𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗼𝗳 𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱.

❥ 04

Eram seis horas da noite. Eu disse que queria ir pra casa para Bailey, e o mesmo disse que me acompanharia, aliás moramos na mesma rua.

- Mas vc não vai dormir lá em casa hoje não? - Ele pergunta.

- Não. É que quando eu vou dormir lá, a Sabina quer dormir só de madrugada, e amanhã nós temos aula. Então...é, durante a semana não dá pra dormir aí.

- Ah, sim. Vdd, a Sabina só dorme tarde, aí so falta não acordar de manhã. - Comenta sorrindo.

- Ah, e a propósito...vc vai estudar no mesmo colégio que a gente?

- Sim. Eu sou mais velho que a Sabina um ano, então infelizmente nós três não vamos ficar na mesma sala.

- Ah...

- Mas a vai se ver no intervalo, na chegada, na saída... - Comenta.

- É, é verdade. - Sorrio e vejo que já chegamos. - Ah, até amanhã, Bailey.

- Até. Obrigado pela tarde hoje, eu gostei de ficar com vc.

- Também gostei de ficar com vc. - Ficamos nos olhando por uns segundos.

- S/n! - Escuto a voz de Sabina e a olho, assim saindo da visão dos olhos castanhos de Bailey.

- Oi, Saby.

- Por onde andou o dia tod... - Ela olha pra Bailey e acaba não completando a frase. - Ah, já entendi. Saíram juntinhos, foi? - Sorri maroto.

- Não! - Exclamo. - Quer dizer, eu...a gente se encontrou na praça e ficamos por lá.

- A tarde inteira! Quer saber? Nao vou ficar com raiva e vc, S/n...vcs até que formam um casal fofo.

Olho para Sabina com um olhar mortal e com as bochechas coradas.

- Não precisa ficar envergonhada, S/n. - Sabina diz. - Vcs são um casalzinho fofo.

- Cala a boca! - Me estresso e falo alto, assim assustando a mexicana.

- Desculpa, estressadinha. - Ergue os braços como quem se rende.

- Desculpa por isso, S/n. A Sabina não pensa antes de falar. - Bailey diz.

- Penso sim. Mas mesmo pensando eu ainda quero falar. - Justifica.

- Cala a boca, Sabina. - Bailey fala com um pouco de raiva. - Boa noite, S/n. Dorme bem.

Olho para ele e o mesmo solta um sorriso carinhoso pra mim. Eu aceno e ele entra dentro de sua casa.

- Ei. - Chamo Sabina. - Vc tem que parar com isso!

- Desculpa, eu não sabia que ia ficar tão incomodada. - Da uma pausa. - E vermelha.

Bato em seu braço com força e a encaro com uma cara de raiva.

- Tá, parei! - Ri. - Boa noite. - Abre os braços para que eu desse um abraço nela.

Eu a encaro com uma cara de deboche e não a abraço. Logo ela me dá um tapa bem fraco na cara e me abraça.

- Boa noite. - Falo após ele encerrar o abraço.

- Boa noite. Até amanhã.

- Até. - Aceno.

Entro em casa e vou direto pro meu quarto. Não ia dormir agora, claro, ainda são seis horas da noite, mas prefiro ficar no meu quarto mesmo.

[...]

Acordei e fui logo me arrumar para ir à escola. Coloquei uma roupa legal, era uma calça rasgada com uma blusa preta.

Vou até a cozinha e pego uma maçã para ir andando e comendo a mesma no caminho.

Passo na casa de Sabina para irmos juntas, quando vejo a mesma saindo já de sua casa segurando sua mochila.

- Oi! Bom dia. - Falo animada e me aproximando dela.

- Bom dia. - Fala com uma cara não tão boa. - Bailey May! Eu vou me atrasar, caralho! - Ela grita.

- Calma, Sabina. - Digo tentando acalma-la.

- Calma nada. Vamos logo, vou deixar esse idiota ali mesmo. - Disse bem decidida e saio com sua mochila nas suas costas.

Eu fui a acompanhando, mas ouvi passos atrás de mim, então me virei.

- Desculpa o atraso, Sabina. - Bailey fala se aproximando da gente. Saby não o responde, apenas continua andando. - Bom dia, s/n.

- Bom dia, Bailey. - Sorrio para ele.

Fomos nós três juntos para a escola. O caminho foi silêncio, acho que ambos estão brigados por alguma coisa que ainda não sei.

Chegando na escola, Bailey se separou da gente, até que o perdi de vista, então sentei em um banco e Sabina se sentou ao meu lado.

Percebo que ela não está com uma cara tão boa.

- Que cara é essa? O que foi?

- Não era pra eu ter sido grossa com o Bailey.

- Por quê? - Pergunto.

- Acho que aconteceu algo enquanto ele tava no intercâmbio. Ele tá quietinho. Eu já te disse isso, né? - Balanço minha concordando. - Então...hoje ele se atrasou, sabe? Mas acho que não foi por mal. Agora eu lembrei que ontem a noite o vi caminhando pela casa.

- De madrugada?

- Sim, já era bem tarde. Eu tô preocupada...não sei...será que é só coisa da minha cabeça mesmo?

- Deve ser, relaxa.

- Tá. Mas mais tarde vou falar com ele. Vamos pra sala?

- Vamos. - Fomos caminhando até a nossa sala.

Continua...