O14. damn, damn, damn!

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Não muito depois, eu e HyunJin chegamos ao quarto onde se encontravam os irmãos, e agradeci que a porta do cômodo estava aberta, ao contrário, HyunJin teria escancarado-a novamente.

— Estávamos certos. — ele proferiu em tom rígido — A Jang-Hee está viva e ele pediu para os médicos forjarem a morte. Bom, "pediu" daquele jeito. — ironizou.

— Não acredito que ele chegou à esse nível. — Chris disse abismado.

— Eu só queria saber o porquê — comentei com curiosidade — Por que ele forjaria a morte dela, e o que quer com isso, afinal de contas?

— Isso é verdade. — HyunJin comentou em tom pensativo.

— Não tem nada de verdade nisso, está tudo embolado e a gente não pode fazer nada. — Felix murmurou com aborrecimento.

— Bem, a gente pode relatar pra polícia e deixar com eles. — Chris atalhou.

— Mas não podemos sair do hospital e deixar ela sozinha, e se ele fugir com ela ou tentar fazer coisa pior? — sugeriu Felix, sendo pessimista.

     Seu pensamento negativo correu pelos ares do pequeno quarto, instalando um silêncio breve e momentâneo para que todos ali pensassem em soluções.

— Oh, eu tenho um amigo hacker. — Hwang comenta, aleatoriamente, fazendo todos os presentes encará-lo com dúvida.

— Certo, e daí? — Lee perguntou.

— Bem, ele poderia hackear as câmeras do hospital para ficarmos de olho na sua mãe. — o moreno sugeriu como se fosse óbvio.

— Woah, boa ideia.

     HyunJin não hesitou em pegar seu celular para comunicar o tal amigo, enquanto isso Chris foi até o médico mais próximo relatar que já se sentiam melhor, e que poderiam receber alta.

[...]

     Depois de sairmos do hospital, HyunJin e Chris foram para meu apartamento — o que aparentemente, viraria rotina — Enquanto eu e Felix andávamos sem rumo pelos arredores. Ainda estávamos um tanto atordoados com o que acontecia recentemente, por isso, eu sabia que ficar um tempo ao ar livre era uma boa distração para a mente.

     Podíamos não estar fazendo nada de especial, mas só o sorriso bobo e as bochechas coradas de Felix já faziam o pequeno passeio ser memorável.

— Ah, Mi. — Felix me chamou, como se houvesse lembrado de algo — Sonhei com seu pai esses dias.

— Oh, sério? — a mesma me olhou com surpresa.

— Bom, inicialmente, eu não sabia que era ele. — ele murmurou, com um riso nasal — Lembro que ele me dizia coisas que no momento não faziam sentido algum, mas estranhamente, elas me acalmavam tanto...

— Hmm, e o que ele disse? — perguntei casualmente, com um sorriso pequeno nos lábios.

— Ele me abraçava forte e me dizia coisas como "precisa cuidar dela". — o ruivo olhou em meus olhos por um instante, e encarou-os com simplicidade — A calma que ele me trouxe, as coisas que dizia, me fizeram pensar o quanto sou sortudo por tê-la comigo, baby.

     Eu sorri largamente, e deixei o garoto depositar um selar breve em meus lábios, logo em seguida abrindo um sorriso desajeitado.

— Bom, mas tenho medo de que ele tenha se arrependido. — o ruivo murmurou baixo.

— Aposto que não, Lix.

— Eu só tenho trago problemas e mais problemas pra você, Mi. Pediu que eu a fizesse sorrir mas na maior parte do tempo te faço chorar. — Lee mudou de humor drasticamente, começando á ficar cabisbaixo.

𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.Onde histórias criam vida. Descubra agora