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Depois de um tempo eu acabei tendo que sair do banheiro por causa da aula. Espero que ninguém perceba que eu estava chorando.

Ao sair esbarro em Sabina, que parecia estar indo para o banheiro. Ela logo olha pra mim com uma cara preocupada. Ela realmente me conhece.

- Vc...vc tava chorando? - Pergunta preocupada.

- Depois a gente fala sobre isso.

- Não, me fala! Por favor! O que aconteceu?

- Sabina, depois eu te falo. Podemos ir pra aula agora? - Ela assente meio triste e eu começo a caminhar.

Sinto seus braços abraçando-me em forma de carinho. Sorrio sem mostrar os dentes e retribuo o abraço.

- Preciso que me fale o que te deixou assim. Quem liga pra aula? Depois a gente resolve. Não gosto de ver vc assim.

Respiro fundo.

- Escutei uma conversa entre Bailey e Shivani. - Ela revira os olhos. - Shivani perguntou se ele não a amava mais e tinha esquecido "daquela noite"... - Faço aspas com os dedos.

- O quê? Não, o Bailey nunca ficou com a Shivani!

- Vc não vê tudo que ele faz, amiga. Ok, ele é fofo, gato e tudo mais, mas ontem mesmo estava meio que dando em cima de mim, e hoje já está falando com essa...essa garota aí.

- Isso é tudo um mau entendido. - Nega abaixando a cabeça.

- E se não for? E se ele realmente não for o cara fofo que eu pensei que era?

- S/n, me escuta! - Ela coloca seus dois braços em meus ombros para que eu prestasse atenção na mesma. - O Bailey e a Shivani nunca ficaram! - diz decidida. - Bailey não gosta da Shiv.

- Mas sei lá...olha, Sabina, eu não quero mais saber. Já cansei. Pensei que ele gostava de mim, cara. - Meus olhos se enchem d'água.

- Não, não, não chora. Vc tá sendo uma idiota, é claro que isso é só um mau entendido, confia em mim. - fico calada. - Confia em mim!

- Tá, tá, vamos pra aula.

- Vamos, né. - Da de ombros.

[...]

𝐏𝐎𝐕. 𝐁𝐀𝐈𝐋𝐄𝐘

Eu acabei percebendo que s/n estava meio pensativa no intervalo. Normalmente ela está rindo junto Sabina, ou simplesmente não para a boca de tanto conversar com a mesma. Mas hoje ela estava meio diferente, talvez estivesse triste com alguma coisa.

Mas do que ela poderia estar tão triste?

O pior era que eu sabia que sim, sabia que estava triste, mas não sabia o porquê e nem como poderia fazê-la mais feliz. Ontem mesmo estava tão alegre, mas agora não está mais.

Decido me levantar da cadeira onde estava sentado e ir até ela.

Quando me aproximo, percebo que a menina me olha, mas depois coloca sua vista direcionada para Sabina, então a mesma me encara séria.

- Bailey, podemos...podemos conversar? - A mexicana se levanta rapidamente da sua cadeira, não deixando que eu fale com s/n.

Fico confuso mas assinto.

- Não! Sabina, senta aqui comigo. - S/n pede, então minha irmã obedece.

- Gente, o que tá acontecendo? - Ambas ficam caladas. - S/n, vc tá...brava? Comigo?!

- Não é nada, Bailey. Não é nada. - Ela se levanta e sai andando com uma certa raiva.

Eu fiquei confuso, aliás eu tinha a impressão dela estar brava comigo.


Continua...

𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗼𝗳 𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱. Onde histórias criam vida. Descubra agora