Cut My Hair

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AVISO: Cenas de relações sexuais.




Os lábios de Karma exploravam seu pescoço e o castigavam com mordidas e chupões. Nagisa arfava, as mãos apoiadas nos ombros do ruivo, estremecia em êxtase. Nunca sentiu algo deste tipo. Todavia, todo o prazer desapareceu assim que Karma o afastou de si em um movimento rápido. Os olhos dourados queimavam diversos sentimentos; guerreavam uns com os outros desesperadamente, um lado ordenava para que continuasse enquanto o outro, exigia que parasse por ali.

— Karma...

— Não — Soltou repentinamente, ríspido. Desviou o olhar para um canto qualquer, as bochechas levemente vermelhas. Estava desperto. — Vamos parar por aqui.

— Eu quero — Continuou mesmo assim, atraindo a atenção do maior. Karma entreabriu a boca, mas não disse nada. — Eu quero fazer isso, Karma. Com você.

— Não podemos, meu príncipe.

— Por que não? — Levantou-se, impaciente. Seu rosto tornou-se vermelho, porém não era vergonha se manifestando, mas, sim, raiva. Ignorou completamente o corpo nu exposto com espuma censurando algumas partes de sua pele. — V- Você nunca me disse o motivo. O verdadeiro motivo. Por que não quer, Karma? Por que não deixa seu limite de lado?

— Não quero te ferir — Explicou-se em um tom vacilante. Nagisa tombou a cabeça para o lado, confuso, em seguida sentou no mesmo lugar. Karma suspirou. — Eu quero isso. Quero muito, muito mesmo. Por querer tanto assim, e- eu tenho medo de te machucar.

— Por que me machucaria?

— Estive esperando malditos onze anos para poder te tornar meu. 'Tô tão ansioso 'pra fazer isso que... — Ele mostrou as mãos trêmulas. Karma sorriu de canto, sem graça. — Eu poderia perder o controle e ser agressivo. Ou sei lá.

Engoliu em seco, baixou o rosto e observou seu reflexo na água.

— Eu ainda quero, Karma.

— Tem certeza disso, meu príncipe? — Aproximou-se do Shiota, ajoelhado na banheira, e ergueu o rosto do mesmo. Encarou os lábios do menino por alguns instantes.

— Eu quero ser seu, Karma.

As palavras ressoaram na boca do garoto, ecoaram na mente do Akabane, então voltaram a ser repetidas por Nagisa. Engoliu em seco, Karma tocava-o gentilmente, as mãos exploravam o tronco pequeno do azulado. Ele ainda tremia.

— Última chance, Nagisa — Murmurou contra o pescoço do Shiota, deixando-o arrepiado. Karma sorriu e o beijou ali. — Quer mesmo?

— Pare de enrolar, Karma.

Um bocado de água escapou da banheira com a movimentação brusca. Karma pôs o garoto sobre seu colo. Uma de suas mãos desceram a cintura do garoto para as nádegas, apalpando-as. Nagisa corou intensamente e soltou um suspiro em surpresa. Descansou as mãos nos ombros do Akabane antes de ter a boca tomada em beijos famintos. Karma mordia seus lábios e os chupava — onde ele aprendeu essas coisas?

— V- Vamos fazer i- isso na b- banheira? — Gemeu baixo, o ruivo deixava chupões em seu pescoço, descendo para seu peito. Num ímpeto, puxou o rosto dele para o beijar e distraí-lo. Teve sua boca invadida, no fim. — Ngh- K- Karma...

— Prefere no quarto? — O Shiota assentiu, envergonhado, escondendo o rosto na curvatura de Karma. Ele sorriu e passou a ponta da língua sobre os lábios, saboreando o sabor de seu amado Nagisa. — Tudo bem. Vamos ser rápidos.

The Porcelain BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora