CAPÍTULO XXIV

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A JORNADA TURBULENTA DE POPINJAY

Tulipa fechou a porta com suavidade atrás deles ao passarem para o corredor. Hudson estava nas proximidades, como de hábito, à espera de auxiliar Babá ou Tulipa.
– Hudson, por favor, desça e descanse – Tulipa disse. – Não há necessidade de você esperar aqui. Se Babá precisar de você, ela tocará a sineta. Faz dias que você está de pé. Vai acabar adoecendo. Por favor, faça o que eu digo, e cuide-se.
Hudson mostrou feições determinadas, mas estava aliviado com a permissão para descansar.
– Se não há nada que eu possa fazer por você, princesa, então farei exatamente isso.
– Obrigada, Hudson – Tulipa respondeu. – Quando descer, por favor, diga a Violeta que esperamos pelo chá às cinco no jardim. Estarei recebendo convidadas das Terras das Fadas.
– Sim, princesa – Hudson respondeu, e partiu para o interior do castelo onde os criados moravam e trabalhavam. Ocorreu a Tulipa que cada castelo era como um grande navio, e este tinha Hudson ao leme. Desejou que todo mundo em cada casa, nos muitos reinos, tivesse um Hudson no comando em tempos difíceis.
– Você está bem, Tulipa? – Popinjay estava com a mão no braço de Tulipa e lhe sorria. Sentia orgulho por ela o amar.
– Ficarei bem, meu amor. Prometo que conseguiremos lidar com isto. – Olhou para Popinjay por um instante demorado, observando-lhe os lindos olhos cinzentos, e suspirou. – Sabe que o amo, Popinjay – disse, e Popinjay corou. Tulipa desejou que o noivado deles não tivesse nascido naquela tempestade turbulenta, mas não havia nada que se pudesse fazer a respeito disso. Apenas estava feliz por Popinjay parecer mais do que disposto a enfrentar essa aventura, sem reclamar e sem se preocupar excessivamente com ela. Estava feliz por tê-lo ao seu lado, e Popinjay parecia feliz em estar ali.

Malévola: A Rainha do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora