Depois de ter chegado em outro ponto de ônibus, logo subi em um com partida para o meu bairro. Assim que me aconcheguei no estofado do transporte, meu celular vibrou em meu bolso, mostrando no visor o contato do Hwang.
— E aí, Lixie. Tudo bem? — perguntou simples por trás da linha.
— Tudo sim. — respondi com entusiasmo, encarando o trânsito lá fora.
HyunJin costumava me ligar em horas aleatórias para saber como eu estava, isso se tornou cotidiano já que ele é o único a saber sobre minhas crises de pânico e ansiedade.
— Ah que bom. — pareceu sorrir brevemente — E essa voz feliz? Te deram maconha de graça?
— Haha, quem dera. — rolei as pupilas pelo olho, com um sorriso sarcástico.
— Hm, sei bem. — ele riu nasaladamente — Nem maconha te faz sorrir igual ela faz.
Eu apenas fiquei quieto, assistindo minhas bochechas esquentarem e um sorriso tímido se alargar lentamente em meu rosto.
— Eu sei que tô certo, pode poupar voz.
— Ok, agradeço. — ri.
— E por onde você tá? — ele perguntou, tinha dessas também.
— Passando pelo Rio Han. — eu disse simples, encarando o rio através do vidro.
— O QUÊ? FELIX, CARALHO! — ele pareceu ter levantado do sofá onde pouco antes estava relaxado, e se preparado pra correr.
— De ônibus, HyunJin! Estou voltando pra casa. — eu disse rindo de seu desespero e ele soltou um suspiro de alívio.
— Ah, sim. — disse calmo dessa vez — Então está tudo bem. Posso desligar?
— Pode, pode.
— Beleza, a gente se fala depois. — ele se despediu, logo encerrando a chamada.
Eu descansei o celular sobre minhas pernas e me apoiei na janela do ônibus, assistindo os carros passarem velozmente, pessoas indo e vindo de lá pra cá e a rotina de todos os outros ao redor.
Perdido em meus pensamentos, torci para que Mi conseguisse passar nessa prova com a melhor nota possível. Afinal, ela merecia por ser tão esforçada, e principalmente pelo que estava passando esses dias.
Fui interrompido quando meu celular voltou á tocar em cima de minhas pernas.
— Oi, hyung. — atendi a chamada, vendo que se tratava de Chan.
— Lix... — ele me chamou com a voz trêmula, parecia estar chorando.
— Hyung? — me preocupei — O que houve? Está tudo bem? — questionei-o rapidamente.
— Solzinho, vem pra casa. — ele disse com a voz falha, vagamente.
— Byung, dá pra me dizer o que tá acontecendo? — eu perguntei impaciente.
O loiro suspirou através da linha.
— Ele bateu na mamãe de novo. — disse em um tom exausto — Dessa vez foi mais sério.
— 'Sério' como? — perguntei descendo as escadas do ônibus.
— Ele esfaqueou ela, Lix. — ele disse baixo, entre um suspiro fundo.
Meus passos pararam na hora e meus olhos se arregalaram por um momento. Achei que tivesse ouvido errado, mas eu realmente não duvidava nem um pouco do que Jong-Kyun era possível.

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𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.
Romance.⠀ (⠀ 𝓞𝗇𝖽𝖾 𝗈 𝗌𝗈𝗅 ⠀) 𖡎 ˚ ִֶָ 𝗀𝖺𝗌𝗍𝖺𝗏𝖺 𝗉𝗈𝗎𝖼𝗈 𝖽𝖾 𝗌𝗎𝖺 𝗅𝗎𝗓 𝗍𝗈𝖽𝗈 𝖽𝗂𝖺 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐢𝐥𝐮𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐦𝐚𝐝𝐚 𝐥𝐮𝐚; 𝐘𝐀𝐍𝐆 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐑𝐑𝐈𝐍𝐃𝐎, 𝗃𝖺́ 𝖿𝖾𝗅𝗂𝗑 𝗆𝖺𝗅 𝗌𝖺𝖻𝗂𝖺 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗋...