True Love Restraint

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Aviso: cenas de tortura "leves". 




Não demorou muito para chegar em casa. Bateu a porta logo atrás de si, arremessou a mochila em um lugar qualquer e correu para seu pequeno, cujo chorava desesperadamente perto da porta do quarto. Abriu os braços e o puxou para um abraço, deixando um beijo no ombro do garotinho — assim ele pôde reparar que o cabelo do Shiota estava bagunçado, a camisa estava em uma posição estranha, como se tivessem tentado tirá-la a força. O sangue de Karma ferveu, mas continuou a abraçá-lo para o acalmar. Seus dedos passeavam carinhosamente entre as madeixas azuis, a mão livre apalpava o ombro do Shiota, este estremecia em seu colo, apertando-o nos braços para poder sentir seu calor, para ter certeza de que estava ali consigo.

Passados alguns minutos, Nagisa o soltou para olhar em seus olhos, notando um brilho ardente em ambas írises douradas, carregadas de ódio e ciúme. Posicionou as mãozinhas nas laterais do rosto de Karma e encostou suas testas, fechando os olhos novamente enquanto desfrutava das sensações gostosas que espalhavam por seu corpo; sensações de confiança e segurança. Ficava tudo bem quando Karma estava por perto.

— Príncipe, 'tá tudo bem?

Nagisa concordou em aceno, sorrindo de canto ao voltar a mirá-lo nos olhos: — Porque você 'tá aqui.

As bochechas do menor coraram intensamente, o coração de Karma parecia derreter dentro de si. Ele sorriu de um canto a outro, puxando o menino para um beijo profundo e cheio de saudade, ignorando o fato de que alguém tinha estado em sua casa e- — esse beijo é diferente. Há algo de errado. Entreabriu os olhos, lançando a Nagisa um olhar sombrio, fazendo-o arrepiar.

— Ei, Nagisa — Sorriu de um jeito estranho, apertando as mãos na cintura do garoto. — O que aquele merda fez aqui?

Encolheu os ombros e baixou o rosto, entristecido. Contou para Karma que estava limpando a cozinha quando ouviu batidas na porta, sem delongas foi atendê-la e, ao abrir, encontrou-o parado ali, somente esperando por uma deixa. Não teve tempo para fechar a porta, segundos depois Haru estava o pressionando contra a parede enquanto o beijava. Fez uma careta ao mencionar esse momento.

Karma trincou os dentes.

— Ele beijou você?

— Karma, por favor...

— Responda a porra da pergunta — Rosnou para o garoto, assustando-o. Respirou fundo e suavizou as expressões. — Gostou do beijo? — A pergunta saiu em um tom baixo, trêmulo, como se Karma temesse a resposta.

De fato, morria de medo do que poderia ouvir.

— Ainda 'tá paranoico com isso, Karma? — Ele riu, apertando levemente as bochechas do namorado — Eu gosto só dos seus beijos. Quero dizer, o meu primeiro beijo foi contigo e os seguintes também, então não tenho com quem comparar, m- mas prefiro assim. Que seja só você e eu.

Antes de o Akabane poder questioná-lo novamente, Nagisa o puxou para um beijo necessitado. Fechou os olhos fortemente, as bochechas ardiam em vergonha, suas mãos pequenas tremeram levemente conforme as mãos de Karma subiam a camisa do azulado, apalpando a pele cálida que tocava durante o trajeto. Ele parou para não cometer um grande erro — às vezes o Diabo o tentava de sacanagem, apenas para vê-lo cair de amor àquele belíssimo anjo.

— Eu não quero que mais ninguém te toque desta forma — Admitiu e depois o beijou novamente. — Você é meu, somente meu, todos os direitos são reservados exclusivamente a mim. — Desceu os lábios para o pescoço do mais velho, beijou-o ali e, de repente o mordeu forte o suficiente para deixar uma marca perfeita de seus dentes. Nagisa gritou de dor.

The Porcelain BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora