{Chapter 4} 🤩

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Meu nome é Ryan Beaumont. Mas eu gosto que me chamem de Rye. Me mudei para esta cidade depois que meus pais se divorciaram e se tornaram insuportáveis. Então, me mudei para cá, a faculdade daqui é boa e tenho um trabalho em uma loja de jogos para crianças.

Meu vizinho é estranho. Um homem de meia idade, parece que mora sozinho e quase todas as noites ouço sons de gemidos ou coisas quebrando. Mas é claro que não me envolvo, estou aqui a um pouco mais de duas semanas e a única coisa que me chamou a atenção foi uma pessoa.

Pov Andy

Rye, aquele garoto novo, pegou uma mania irritante de me encarar e quem me conhece sabe o quanto odeio isso. O que era?

Estávamos no refeitório, eu, meus amigos, Harvey e Rye, conversando. Eu não me lembro quando foi que Harvey e Rye se aproximaram tanto de nós, mesmo que Harvey seja primo do Brooklyn.

Eu já mencionei que Rye está sentado ao meu lado? Pois é. E está me irritando, ele fica balançando a perna dele que fica tocando a minha.

- Será que dá pra parar? - falei olhando para ele, o mesmo estava distraído e quando olhou para mim, me senti pequeno, me senti... estranho.

- Desculpe, loirinho.

"Loirinho"?

- Você tá legal? - ele perguntou e engoli seco.

- A única pessoa que me chamava de loirinho era minha mãe.

- Ela é legal?

- Ela... tá morta - os olhos dele se tornaram triste.

- Foi mal - ele parecia ter dificuldade para se expressar, conheço esse tipo, por isso as vezes podia parecer arrogante.

- Aí galera - Brooklyn subiu no banco para chamar nossa atenção. - Vamos para o lago hoje!

- Por que você tá gritando, primo? - perguntou Harvey.

- Por quê eu posso! - ele gritou inclinado em direção a Harvey.

- Muleque, desse daí! - disse a espetora, aparecendo inesperadamente para Brooklyn.

[...]

Enfim, estamos no lago. Todos os meninos eram magrelos ou um pouco malhados, eu tinha mais... corpo.

- Não vai entrar? - uma voz suave adentrou meus ouvidos e causou calafrios no meu corpo. Me virei e vi uma criatura toda esculturada pelas mãos mais delicadas da face da terra. Porra Rye...

- Eu... - ele se aproximou me olhando firmamente e não sei porque gostei. - Não sei - ele sorriu.

- Bom, eu vou - ele estava sem a camisa, e era todo definido, mas sem exageros. Ele ficou em pé sobre uma pedra e depois olhou para mim de novo. - Tire a camisa.

O quê!? Fiz imediatamente! Atendi como um comando. Ele franziu as sobrancelhas e cruzei os braços um pouco envergonhado e desviei o olhar. Olhei de novo para ele e o mesmo estava com uma mordida travada nos lábios inferiores, olhando para mim.

Me senti nu.

- Vamos - falei indo ao lado dele e o empurrei. Rye caiu na água e foi engraçado.

- Vem! Agora você loirinho! - ele me chamou daquilo de novo. - Foi mal. Se quiser não te chamo assim.

Sorri e pulei na água. Estava fria. Os meninos estavam brincando de guerra. Rye se aproximou, seus olhos castanhos estavam avermelhados por causa da água e sua franja toda bagunçada pelo rosto.

- Você usa lentes? - ele perguntou.

- Não - respondi obviamente. Que idéia era aquela? Sorri corado. Senti algo se entrelaçando com as minhas pernas e me assustei, olhei para ele e o mesmo estava com um sorriso travesso. Sorri também.

Alguém Que Me AmeOnde histórias criam vida. Descubra agora