𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.

O15. son of a...

*•.¸𝐋𝐄𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐗 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*

Mi continuava dormindo tranquilamente, enquanto eu encarava-a com a cabeça deitada na maca, segurando sua mão sutilmente e acariciando a mesma vez ou outra.

O médico havia dito que Mi teve sorte, já que a pedra que encurralou-a bateu alguns centímetros perto do pescoço, o que fez a garota apenas desmaiar com o impacto. Porém, por conta da queda em alta velocidade, a morena estava um tanto machucada — algo que o médico disse que curaria com o tempo.

De repente, enquanto eu encarava o rosto pálido da Yang e assistia sua respiração subir e descer, uma lágrima singela caiu de seus olhos em um ato silencioso. Eu apenas permaneci quieto, sem reação alguma enquanto encarava a pequena gota d'água pairar pelo rosto da mesma, e me perguntar o que magoava-a já que estava descansando.

E assim, aos poucos, o que eram duas lágrimas viraram três, quatro, cinco até que inesperadamente a Yang acorda em um pulo, com um semblante assustado se sentando na cama em um ato brusco.

Sua respiração estava descontrolada, e lágrimas salgadas cobriam seu rosto. Seus olhos assustados e confusos agora passaram o olhar ao redor do local, em seguida desencadeando um choro alto e desesperado vindo da mesma.

Eu não sabia o que havia acontecido, afinal o choro alto da garota que ecoava pelo quarto de alguma forma me amedrontava.

— Mi, o que houv... — eu havia segurado seu rosto com delicadeza, mas assim que nossos olhos se encontraram eu fui aleatoriamente interrompido por mim mesmo.

Ela me encarou por alguns segundos breves, enquanto seu choro continuava fazendo eco no lugar e sua face se avermelhando, porém enquanto me encarava eu pude sentir seu medo e sua agonia.

Seu olhar demonstrava com clareza seu pânico e desespero. A Yang chorava em alto e bom som quando seus olhos se juntaram ao meus e me olharam como se fosse a última vez.

— M-Mi? — eu toquei calmamente seu rosto, encarando-a com preocupação.

A morena simplesmente me abraçou forte enquanto chorava à plenos pulmões, encaixando seu corpo ao meu em um ato desesperado. A tristeza repentina da garota de certa forma me intrigava, já que ela não parecia assustada por ter caído de um penhasco, mas sim, por ter caído do céu.

Decidi permanecer quieto e abraçá-la até que sua insegurança passasse, acarinhando seus fios de cabelos sedosos calmamente e falando para a mesma que ficaria tudo bem.

Depois de um tempo, seu choro havia cessado um pouco, e a menor se distanciou um pouco de mim, assim, segurando meu rosto em suas mãos. A Yang encarou cada canto de meu rosto por alguns segundos, mostrando-me seus olhos encharcados e seu nariz avermelhado, seguido de seus soluços que estavam cessando aos poucos.

Em seguida, a mais nova, imprevisivelmente, juntou nossas testas e pousou sua mão em minha nuca, acarinhando calmamente os fios de meu cabelo que estavam ali próximos.

A mesma foi lentamente juntando mais nossos rostos, até que nossos lábios pudessem se encontrar. Através do beijo calmo, pude sentir sua angústia e temor — parecia sentir saudade, como se tivesse me perdido por um tempo e em seguida me tido novamente em seus braços.

Apenas movi meus lábios em ritmo aos dela, á fim de mudar o sentimento estranho e pesado do beijo. Eu sentia pelos seus lábios tensos como a garota estava amedrontada, mas simplesmente não entendia o porquê.

Sutilmente, passei minha mão por seu maxilar e mantive apoio ali, puxando a morena mais pra mim e sentindo seus lábios tensos se relaxarem de acordo. Por fim, deixei um selar demorado em seus lábios e nos separei delicadamente, fixando por vez nos olhos da garota, enquanto nossas testas se mantinham juntas.