OO5. isn't she pretty?

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— Saquei. — ele disse em tom perverso, virando o copo de suco em sua boca, que pouco antes era meu.

— Sacou o quê?

— Está apaixonada. — ele disse achando graça.

— Por quem? — perguntei, como se fosse possível perguntar para alguém por quem eu mesma estava apaixonada.

— Não precisa fingir, Yang — o ruivo apalpou minhas costas brevemente.

— Eu realmente não sei do que está falando — soltei um riso abafado e confuso.

— Você acabou de se declarar, Yang Mi. — ele disse em tom solene.

     Assim que a frase foi captada até meus ouvidos, comecei a rir histericamente, quase perdendo todo o fôlego que me restava enquanto batia em minhas pernas e minhas bochechas esquentavam.

— Qual a graça, bobona?

— Eu quis dizer que você me deixa feliz! Não confunde as coisas. — eu expliquei, respirando fundo pra me recompor.

— Ah. — ele coçou a nuca — Bem, fico aliviado. Mas porque se desesperou tanto e suas bochechas avermelharam desse jeito? Dá pra pensar que eu bati aí umas três vezes e ainda belisquei.

— Oh, sim. Porque corei? — me perguntei olhando para ele, que apenas me encarou de volta.

— Oras, que seja. — ele deu de ombros — Se for um tantinho esperta não irá se apaixonar por mim.

— Hm? — olhei pro seu rosto, confusa.

— Ahn, bem, sou meio problemático. — ele se embaralhou.

     Assim, um breve silêncio se instalou. Eu encarei o Lee, afim de saber o que quis dizer com aquilo. Com a insistência de olhar, o garoto pareceu nervoso, batendo o pé frenética e silenciosamente no chão, enquanto sobrepôs dois dedos de sua mão sobre a boca.

     Com a ação feita, rapidamente analisei a posição de seus dedos sobre os lábios, o que me deixou curiosa.

— Lix, costuma fumar cigarro? — perguntei como quem não queria nada, arqueando as sobrancelhas.

— Ah, ás vezes. — ele disse confuso, enquanto eu encarava severamente suas mãos pequenas sobre a boca — Porque a pergun-  Ya, dá pra parar com isso? — ele escondeu as mãos em sua calça jeans.

— Oh, meu Deus, como mão fofinhas assim podem segurar um cigarro? — eu perguntei com um biquinho, tirando sua mão do bolso e apertando seus dedos macios.

— Yang Mi! — ele exclamou envergonhado, puxando suas mãos pra si.

— Está bem, me perdoa. — me contive — O que você dizia sobre ser problemático? — perguntei voltando ao assunto anterior.

— Ah, bem, não sei se me aguentaria por tanto tempo, entende? Costumo ter crises e tentar me... — seu celular começou á tocar em seu bolso, atrapalhando sua fala. — Ah,um minutinho. — fez sinal de pausa com a mão e atendeu seu celular. — Ah... está bem... Já estou indo.

— Seu irmão? — perguntei.

— Sim, ele está lá embaixo me esperando. — disse simples e eu olhei pro mesmo confusa.

— O quê?

— Ah, não. Eu não passei o endereço. — se explicou — Ele tem minha localização no celular. É um pouco 'mamãe coruja' quando se trata de mim. — deu uma risada nasal.

— Ah, entendo. — ri junto — Eu amei comer kimchi com você hoje, sunshine. — sorri me levantando da mesa — Vamos marcar mais vezes.

— Combinado. — ele afirmou — Ah, se sentir vontade de chorar á noite, ou vontades estranhas como a de não estar mais aqui... Me liga. Você sabe que pode contar comigo. — ele disse sério, e eu fiz uma expressão receosa, não dando tanta firmeza — Mesmo que tenha me conhecido só á algumas horas atrás. — disse e nós rimos — Por favor, me liga. Seja que horas for, beleza? — estendeu seu mindinho como promessa e eu selei nossos dedos.

𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.Onde histórias criam vida. Descubra agora