Sinopse
Harry precisava ser cuidado. Harry precisava escapar. Como uma árvore a cada mudança de estação ele receberá novas folhas e novas flores na infinita benção do recomeço.
Notas da história
Aviso legal
Alguns dos personagens encontrados nesta h...
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Sirius Black miraculosamente chegou a termos quase amigáveis – fora os xingamentos naturais com Severus – e ambos agora eram colegas de profissão em Hogwarts.
Remus e Sirius compartilhavam o cargo de DCAT, Black com os anos iniciais e Lupin com os restantes e o fato do corpo de professores de Hogwarts estar inchado desse jeito não era mera coincidência. As proteções do Castelo foram potencialmente reforçadas com a presença de mais bruxos poderosos vivendo em seu interior.
Cada professor havia doado um pouco de sua magia para proteger o lugar que agora era realmente uma fortaleza impenetrável. Esse era mais um dos motivos pelos quais os pais continuaram deixando suas crianças voltarem para o Castelo. Eles estavam infinitamente mais seguros nas paredes de pedra do que em suas próprias casas.
(***)
As reuniões da Ordem em Grimauld Place para discutir estratégias eram sempre regadas a chás e contradições.
Ter quatro estrategistas brilhantes que nem sempre concordavam com os cursos de ação escolhido poderia ser realmente estressante.
Ronald Weasley tinha ótimas estratégias, mas ainda era imaturo, embora fosse realmente promissor. O homem ainda se remoía pela culpa. Seu melhor amigo sumiu e suas últimas palavras para ele havia sido de ódio e ressentimento por algo que Potter nem era sequer realmente culpado.
Alastor Moody não levava em conta as perdas se o objetivo fosse cumprido. Ele também não tinha nada contra exterminar da face da terra os malditos Comensais. Dumbledore sempre objetava. Ele era ferrenhamente irredutível contra a morte descontrolada dos Comensais, principalmente porque muitos dos novos Comensais foram forçados a seguir esse caminho. Muitos tiveram a marca imposta a si, assim como Severus. Talvez aí estivesse a chave para finalizar tudo. Voldemort, durante a primeira guerra, era seguido por seu carisma e a maioria dos seus seguidores eram verdadeiramente fiéis, mas o Voldemort que voltou renascido do sangue de Harry era insano e não hesitava em jorrar sua fúria e frustrações em seus servos. Era uma questão de tempo – Dumbledore sabia – para ele conseguir mais aliados.
Alguns já eram notáveis espiões como os Malfoys. Se havia uma coisa a qual os Malfoys eram mais apegados que ao status, era à família e Voldemort ameaçava a continuação da prole Malfoy.
Severus entendia e apoiava – nesse caso especificamente – as ideias de ser contra o uso de magias mortais contra os novos Comensais. Pelos céus, eram apenas crianças. Muitos deles eram suas cobras. Muitos tiveram aquele destino imputado a eles. Tantos rostos que ele vira se modificar ao longo dos anos saindo da inocência pura da infância e chegando a juventude maculada pela devassidão de Voldemort. A obrigatoriedade em seguir os passos de seus pais era o único caminho a seguir, sendo que a outra opção para não obter a marca era uma fuga extremamente bem sucedida ou a morte.
(***)
Era fim de tarde em Grimauld Place.
A chuva caía em torrentes grossas do lado de fora. Era como se a natureza pressentisse e protestasse contra todo o mal que Lorde das Trevas estava derramando sobre aquela terra.
Os desaparecimentos de bruxos meio sangue e nascidos trouxas estava cada vez maior. Os ataques às instalações trouxas eram cruéis e Voldemort não levava em consideração se eram crianças, velhos ou mulheres. Orfanatos, asilos e hospitais eram alvos comuns de sua fúria maléfica. Ele sentia prazer em torturar e matar. Essa era a sua loucura em busca da dominação. Esse era o seu maior objetivo e ele estava muito feliz em pisar na pilha de corpos que ele deixava como degrau ao longo do caminho.
O grupo seleto que recebeu o feitiço de localização estavam reunidos na Mansão Black novamente. O retrato de Walburga estava devidamente coberto por um pano negro. O maldito quadro fazia questão de gritar a plenos pulmões sempre que Hermione pisava os pés no corredor. Ronald e Hermione também receberam o feitiço localizador depois que se formaram e adentraram corretamente a Ordem como participantes ativos e valiosos na luta contra o Lorde das Trevas.
Sirius conseguiu mudar algumas coisas na casa sombria, no entanto.
As cabeças dos elfos domésticos não estavam mais penduradas, assim como as paredes foram clareadas numa tentativa de trazer luz ao ambiente. Sirius trouxe coisas trouxas para a residência na esperança de que Harry gostasse quando ele retornasse. Seu afilhado, agora com dezoito era um homem formado. Mas eles não entendiam como ele tinha conseguido desaparecer durante tanto tempo sem deixar o mínimo rastro mágico. Nada em seus registros trouxas dava a dica de onde ele poderia estar. A sua magia também não fora utilizada durante todo aquele tempo, o que de fato era preocupante.
Após todos terem seus chás servidos, todos eles encaravam Alvo com certa apreensão. O rosto de Alvo evidenciava todos os seus cento e tantos anos, a preocupação firmemente exposta em cada linha de expressão, o medo por trás das íris azuis.
— Voldemort atacou uma creche hoje. — ele falou, a voz em um sussurro. — Não houve sobreviventes. A notícia está correndo no mundo todo como vazamento de gás após o prédio explodir. O que me deixou realmente intrigado é que segundo os nossos informantes, Voldemort estava especificamente atrás de uma criança-
Antes sequer de completar a sua fala, um apito suave foi ouvido pelos bruxos presentes deixando-os fora de foco por um instante. Ao mesmo tempo um pergaminho apareceu na frente deles com a localização de Harry Potter.
Sem dar um segundo pensamento, os bruxos aparataram com uma urgência quase maníaca para o local especificado no pergaminho mágico. Talvez o sol voltasse a brilhar então.