Capítulo 4

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Membros selecionados da Ordem da Fênix estavam agora reunidos em Grimauld Place.

A notícia oficial que fora passada para o Profeta Diário era que o escolhido estava recebendo formação especial no exterior e fazia parte do processo não ter contato com absolutamente ninguém – nem mesmo os melhores amigos.

Ronald e Hermione estavam obviamente desconfiados, porque duvidavam que Harry simplesmente iria sair sem se despedir, e que iria ter a presença de espírito para não escrever para eles durante o tempo desse referido treinamento e Ron sabia que mesmo sendo um idiota, ele se desculpava e eventualmente Harry o perdoava. Eles sempre se correspondiam. Era praticamente um ritual.

Sentados à mesa grande da sala de reuniões em Grimauld Place, acontecia uma pequena reunião presidida por Alvo.

— Não! — Remus levantou-se em um rompante derrubando a cadeira atrás dele. — Harry não pode simplesmente desaparecer assim.

— Acalme-se lobo! — Severus exclamou. — Essas expressões de raiva não vão nos levar a lugar nenhum.

— E o que você, logo você Severus, poderia entender do meu desespero?! Você odeia Harry!

— Deixe de sentimentalismo barato. A forma como me sinto em relação ao moleque não está em pauta.

Antes que Remus pudesse fazer uma réplica, Alvo parou a discussão dos dois com um olhar duro feito aço.

— Agora, se as crianças já pararam de discutir bobagens inúteis, poderíamos continuar a reunião? — ele perguntou fazendo os dois magos maduros sentirem-se como se tivessem onze anos de idade novamente diante da bronca do Diretor.

Severus e Remus tiveram a decência de corar.

— O fato. — Alvo continuou — É que antes de sumir, Harry realizou uma magia poderosa. Sua varinha desapareceu e suas vestes permaneceram como se seu corpo tivesse se deslocado. Eu tenho certeza de que o que Harry fez está no cânone da magia de desejo, bruta, muitas vezes irreversíveis. A última magia de desejo realizada de forma tão poderosa a ser documentada foi por Salazar Sonserina.

— Ele estava noivo quando sua companheira foi contaminada com o vampirismo. É claro, assim como a licantropia, não existe cura conhecida para esse mal. Ela permanecia trancada em sua casa, impedida de sair por todos os feitiços de blindagem e contenção mais poderosos conhecidos por nós, bruxos. Mas Salazar a amava mais que tudo. Ele não podia suportar a ideia de ver o sofrimento de Ignis e em meio ao próprio tormento do seu sofrimento ele desejou que sua noiva fosse curada, para que eles pudessem ter uma vida normal.

— E, assim, aconteceu a primeira e única cura de vampirismo documentada na história do mundo bruxo. Não foi uma poção ou um feitiço, foi apenas o desejo mais profundo da alma de Salazar. Somente magos excepcionais alcançaram essa magnitude.

Alvo continuou usando um tom sério não costumeiro. — A única coisa efetiva que sabemos é que Sirius acordou liberto de uma maldição irremovível, Hermione, Neville e Ginevra foram subitamente curados e isso foi Harry, ou a magia de Harry agindo. Agora, conhecendo-o como o conhecemos, precisamos saber qual é o desejo mais profundo de Harry para que possamos começar as buscas.

Alastor avaliava todos os pontos da história de maneira profissional.

— E se o que Potter mais desejava naquele momento era morrer, Alvo? — ele perguntou o que nenhum outro presente teria coragem.

Severus interrompeu o pensamento mórbido.

— Não, Alastor. Duvido que a magia de desejo aja dessa forma. Esse tipo de magia que Potter exibiu era completamente branca. Era uma magia de vida e amor. — ele torceu os lábios para a palavra estrangeira. — Potter deve ter desejado para si algo que o permita viver feliz. — virando-se para o lobo, Severus perguntou — O que aquele grifinório cabeça oca deseja mais do que tudo, Lupin?

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