no assunto enquanto não sabíamos como a irmã dele estava. -Disse Draco suspirou.
-Alice e Frank. Bons nomes. -Disse Neville.
-Você acha? -Draco perguntou.
-São os nomes dos meus pais. -Neville continuou olhando pro berçário, Draco arregalou.
-Desculpe, Nev...Eu esqueci completamente. -Draco o olhou com medo.
-Não fica assim, Dray. Está tudo bem. São só nomes no final das contas. -Neville pegou a mão dele. -Já a pegou no colo?
-Não....Quer? Eu digo que estava só checando como ela estava. -Draco disse e Neville sorriu pra ele.
Então, Draco fez feitiços de esterilização neles e entraram no berçário de forma silenciosa.
O loiro lentamente foi até o berço transparente e com cuidado tocou na mão da menina, que soltou uma risada enquanto o observava com seus enormes olhos castanhos da cor de mel.
Draco a pegou e sorriu.
-Neville, conheça Jane.-Disse Draco.
Neville andou até eles e passou um dedo das bochechas cheinhas da bebê, que fechou os olhos com um sorriso ao seu toque. Ele não pode evitar de retribuir.
-Ela é linda. -Neville sussurrou. -O que vão fazer com eles?
-Assim que o cara que estava com eles for preso...Eles vão ser encaminhados para um orfanato ou casal que se ofereça em adotar. -Draco suspirou e voltar a olhar Jane, que tentava alcançar seu rosto. Ele sorriu triste. -Não deve demorar para a adotarem, muitos bruxos não conseguem ter filhos ou os perderam na guerra. Mas...Frank pode ser que nunca consiga. Embora tenha só seis anos, isso já é muito para a maior parte dos que querem ter filhos.
-E o que aconteceria com ele?-Neville pergunta.
-Se não encontrarem nenhum familiar, ele continuará no orfanato até Hogwarts. Ele tem sorte, antes não possuíamos orfanatos para bruxos. Ele ficará bem, receberá tratamento psicológico, continuará indo a escola...-Draco dizia, mas Neville o interrompeu.
-Ele ainda estará sozinho e será separado da própria irmã. Isso não é justo. -Ele disse.
-E o que podemos fazer?-Perguntou Draco.

O Destino Bruxo.Onde histórias criam vida. Descubra agora