You're my medicine

Capítulo 32

N/A (girldivisionn): Gente, estou deixando aqui uma nota para avisa-los que os últimos dois capítulos serão escritos por mim (Pâm). Possivelmente, em algum momento, um final alternativo escrito pela Kitty (kittykatmustdie) pode ser postado no Spirit, então fiquem de olho por lá. Por aqui será a minha versão e eu torço realmente para que gostem!

Espero que desfrutem do penúltimo capítulo e que perdoem a demora <3

— Pâm :)

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1 para o fim

Pov Frank

A minha rotina matinal nunca havia sido tão agitada.

Desde o momento em que abri os olhos após uma noite incrivelmente mal dormida, graças àquela ansiedade tomando conta de cada célula do meu corpo, eu sequer parei para respirar.

Era finalmente o dia em que Gerard sairia de uma vida para entrar em outra, completamente livre. Livre da clínica, livre das drogas, livre da sua mãe desprezível e livre da sua vida enfadonha. Nos dois seríamos livres juntos, no nosso novo lar, com a nossa nova rotina. Finalmente tudo teria um novo começo e eu não poderia estar mais nervoso.

Durante todo o percurso do meu apartamento até a clínica, minha mãe se mostrou tão animada quanto eu. Ainda era inacreditável como eu e ela nos dávamos bem, e como infelizmente deixamos tantos anos escorrer por entre os dedos para só então nos dar conta. No fim, estávamos conscientes de que o afastamento que sofremos a vida toda, não era nossa culpa, e sentíamos paz pelas coisas entre nós finalmente terem melhorado.

Quando o carro se aproximou do grande centro de reabilitação e então estacionou, eu desci feito louco, avistando de primeiro momento Gerard parado na área externa da clínica, acompanhado de Linda e todas as suas bagagens, esperando por mim.

Esperando por mim! O quão irreal isso não soaria se dito em voz alta?

Suspirando fundo, corri até o portão já aberto, como se minha vida dependesse disso. Gerard fez o mesmo, indo de encontro comigo. Atravessei aquela entrada tão rápido, que se alguém pretendesse tentar me deter, já haveria falhado de maneira miserável.

E finalmente nossos corpos se alçaram, colidindo-se um no outro. Gerard rodeou o meu pescoço com os braços, abraçando-me tão forte que era como se tivesse medo que eu fosse escapar. Sentindo os olhos pesarem e arderem de felicidade, rodeei a sua cintura, aproximando-nos ainda mais naquele abraço tão cheio de saudade, de alegria e expectativas. Tão cheio de amor, puro e sentimental.

– Frankie... – Ele sussurrou com a voz quebrada, prestes a explodir em lágrimas. – Eu mal posso acreditar que finalmente chegou a hora.

– Chegou, amor. Nós vamos para a nossa casa. – Levei o lábio contra para acrescentar a ultima e melhor parte. – Juntos. – sussurrei ao pé do seu ouvido com a boca cheia de orgulho.

O abraço saudosista durou mais algum tempo até Gerard finalmente me soltar e então fitar o meu rosto. Seus olhos tinham um tom esmeralda e estavam úmidos, e suas bochechas e o topo do nariz, coloridos de vermelho pelo choro. Ele estava lindo, angelical e tão radiante que era quase como se sua aura fosse a iluminação do dia.

Segurei-lhe pelas bochechas, unindo nossos lábios em um beijo estalado e muito breve. Apenas um selar amável.
Gerard sorriu singelo, e então eu peguei uma de suas mochilas, encaixando-a em meu ombro. Após, estendi-lhe uma mão e ele a agarrou impensadamente, apertando-a contra sua palma.