Mudanças

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Enfim sexta-feira. Era o dia em que Sasuke ia tentar dar um grande passo com Yukata. Desde segunda, os olhares e trocas de palavras aumentaram significativamente. Ontem, a morena chegou a oferecer biscoitos a ele e, apesar da vontade de aceitar para não fazer desfeita, Sasuke agradeceu, já que detestava coisas doces. "Se fosse um Cream Cracker...", fora o que pensou, mas achou desnecessário comentar.

Ao chegar na sala hoje, foi na direção dela, como esteve fazendo ultimamente.

— Bom dia, Yukata. — Sorriu.

— Bom dia, Sasuke. — Ela correspondeu o sorriso. Ele sentiu um nó na garganta, mas precisava prosseguir.

— Sabe, eu estive pensando. Gostaria de sair comigo hoje? — Seu coração pulava, esperando a resposta dela. A garota pareceu surpresa, mas não demonstrou vontade de recusar. Deu um pequeno sorriso antes de finalmente falar.

— Onde iríamos?

— Bom, eu pensei num cinema. Ou você pode escolher...

— Qual filme?

— Eu gosto de terror... Tem uma estreia.

— Existem subgêneros de terror. Devo dizer que detesto filme de zumbis.

— Esse é sobre assombrações.

— Parece bom. Nos encontramos lá que horas?

— Tem uma sessão às seis. Posso antecipar os ingressos pela internet e podemos chegar lá às 17:45 para comprar pipoca.

— Perfeito. — Ela sorriu.

— Ótimo. Até mais tarde. — Voltou para seu lugar, forçando-se a sorrir menos, pois tinha certeza que estava parecendo um idiota.

Sakura sorriu ao receber uma mensagem de Sasuke, dizendo que ela tinha razão. Depois resolveu mandar uma para Itachi, convidando-o para sair; pensou em voltar naquele restaurante que foram no início do namoro.


Ao chegar em casa, Neji começou a trocar mensagens com seu novo amigo. Desde aquele dia se falaram bastante. Comentavam sobre o que estavam fazendo e qualquer trivialidade que surgisse. Conversas despretensiosas e divertidas que ele raramente tinha com alguém.

Estavam trocando memes quando Sai perguntou se podia telefonar. Neji estacou, quase sem respirar, imaginando se deveria ou não falar com ele. Antes que pudesse negar, inventando alguma desculpa, seu telefone vibrou. Poderia ter desligado, mas a curiosidade o venceu.

— Alô.

Oi, amigo secreto. Achei que seria legal conversar assim.

— Eu não sei.

Está com vergonha? Fica de boa, fale o que digitaria...

— Certo.

Ainda não vai se relevar?

— Não.

Hum — resmungou. — Então me fala, por que você quis conversar comigo?

— Achei que seria bom.

E é?

— Sim. — Meneou com a cabeça mesmo sem o outro poder ver.

A gente já se viu? — indagou. — E não me venha com talvez.

— Já. — Sua resposta foi seca, assim como sua garganta estava.

Sexo e DiplomasOnde histórias criam vida. Descubra agora