21 | 𝒽𝒶𝓃𝑔𝒾𝓃𝑔 𝒻𝑜𝓇 𝒶 𝑔𝑜𝑜𝒹 𝓉𝒾𝓂𝑒

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Guiado pela menininha, Reggie chegou no que parecia ser o quarto dela pela coloração lilás, uma cama pequena e vários brinquedos dispersos pelo quarto. Ele não entendia muito bem o que ela queria mas acompanhava seus passos.

— O que quer que eu faça agora? — Perguntou enquanto assistia ela sentar-se na cadeira da mesinha cheia de pinturas e desenhos. — Quer que eu chame o Luke?

Ela disse que sim e em seguida começou a rabiscar o papel. Reggie pegou o celular e notou que havia uma mensagem de Luke, que perguntava onde ele estava. Ele por sua vez explicou toda a situação e pediu que Luke viesse ao quarto.

— Você quer pintar comigo? — A menina perguntou e ele tirou os olhos do celular, guardando-o no bolso logo depois. Ela era tão fofa que Reggie sequer cogitou negar o seu pedido.

— Claro, por que não? — Ela sorriu pra Reggie, que se aproximou da mesinha. Pela superfície ser tão pequena, ele teve que ficar mudando de posição todo instante para sentir-se acomodado. Ela apontou onde ele deveria colorir os espaços e assim o fez.

Em menos de cinco minutos, Reggie escutou o barulho alto das pessoas no andar de baixo e supôs que a porta tinha sido aberta.

— Tio Luke! — Ela pareceu perder toda a vergonha que tinha antes, pelo grito entusiasmado que soltou. Seus olhos verdes brilhavam com imensidade, e ela soltou o lápis de cor correndo para os braços do aniversariante que tinha acabado de entrar ali.

As suposições de Reggie cessaram quando escutou Luke ser chamado de tio. Ele não conseguiu deixar passar o grande alívio que sentiu depois de saber que Luke não era o pai dela, e se era esquisito porque não tinha justificativas para se sentir assim, por isso decidiu afastar suas convicções.

— Mackenzie, vi que já conheceu o Reggie! — Ele disse passando a mão em seus cabelos. — Gostou dele?

— Sim. — Ela disse sorrindo. —Ele é meu amigo, tio!

Reggie e Luke se entreolharam e sorriram.

— Ele também é meu amigo, Kenzie. — Ele disse, retomando o olhar para ela. — Mas o que aconteceu? Onde está a sua mãe?

— Eu não sei... Ela me levou pra sala de jogos e sumiu. — Mackenzie disse com o semblante triste enquanto Luke balançava ela. Ele respirou fundo, aparentemente impaciente.

— Eu vou buscá-la, sim? E não se esqueça que eu vou brincar com você mais tarde. — Ele colocou a garotinha no chão, que assentiu sorrindo. — Reggie, você poderia ficar mais um pouquinho com a Kenzie? Eu não vou demorar.

Ele disse que poderia e Luke agradeceu. Mackenzie e Reggie ficaram conversando sobre o desenho que eles pintavam.

Aproximadamente dez minutos depois, Luke retornou ao quarto. Ele estava furioso e puxava pelo braço uma garota que discutia com ele. Quando Reggie identificou que a garota que o amigo trazia consigo era a mesma que derrubou bebida nele mais cedo, ele ficou boquiaberto.

Então, a adolescente drogada era irmã do Luke e mãe daquela menina perdida? As surpresas pareciam não acabar e Reggie começou a imaginar o quão interessante deveria ser a família Patterson.

— Garoto da jaqueta! — Ela parou a discussão e disse acenando freneticamente. A loira estava mil vezes pior que anteriormente, se é que era possível. Reggie deu um meio sorriso tímido, enquanto Luke não entendia como eles se conheceram.

Mackenzie parou o desenho mais uma vez, correndo e chamando pela mãe, mas Luke pediu que ela voltasse à brincar com Reggie pois sua mãe não estava se sentindo muito bem.

𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑡𝑜𝑜 𝑙𝑎𝑡𝑒 ❦ 𝑟𝑢𝑘𝑒 Onde histórias criam vida. Descubra agora