O16. for us.

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*•.¸𝐘𝐀𝐍𝐆 𝐌𝐈 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*   

— Argh, quando vou receber alta? — eu resmunguei enquanto comia alguns cereais que o hospital oferecia.

— Só faz algumas horas que chegamos aqui, Mi. — o maior riu e eu apenas bufei com insatisfação.

Enquanto eu resmungava baixo, o Lee apenas ria da cena, parecendo não prestar muita atenção já que seus olhos estavam vidrados em suas mãos, que desciam e subiam calmamente sobre meu cabelo, acarinhando-o.

Aproveitei a distração do garoto para encará-lo brevemente, afinal, cada detalhe em seu rosto me fascinava. Ele parecia mais exausto que o normal e suas olheiras estavam pouco visíveis mais ainda sim perceptíveis.

Não queria ter de fazê-lo se preocupar comigo aqui no hospital, mas eu não podia impedi-lo — eu provavelmente enlouqueceria nesse quarto gélido sem ele.

Os olhos castanhos do ruivo que antes focavam em meus fios de cabelo, agora direcionaram-se lentamente até os meus, que encaravam-no com ternura. O garoto abriu um pequeno sorriso sem jeito e juntou seu rosto ao meu, me encarando por alguns segundos e em seguida deixando um abreviado selar em meus lábios, logo voltando à olhar em meus olhos.

— Porque me encara, Srta. Yang? — ele perguntou ainda próximo ao meu rosto, enquanto acarinhava meu maxilar como sua mania habitual.

— Você parece cansado. — eu respirei fundo entre as palavras.

— Estou sempre cansado, baby. — soltou uma risada nasal — Nunca de você, óbvio, mas a vida normalmente é cansativa.

— Você só se acostumou com isso, Lix. Não deveria. — eu reprimi meus lábios, dizendo em tom desanimado.

Antes que um clima sinistro tomasse conta do ambiente, o médico adentra novamente a sala, mas dessa vez, com uma expressão preocupante em rosto.

— Sr. Lee, poderia falar com você novamente por um segundo? — ele pergunta com rapidez.

     YongBok olhou em meus olhos com um semblante confuso e ao mesmo tempo curioso.

— Bom, claro. — ele se levantou da maca onde estava comigo.

O maior saiu do pequeno quarto junto ao homem de jaleco branco e eu apenas voltei á fechar os olhos, afim de descansá-los.

*•.¸𝐋𝐄𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐗 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*  

  — Descobrimos algo terrível. — o doutor disse assim que saímos do quarto.

Eu apenas continuei encarando-o esboçando minha curiosidade, mas ainda assim preocupado com o que viria pela frente.

— Fizemos a radiografia para checar como estavam os ossos da paciente depois da queda, e por sorte eles estão em perfeita condição.

— Oras, isso é ótimo. — eu sorri largamente — O que há de errado então?

— Bom, fomos um pouco á fundo nos exames e... — o mais velho me olhava com piedade, e deu uma pausa rápida para baixar a cabeça.

— O-o que houve? — meus olhos piscaram algumas vezes, demonstrando minha preocupação.

— Recomendo que não conte para ela ainda, é melhor esperar que se recupere. — ele deu continuidade, em tom misericordioso — Afinal, não é algo fácil de se ouvir.

*•.¸𝐘𝐀𝐍𝐆 𝐌𝐈 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*

Eu estava deitada na cama tentando ouvir a conversa de Felix com o médico, porém era praticamente impossível graças à tamanha poluição sonora do hospital.

𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.Onde histórias criam vida. Descubra agora