❥ 07

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𝐏𝐎𝐕. 𝐒/𝐍

Estava no quarto de Sabina, já estava na hora dela sair. Ela tava tipo, muito nervosa.

- Vc tá muito nervosa, Saby. Vai da tudo certo. - Falo para acalma-la.

- É... - Fica calada. - Amiga, vc vai ficar aqui em casa, né?

- Eu não sei.

- O Bailey vai ficar sozinho aqui. O pai e a mãe saíram, e eu vou sair. Então...vc também iria ficar sozinha na sua casa, eu acho. - Da de ombros.

- Eu acho que vou ficar aqui mesmo.

- Isso, fique. - Escutamos uma buzina de carro. - Ah, tenho que ir. - Se levanta da cama. - Vai pra sala assistir alguma coisa, eu vou voltar bem cedo, então ainda vai da tempo da gente assistir um filme.

- Tá. Tchau. Divirta-se com seu namoradinho.

- Ele não é meu namoradinho. - Nega.

- Aham. - Debocho. - Agora vai.

- Tchau. - Me dá um abraço rápido.

- Tchau. - Aceno vendo-a já saindo do seu quarto.

Caminho até a sala, me sento no sofá e ligo a TV para assistir alguma coisa. Acho que vou colocar um filme.

O primeiro filme que acho já coloco para assistir. Era de terror.

Escuto passos dentro de casa, e eu já imaginava quem era, então me viro ainda sentada no sofá e avisto Bailey.

- Oi! - Sorrio e ele acena.

- Posso assistir com vc?

- Claro. - Me afasto um pouco, dando espaço para ele se sentar do meu lado.

- Obrigado. Que filme é esse?

- É de terror. Pra ser sincera nem olhei o nome. - Rio fraco.

- Vc tem medo desse tipo de filme?

- De alguns sim, mas a Sabina tem mais.

- Sim, verdade. A Sabina é muito medrosa.

- Sim! Demais. - Concordo com ele e rimos.

Ficamos em silêncio por uns segundinhos, até que o silêncio é quebrado por ele.

- Pego alguma coisa pra gente comer?

- Pode ser. Mas o quê?

- Tem sorvete. Quer? - Pergunta.

- Eu amo sorvete, claro.

- Tá, vou pegar. - Ele se levanta e caminha até a cozinha.

Fico o esperando sentada no sofá e assistindo o filme. Até que eu tava gostando daquele filme.

De repente sinto um vento em minhas costas e uma mão em meu ombro. Mesmo já sabendo que era, acabei me assustando.

- PORRA, BAILEY! - Grito.

- Calma. - Ele ri.

- Idiota! Eu quase morri!

- Tão dramática quanto minha irmã.

- Chato. Me dá o sorvete. - Pego o pote da sua mão, enquanto o mesmo fica me observando. - Que foi?

- Não vai me da um pouquinho não?

- Aff. Toma. - Coloco um certo tanto de sorvete na colher e a encaminho até sua boca. - Nossa, vc tá parecendo uma criança. - Debocho.

- E vc tá parecendo uma mãe.

- Engraçadinho.

Tento voltar a prestar mais atenção no filme e não ficar so conversando com o Bailey, mas sem querer minhas vista é direcionada pra ele.

Aquele garoto era lindo de todas as formas, era impossível não olhar para ele e se hipnotizar naqueles olhos castanhos.

Em um momento, percebo que ele me olha também, então eu desvio a vista para a televisão.

- O que foi? - Ele pergunta.

- O quê?

- Por que tava me olhando?

- Eu...eu não tava te olhando, Bailey. - Rio para disfarçar.

- Ah, tá. - Diz em um tom debochado e eu reviro os olhos disfarçadamente.

Parecia que eu não iria conseguir prestar atenção no filme com um deus grego do meu lado. Era impossível.

O olho de novo, os fios de cabelo dele estavam balançando por causa daquele vento, e isso o deixava tão lindo.

Ele assistia distraído e eu o observava. A sua risada ao ver algo engraçado no filme era algo satisfatório. O seu sorriso era de outro mundo.

Olho para seus fios de cabelo novamente e depois encaro seu sorriso e sua boca. Tudo naquele menino era tão perfeito.

Vejo que ele se ajeita um pouco mais no sofá e começa a tirar sua camisa. Na hora eu não sabia o que fazer.

- Tá quente aqui. - Reclama colocando sua camisa para o seu lado do sofá.

Meus olhos vão direto ao seu tanquinho, e...meu, que homem gostoso.

Tento parar e olhar para ele e voltar a assistir o filme, mas Bailey estava no meu pensamento.

O olho de volta e sinto borboletas na minha barriga, algo que nunca senti antes. E de repente, recebo um olhar dele, o que me deixa meio corada.

- E-eu vou no banheiro. - Tinha que inventar alguma coisa, não conseguia prestar atenção em mais nada, apenas nele.

- Tá bom. - Me levanto e vou caminhando até o banheiro.

Lá respiro um pouco, mas eu não sabia o que tava acontecendo comigo. Do nada olho para sua boca e tudo que penso é em o puxar para um beijo.

Quando ele tirou a camisa pude ver seu tanquinho, e pude ver que realmente aquele garoto era perfeito.

Senti borboletas em minha barriga e corei. Isso só acontece com quem está apaixonado.

Mas é que...eu não quero me iludir e nem nada do tipo. Eu já sofri por um relacionamento e não quero que acontessa novamente, além do mais porque ele tem cara de pegador.

Mas o que eu posso fazer? Negar meus sentimentos a mim mesma ou encarar meu medo de ser machucada?


Continua....

𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗼𝗳 𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱. Onde histórias criam vida. Descubra agora