O17. so silly...

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*•.¸𝐋𝐄𝐄 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐗 𝐏.𝐎.𝐕'𝐒¸.•*

— Mi, devíamos ir no médico fazer um check-up, não acha? — eu perguntei como quem não queria nada, enquanto terminávamos de tomar o sorvete — A sua queda foi feia, então é melh-

— Porque insiste em me levar no médico toda semana? Eu já estou bem, Lix. — ela deu de ombros, em tom simples.

A garota voltou à tomar seu sorvete de flocos tranquilamente, até que parou por um segundo, como se um pensamento indesejado tivesse invadido sua mente. Direcionou seu olhar ao meu e me encarou desapontada brevemente.

— É a doença, não é? — ela perguntou em tom baixo, encarando a casquinha de sorvete.

Eu não tinha o que fazer à não ser assentir, pensava que aos poucos ela iria se acostumando com isso, e eu conseguiria cuidar de tudo sozinho antes que se agravasse.

— Por que não me fala qual é, Felix? — a Yang perguntou em tom insistente — Vamos, não deve ser tão sério assim.

Bem, na verdade, é sério o suficiente para assustá-la.

— A curiosidade matou o gato, Yang Mi. — eu encerrei o assunto — Ainda mais uma gatinha como você, melhor ficar sem saber de nada. — descontraí, dando uma risada sapeca.

A morena apenas suspirou e deu um sorriso pequeno sem mostrar os dentes, afinal, não era a primeira e nem segunda vez que eu desviava o assunto da doença.

Eu sorri brevemente e deixei um beijo rápido em seus lábios reprimidos, logo me levantando para ir pagar o sorvete e irmos até o médico.

[...]

— Precisamos fazer a cirurgia. — o clínico disse em tom direto — Ao contrário, o tumor crescerá mais e ter cortado o cabelo da paciente não fará tanta diferença.

Eu soltei um suspiro aflito e abaixei a cabeça tentando conter as emoções, já que a Yang estava fora da sala, nos observando com curiosidade através do vidro que nos separava.

— Não podemos curá-lo através de remédios? O senhor disse que não está tão grave. — argumentei á fim de soluções.

— Bom, podemos tentar. — ele assentiu pensativo — Porém, não é imediato como a cirurgia.

— Entendo, mas e então, o que faremos?

— Darei um remédio para o tratamento e usaremos por uma semana, se depois na próxima semana vermos diferença, podemos continuar. — o maior orientou, e eu abri um sorriso largo pela afirmação.

Não relutei em abraçar o profissional como agradecimento, feliz pelo fato de haver uma cura para minha namorada sem que a fizesse sofrer. O mais alto, envergonhado, apenas retribuiu a singela ação e disse que apreciava o fato de estar dando o meu melhor pela Yang.

Saí da sala ampla e me deparei com uma Yang curiosa e eufórica á espera de respostas e boas notícias.

— O que houve? — ela perguntou sorrindo ao ver meu sorriso largo.

— Nadinha. — eu omiti, pegando em sua mão com entusiasmo e nos levando para fora da clínica.

— 'Nadinha'? — ela repetiu em tom de ironia — Por isso abraçou o médico com um sorriso maior que a própria cara e só faltou beijar ele na boca?

— Quanto exagero. — eu ri — Só estava feliz pois você tem cura, baby.

— Yay, isso é ótimo! — a menor exclamou, dando alguns pulos excitados e me fazendo pular com ela, assim nos fazendo parecer dois estranhos no meio do hospital.

— Bom, acho que agora podíamos ir pra sua casa, ficar agarradinhos assistindo algum filme ruim e beijar até ele acabar. — eu supus com entusiasmo — Chris me disse que assistir filmes ruins ajudam.

— Ya, então por isso toda vez só assistimos filmes ruins? — a Yang perguntou incrédula.

— Oras, mas não seja por isso. — eu disse simples, enquanto andávamos até o ponto de ônibus — Que tal "50 Tons De Cinza"? Não que eu esteja querendo insinuar algo, mas é um filme muito b-

— Yongbok! — Mi me interrompeu enquanto ria baixo.

— Certo, certo. Então um filme de terror? — opinei — Quando você se assustar, posso te abraçar feito um filhotinho e tirar seu medo rapidinho. — eu sorri ladino.

— É uma boa ideia, mas por que isso não soou fofo e sim malicioso? — a morena me estreitou com os olhos.

— Xuxu, algumas coisas são como parecem ser.

[...]

Lá estávamos nós, assistindo ao filme de terror antes dito, já que não tive êxito algum em assistir um filme pornô com a garota — não que eu quisesse —, então estava aproveitando o momento, agarradinho á minha pequena embaixo dos cobertores enquanto apreciava o cheiro doce de seus cabelos.

— Aish, Lix. — a Yang resmungou, afagando sua cabeça em meu peitoral — Antes eu estava brincando mas acho que agora estou com medo de verdade.

Eu queria rir, mas segurei o ato para que não tivesse de ouvir alguns xingos.

— Não precisa de medo, Mi, todo mundo sabe que isso é só maquiagem e boa atuação. — eu disse simples, acarinhando sua cabeça deitada em meu peito mas focado no filme.

— Felix, eu estou com medo. — ela silabou solenemente.

— Já já passa.

— YongBok! — dessa vez, a garota direcionou seu olhar à mim, mostrando seu semblante assustado.

— Mi, é tudo fictício, está parecendo uma criança. — eu ri da mesma.

— Só aceitei assistir o filme porque você disse que ia me abraçar feito filhotinho e tirar meu medo quando eu me assustasse, mas sua prática não está se coincidindo muito bem com a teoria. — a morena me encarou com raiva.

— Argh, está bem. Vem aqui, oh, bebê indefeso. — dramatizei, enchendo a garota de beijos pelo rosto.

Para quem estava com medo, sua próxima ação havia sido muito suspeita, já que a menor não esperou muito para colar seus lábios aos meus. Assim que percebi que caí em sua armadilha, pude sentir os lábios da garota se alargando e formando um sorriso satisfeito sobre os meus, que se encontravam colados aos dela.

— Tão bobinho. — ela comentou em sussurro, esboçando seu sorriso vitorioso e logo voltando à beijar meus lábios.

Bom, como já havia sido distraído do filme, acho que não faria mal entrar na onda da Yang. Não relutei em mudar posições colocando a garota prensada no sofá e deixando meu corpo sobre o seu.


━ 𝐭𝐨 𝐛𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞𝐝 ━

𝓢𝗎𝗇𝗌𝗁𝗂𝗇𝖾, 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅.Onde histórias criam vida. Descubra agora