O12. late again.

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Eu não sabia realmente o porquê de estar comovido com essa morte inesperada, já que infelizmente, eu sabia que a mais velha não faria falta alguma.

Não queria perdê-la, assim como qualquer filho. Mas me irritava o fato de a mesma ter partido sem sequer se desculpar pelo estrago que fez comigo e Chris.

Queria que antes de partir, ela mudasse. Talvez seja esse o motivo de estar agora intacto, parado no meio do corredor sem expressão nenhuma enquanto tentava engolir a notícia dada.

     Me apoiei em Chan por um segundo, já que senti uma tontura repentina. Fechei um pouco os olhos á fim de cessar a sensação, e acabei cambaleando para trás.

— Tudo bem, solzinho? — o mais velho me encarou confuso.

— Acho que s...

*•.¸𝐁𝐘𝐔𝐍𝐆 𝐁𝐀𝐍𝐆 𝐂𝐇𝐀𝐍 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*

— Droga! — exclamei assim que Felix caiu em meus braços desacordado.

    Eu apenas segurei o menor enquanto encarava-o pensando no que fazer. Não demorei tanto para ajeitá-lo em meus braços e nos direcionar até a enfermeira mais próxima, relatando o que houve.

      Por sorte, fomos atendidos rapidamente. A mulher trajada de paletó branco deitou o ruivo em uma maca e nos levou até a sala do médico para descobrir o motivo do desmaio.

      Enquanto estávamos à caminho da sala, meu celular começou á tocar, mostrando na tela um número que não estava salvo na lista de contatos.

— Alô? — atendi impaciente.

Chris, tudo bem por aí? — reconheci a voz doce em questão de milésimos.

— Ah, oi, Mi. — eu suspirei, abrindo um sorriso fraco assim que chegamos à sala — Depende do significado de "bem" pra você; eu não diria que está tudo.

O que aconteceu? — perguntou solene, parecendo ter entrado em algum lugar populoso já que pude ouvir o falatório alheio.

— Está ocupada agora?

Não mesmo. — ela respondeu imediatamente.

— Bom, o Felix desmaiou e...

qUÊ? — a garota praticamente gritou.

     Eu apenas respirei fundo, fechando os olhos por breves segundos e me arrependendo de ter contado.

— Estamos no hospital que fica uma rua á baixo do seu condomínio. — informei-a, assistindo a enfermeira colocar o soro em Felix.

Já estou á caminho.

— Não se apresse, não quero te preocupar.

     A última frase foi ouvida pela morena, mas não tenho tanta certeza de que ela cumpriria o dito.

     Logo guardei meu celular no bolso, e me relaxei na poltrona ao lado da maca de Felix, aproveitando para encarar o garoto que respirava e inspirava calmamente.

— Ah, me perdoa, pequeno... — eu respirei fundo, relaxando minha mão no rosto do mesmo — Queria poder segurar todo esse fardo sem te preocupar mas... — minha garganta amarrou, sentindo que meu choro viria em breve — Mas é tão pesado, Lix...

     Uma lágrima pairou em meu rosto, e a enfermeira que se encontrava ao lado do soro, checando se estava tudo certo, decidiu deixar a sala.

— Você é muito forte, hm? — abri um pequeno sorriso — Obrigada por aguentar tudo isso comigo, solzinho. Em outra vida, prometo que serei um hyung melhor. Não te farei chorar e nem duvidar do seu valor, seremos felizes em algum outro país e sorriremos tanto que ficaremos com dor no maxilar, o que acha? — soltei uma risada fraquinha, acarinhando o rosto macio do sardento.

𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.Onde histórias criam vida. Descubra agora