Uma Vida sob o Conta Gotas.

2.5K 306 67
                                    

Harry respirava fundo. Ele estava vestido com seu uniforme de auror e com sua varinha em mãos. Aparatando com Aurora, sob a capa, ele foi para o bosque em o celeiro estava.
Era difícil andar, era difícil respirar, era difícil estar vivo sabendo que seu filho poderia estar sofrendo...Poderia estar morto.
Ele sacudiu sua cabeça, precisava se manter firme para que o plano desse certo.

Olhando em volta, não havia nada além de neve, galhos secos e árvores. O celeiro era um lugar abandonado, praticamente destruído e no meio do nada. Ele ainda queria saber o porquê dos Finnigan ter uma propriedade tão acabada. Bom, ele sabia o porquê ela havia sido ocupada por mulher como Windburn.

Aurora havia enfeitiçado suas botas, então, ela não fazia sons nem marcava a terra. Era quase como se ela estivesse flutuando enquanto estava invisível.

Ao entrar no celeiro, diversos corvos saíram voando. O lugar estava vazio como previsto pelos aurores, não era grande suficientemente para todos os lobisomens que Windburn havia sequestrado, embora ali houvessem algumas jaulas abandonadas.

No meio das tábuas quebradas e soltas havia uma pequena chave. De propósito, Windburn havia escolhido um objeto pequeno como chave de portal. Harry olhou para onde ele achava que Aurora estava. Mas ele errou. De forma inteligente, Aurora pegou um galho e pescou a chave, assim ambos conseguiriam tocar nela.

Então, Harry se aproximou.
-3...-Ele disse baixo.
-2...-Aurora sussurrou.
-1.-Ambos disseram e seguraram no objeto metálico.

XxX

Assim que chegaram, Harry já não mais sabia onde Aurora estava. Ela iria tentar achar Teddy o mais rápido possível e o levar para longe dali. Podendo trazer os outros Weasleys e aurores quando o menino já não mais estivesse em perigo.

-Ora ora....-Ele ouviu e se virou.

Eles estavam em um lugar enorme. Uma prisão subterrânea, em que Harry ouvia muitos gritos, rosnados e água em alta velocidade passando pelos canos por conta da pressão. Ao lado deles uma espécie de rio, assustadoramente veloz e com pedaços de gelo por conta do frio.

Charlotte estava com um coque formal e um belo vestido decotado preto. Ela sorria, apontando a varinha pro peito dele. Atrás dela, um longo corredor que seguia ao lado do profundo rio escuro.

-Como você está, Harry? -Charlotte perguntou.
-O que você acha?-Harry apontou sua varinha para ela.
-Não, não. Não seja um menino mal. -Ela disse fazendo biquinho. -Solte-a, agora, se não irei gritar e irão matar aquele monstro que você chama de afilhado.

Harry torceu o nariz e se abaixou, deixando a varinha no chão e levantando as mãos.

-Muito bem, meu garotinho. -Charlotte voltou a sorrir e se aproximou, pegando a varinha dele no chão. Ela se levantou. -Incarcerous.
Harry sentiu cordas prendendo seus braços contra seu corpo.
-Quem diria que seria tão fácil? -Charlotte segurou o rosto dele. Acariciando. -Voldemort me mataria para saber como consegui pegar o Harry Potter...Bem, ele mataria qualquer por qualquer motivo. -Ela ri sozinha. -Vamos...Comece a andar!

Harry revirou os olhos, esperando que Aurora fosse rápida. Eles começaram a andar para o lado direito. Charlotte sempre com a varinha nas costas dele.

Ao chegarem até uma cela, ela ordenou que ele se sentasse.
-Entenda, Potter, isso não é pessoal. Eu só quero que você e todos os lobisomens morram. -Disse Charlotte.
-Windburn, eu não tive culpa pelo que aconteceu com você e a sua família. Voldemort teve! E os lobisomens naquela época seguiam ordens de Fenrir e Voldemort. Eles estavam tentando sobreviver. -Disse Harry tentando se soltar.

Charlotte pareceu ficar com raiva. Ela o segurou pelo pescoço, então Harry entendeu o que todos os lobisomens e outros afligidos pela Lady quiseram dizer com o que eles sentiam diante a presença dela. Ela estava usando o feitiço Hottus, que fazia a pessoa sentir que estava sufocando, como se o ar estivesse queimando ao ser aspirado. Harry prendeu a respiração.

O Destino Bruxo.Onde histórias criam vida. Descubra agora