Capítulo 20 - Vingança

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Aviso: Este capítulo contém cenas fortes de violência.

Naraku continuava estático e desconcertado.

Yeda podia sentir a indignação dele e imaginava que, a qualquer instante, ele acabaria atacando. Mas a atenção dela se voltou aquele homem que tinha sido o último a falar, quando o mesmo desembainhou uma espada.

– É o seu fim, Naraku! - gritou ele, partindo na direção do meio-youkai.

– Pare! - a youkai bradou, tão alto e imponente que fez o homem se deter no lugar. – Não posso permitir que erga sua espada contra este youkai!

– Fique quieta aí, sua miserável! - esbravejou ele.

Naraku interveio.

– Deixe isso comigo, Yeda. Esse assunto é meu.

Aproveitando a distração, o mais alto dos humanos, usou o lança dardos contra a youkai lobo. No entanto, não foi bem sucedido dessa vez. Yeda agarrou o projétil na mão e esfarelou-o com seu youki.

– Não tem mais isso de assunto seu ou meu. Tudo que lhe diz respeito diz a mim também! - retrucou séria, sem olhar para o companheiro, fitando os humanos.

– Por favor, querida, não interfira - Naraku insistiu, contudo, não deu tempo para ela contestar. Usando seu youki, ele lançou uma descarga atordoante nela.

Yeda sentiu como se um raio percorresse seu corpo, antes de tombar no chão. Kanna também foi atingida e tombou sem emitir qualquer ruído. As duas caíram perto de onde Kagura estava caída inconsciente.

– É assim que você trata seus aliados? Você realmente não vale nada! - acusou o homem com a espada em punho.

– Não há razão para envolvê-las nisso - disse ele, parado logo à frente das três.

Por alguns instantes, os humanos e os youkais apenas se encararam.

– Poderiam me dizer os seus nomes? - Naraku indagou então na típica brandura.

O primeiro que tinha aparecido riu alto e disse em seguida:

– Claro! Quando chegar no inferno poderá dizer que foi morto por Seiji Minato.

– E por Satoru Seta! - exclamou o de aparência mais jovem.

– E por Kai Murasami - informou o último, com um olhar incisivo.

Naraku tentou novamente se lembrar de qualquer coisa relacionada aqueles sobrenomes, mas convencendo-se da impossibilidade, voltou a falar:

– Lamento, os nomes de vossas famílias não me trazem qualquer lembrança.

– Já deve ter matado tantos que até perdeu as contas, seu miserável! - acusou Satoru.

– Apesar de eu não me lembrar, se estão dizendo, deve ser verdade. E vocês vieram até aqui em busca de retaliação?

– E é o que teremos! - afirmou Seiji.

– Entendo...

O meio-youkai ponderou uns instantes, compreendendo então a razão de sua consciência ter estado tão pesada nos últimos dias, como se conseguisse antever que aquele tipo de perturbação estivesse a caminho.

– Mas como esperam me vencer? - indagou calmo. – Creio que não ignoram que por eu ser um youkai, tenho muito mais força e resistência que vocês.

A mansidão na voz de Naraku inflamava ainda mais o ódio dos três homens.

– Iremos cortá-lo em pedaços com essas espadas! - respondeu Seiji, erguendo novamente a arma. – Não pense que são espadas comuns!

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